Reflexão do dia
Aceitar ajuda de alguém não nos torna menos eficientes ou capazes, mas sim mais responsáveis...
Inspirada pela série "The Good Doctor".
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Aceitar ajuda de alguém não nos torna menos eficientes ou capazes, mas sim mais responsáveis...
Inspirada pela série "The Good Doctor".
Tripé é um projeto de música eletrónica, progressiva e ambiental, constituído por António Silvestre (sintetizadores), Carlos Brito de Sá (baixo e guitarra) Miguel Munhá (violoncelo), David Correia (bateria) e André Nascimento (eletrónica e teclados), que assume a imagem e o vídeo como partes integrantes do projeto.
"Júpiter 49" é o seu primeiro trabalho, e "Chamada" o single de apresentação do mesmo.
Os Tripé são os convidados de hoje da rubrica "À Conversa com...". Fiquem a conhecê-los!
Quem são os Tripé?
Grupo de música progressiva e experimental que combina electrónica e instrumentos clássicos. É composto por cinco músicos de Cascais e Lisboa.
Em que momento decidiram juntar-se, e formar uma banda?
Em 2011, por iniciativa do Carlos Brito de Sá, um dos compositores do grupo.
O nome escolhido para a banda está relacionado com o facto de a imagem e vídeo serem partes integrantes do vosso projeto?
Sim, esse é o principal motivo, uma vez que os Tripé assentam o seu trabalho nesses três elementos: música, imagem fixa e vídeo. Paralelamente, também porque os elementos do grupo pertencem a três gerações distintas, uma constatação que foi ganhando espaço e que já assumimos também como um elemento da nossa identidade.
Para além da música em si, os Tripé pretendem, de certa forma, debater e alertar para questões ambientais e sociais. Consideram que é mais fácil sensibilizar para estes temas através da música?
Entre outros, a música é um dos veículos possíveis para fazer chegar as mensagens, como muitas vezes já comprovámos através da reacção das pessoas nos nossos espectáculos ao vivo. A título de exemplo, já tivemos professores que no final de concertos vieram ter connosco para levarmos o nosso espectáculo às escolas e liceus.
Qual é a vossa principal preocupação a nível ambiental, e a nível social?
A nível ambiental, o muito que ainda está por fazer para travar a degradação contínua dos recursos naturais, dos ecossistemas e da biodiversidade; e também a ausência duma visão única e concertada por parte das principais nações, para fazer frente a estes problemas emergentes.
A nível social, a incapacidade das organizações para corrigir as desigualdades, para estabelecer padrões civilizacionais transversais e para levar o desenvolvimento sustentável, a prosperidade, a saúde pública e a educação aos quatro cantos do mundo.
O primeiro álbum da banda “Júpiter 49” foi editado em formato digital a 20 de outubro. Que mensagem está implícita neste trabalho, e nas músicas que dele fazem parte?
O álbum é ainda um resquício da crise dos últimos anos, sendo Júpiter49 quase um local imaginário para onde partimos, onde nos recolhemos e almejamos alcançar alguma felicidade e segurança. É também o nome que damos à nossa sala de ensaio e, de certa forma, um refúgio da própria banda.
Os Tripé são um projeto de música eletrónica. Pretendem experimentar outros registos diferentes no futuro?
Está sempre aberta a possibilidade de criarmos os temas de outras formas, nomeadamente, utilizando a voz como elemento esporádico e também com recurso a músicos convidados. Nesse domínio, não auto-impomos nenhum tipo condicionante e assumimos arriscar sempre.
Como veem a evolução da música eletrónica em Portugal?
As máquinas e os computadores fazem parte do dia-a-dia, estão dentro das nossas casas e das salas de ensaio e é quase uma inevitabilidade a sua utilização. Contudo, por vezes fecham-se ciclos e volta-se às origens, às guitarras, aos baixos e baterias.
Quais são as vossas grandes referências a nível musical?
Desde o progressivo mais puro (Genesis, Tangerine Dream, etc.), passando pelo rock alemão, pelo rock puro e duro, pelo minimalismo e pelas novas tendências no campo da electrónica que o André Nascimento traz ao projecto.
“Chamada” é o single de apresentação deste primeiro trabalho. Embora recente, o público tem aderido à “chamada” dos Tripé? Que feedback têm recebido?
O público tem aderido e temos recebido bom feedback, mesmo não havendo uma voz de referência que, no nosso caso, é substituída de certa forma pelo violoncelo.
Por onde vão andar os Tripé nos próximos meses?
Vamos divulgar o Júpiter49, tocando ao vivo o mais possível, e também a preparar já o próximo disco.
Muito obrigada!
Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens e vídeos.