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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

The Good Doctor - a nova série do AXN

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Quando prestei atenção ao anúncio desta série, pensei "parece ser boa".

Mas, de tanto ver anunciá-la, pensei que já tivesse começado há mais tempo e, como já estou na seguir outra, paciência, já estava mentalizada que não iria ver.

No entanto, descobri aqui que, afinal, só estreou esta semana. E, ao ler uma crítica positiva, e outra negativa, tive curiosidade em assistir ao primeiro episódio.

 

 

Talvez deva começar com o que menos gostei:

- O facto de, agora, achar que vou ver, nos próximos episódios, mais do mesmo - um cirurgião fenomenal a salvar vidas de forma que nenhum outro consegue, o que não traz nada de novo à série e, para isso, bastaria um só episódio, ou um filme em substituição. Espero que assim não seja, e que haja muito mais conteúdo ao longo da série.

 

- O facto de, de certa forma, o seu passado ter ficado explicado neste primeiro episódio, não havendo necessidade de recurso a mais flashbacks, ainda que eles venham a acontecer e revelem um pouco mais do que o agora visto.

 

- As "legendas" dos mapas do corpo humano, que Shaun visualiza e nos são dados a conhecer através da imagem - exceptuando algumas pessoas que estejam a estudar medicina, ou se interessem pela área, é algo que era desnecessário, sendo preferível ouvir a explicação dada por ele.

 

 

O que mais gostei, e mexeu com as emoções (mas receio que era mesmo esse o objectivo):

- a abordagem do bullying - embora não seja necessário um motivo específico para alguém o exercer sobre outra pessoa, aqui será pelo facto de Shaun ser diferente

- a abordagem do espectro do autismo, e como os outros lidam com alguém com essa característica, nomeadamente, a aceitação na escola, no local de trabalho, e até entre a própria família

- a amizade com o irmão, que foi pouco "explorada" - teria gostado de ver mais da sua união, cumplicidade, vida a dois

- a importância dos animais na vida das pessoas - primeiro o coelho, depois o gato (lindo, por sinal)

- da sinceridade, autenticidade, pureza e forma directa como encara as pessoas, e lhes diz exactamente aquilo que pensa, sem rodeios, nem medos

 

O que espero da série, e do protagonista:

- que não seja perfeito, que cometa também os seus erros, que nem sempre tenha razão, apesar da sua inteligência fora do normal

- que mostrem, não só o lado profissional de Shaun, mas também a sua luta diária no campo pessoal

- que transmita uma mensagem positiva e inspiradora, sem cair no habitual "cliché"

 

E, sim, vou acompanhar a série, que já programei para gravar!

Sugestões para o fim-de-semana

 

(clicar na imagem)

 

Vem aí mais um fim-de-semana. Temperaturas de verão, mudança da hora e halloween são boas razões para aproveitá-lo!

O Fantastic, dá-vos mais algumas:

- A Lenda do Convento, com VanBach - Arte & Teatro
Diogo Piçarra, ao vivo, nos Coliseus do Porto e Lisboa 
- Pedro Chagas Freitas, com o lançamento de "A Repartição"
Mimicat, em Sintra

E muito mais, a consultar na rubrica Fora de Casa desta semana!

À Conversa com Pedro Vicente

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Pedro Vicente é psicomotricista, mas desde sempre teve a música na sua vida.

Encontrou, no contacto com crianças, jovens e adultos com necessidades e capacidades especiais, a chave para aceder ao mecanismo que transforma emoções em canções. Tem, assim, na música, um poderoso aliado terapêutico.

 

Para ficarem a conhecer um pouco melhor este artista, e o trabalho que desenvolve, deixo-vos com a entrevista que Pedro Vicente concedeu a este cantinho, que muito prazer me deu fazer, e a quem desde já agradeço pela disponiblilidade!

 

 

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Quem é o Pedro Vicente?

Um lisboeta de 27 anos, muito grato pelo privilégio de viver, e que o procura retribuir vestindo-se sempre de um sorriso sincero e brincalhão.

 

 

O Pedro é psicomotricista de profissão. Pode explicar-nos um pouco em que consiste esse trabalho?

Com uma ação centrada no corpo em movimento, mediado pela relação entre a emoção e a cognição, o psicomotricista tem como missão garantir que cada ser humano, independentemente das suas potencialidades ou dificuldades, adquire as competências necessárias para se adaptar da melhor forma ao contexto em que pretende viver, sentindo-se plenamente realizado, na perceção de si mesmo e na relação com os outros.

 

 

O que é que surgiu, em primeiro lugar, na sua vida: a psicomotricidade, ou a música?

A música! Com os primeiros passos, vieram as primeiras gravações, num gravador a pilhas oferecido pelo avô. A psicomotricidade chegou mais tarde, mas foi determinante para a afirmação do papel da música na minha vida.

 

 

Hoje em dia, estas duas paixões estão aliadas, tendo o Pedro desenvolvido um programa de aprendizagem de piano e canto destinado a crianças com perturbações do Espectro do Autismo e outras perturbações do desenvolvimento. Que impacto tem este programa no desenvolvimento e vida destas crianças?

O meu programa, adaptado especificamente a cada aluno, tem como objetivo final o domínio do instrumento e da voz o que, por si só, constitui uma resposta à procura dos pais, que não encontram este tipo de solução no ensino tradicional.

Para os meus alunos, a música tem funcionado como um facilitador de todas as aprendizagens, com resultados na melhoria da atenção, comunicação, socialização e comportamento.

 

 

As emoções que sente ao trabalhar com crianças, jovens e adultos com necessidades e capacidades especiais são facilmente transpostas na composição de uma música?

Acredito que todas as pessoas e ligações que criamos são especiais e é na diversidade de contextos e contactos que se encontram os ingredientes necessários à espontaneidade que inspira as (minhas) canções.

 

 

Apesar de ainda estar a dar os primeiros passos na música, é já extenso o seu reportório de canções, com letra e música originais. Considera que faz cada vez mais sentido um artista ser, em simultâneo, compositor, autor e cantor?

Do ponto de vista prático é muito mais imediato quando se pode criar e reproduzir no mesmo movimento. É um privilégio poder interpretar palavras e melodias que saem do próprio coração e ter a liberdade de modificar a composição ao sabor do estado de espírito.

Nunca planeei ser compositor ou cantor, tudo surgiu quando as canções naturalmente me começaram a encontrar.

O caminho a que agora me proponho é o de mostrar esta música que quer falar através de mim, mas seria um gosto escrever para outros intérpretes e não excluo a possibilidade de poder vir a dar voz aos temas de outros compositores.

 

 

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O seu primeiro álbum “Espera”, foi gravado em 2016. No entanto, o lançamento em formato digital ocorrerá apenas este ano, a 27 de outubro. A que se deveu esta “espera”?

O fator espontaneidade que marca, não só as canções que o integram, mas a própria gravação do álbum, impôs um período de maturação profissional, pessoal e artística necessário para que o lançamento pudesse ter a máxima entrega. Um outro motivo revela-se no caminho que foi necessário percorrer, por alguém 100% dedicado a uma vida profissional fora do meio artístico e que, agora, finalmente, se sente a chegar à casa de partida.

Mais do que uma “Espera” minha, é uma espera destas canções que têm ganho intensidade, enquanto aguardam a sua oportunidade de correr o mundo e chegar aos corações que mais precisam de as acolher.

 

 

Em palco, no âmbito da promoção do seu trabalho, tem a acompanhá-lo a banda “Os Vértice”. Como aconteceu essa junção?

Amigos, que se deixaram encantar por estas canções e se juntaram para as levar a palco por uma causa solidária.

 

 

"Mais um Segundo” é o single de apresentação deste primeiro trabalho. Do que nos fala este tema?

De amor…de um amor que é intenso e descontrolado, visceral e espiritual, que tem tanto de impossível como de inevitável, de um amor que faz parar o tempo e nos faz cometer as maiores loucuras, que nos leva a dar a volta ao mundo num só abraço…ou seja, um amor comum como só o amor sabe ser.

 

 

Tanto o nome do álbum como o single de estreia remetem-nos para a ideia de tempo. De que forma é que encara o tempo na sua vida e na sua profissão?

No mundo cada vez mais apressado em que vivemos, torna-se imprescindível alertar para a importância de “Esperar” e encontrar tempo para ver, ouvir, sentir, tocar, amar…tempo para fazer e “Ser Feliz”.

 

 

Quais são as expectativas relativamente ao lançamento deste trabalho?

Espero que este primeiro álbum funcione como um cartão de embarque, que me leve junto das pessoas, com quem quero partilhar, pessoalmente, a sinceridade destes onze temas, e de muitos outros que me deixam sempre com um sorriso rasgado, que pretendo espelhar nos rostos de quem me ouvir.

 

Onde é que o público poderá encontrar, e ouvir, o Pedro Vicente?

A partir de 27 de outubro em todas as plataformas digitais!

Por agora, podem acompanhar o meu canal de YouTube ou a minha página de Facebook (Pedro Vicente Music) onde, em breve, anunciarei o meu concerto de apresentação!

 

Muito obrigada, Pedro!

 

Muito obrigado!!!

Pedro Vicente

 

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens e o lyric vídeo.

 

 

 

Reflexão do dia

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Precisar, é o mesmo que dar valor?

 

No outro dia estávamos - eu e o meu marido - a falar sobre esta questão.

Para mim, são coisas distintas.

 

E até dei alguns exemplos:

Um patrão pode precisar de um determinado empregado porque este lhe faz o serviço que é preciso, e seria um transtorno colocar outro no seu lugar. Ainda assim, pode não lhe dar o devido valor, enquanto funcionário. E, depois, se o funcionário se for embora, continuará a não dar valor, mas sim a sentir falta do serviço feito.

 

Um presidente de um clube de futebol pode precisar que o treinador da sua equipa se mantenha, por ser difícil encontrar quem o substitua, por vários motivos. Mas, independentemente disso, pode dar-lhe valor, sabendo que o empenho e trabalho que leva a cabo, dificilmente aguém o fará da mesma forma.

 

Pode-se precisar muito de algo/ alguém. Pode-se até sentir falta. Mas dar valor, nem sempre acontece.

 

E é por isso que devemos estar gratos quando sentimos que é isso que, efectivamente acontece connosco - que nos valorizam por aquilo que somos e fazemos, e não por uma mera questão de necessidade e logística.