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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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A Luz Entre Oceanos

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Tinha a ideia de já ter visto o trailer deste filme há uns meses atrás e, quando soube que ia dar da televisão, pedi ao meu marido para gravar.

No sábado começámos a ver. O meu marido achou o início muito aborrecido, e queria escolher outro. Eu insisti que era o tal que já queríamos ver, embora no começo não conseguisse perceber a ligação.

Durante todo o filme, ele foi ficando mais entusiasmado e, à medida que a história se desenrolava, ia vivendo emoções diferentes.

Por norma, quando são temas fortes, que dão uma boa discussão, eu costumo sempre comentar e dar a minha opinião. Por isso, volta e meia o meu marido perguntava-me "achas bem?", ou "o que é que tens a comentar sobre isto?", ao que eu lhe respondia que, no final, falaria sobre o assunto.

 

Por vezes, é difícil emitir uma opinião, quando compreendemos perfeitamente os lados opostos da questão, e não nos cabe a nós fazer julgamentos, sobre o que foi certo ou errado.

"A Luz Entre Oceanos", ao contrário de outros filmes ou séries, não me levou a falar o que quer que fosse no momento.

 

Porque é tão fácil compreender o desespero a que uma mulher pode chegar, quando vê morrer filho atrás de filho, sem conseguir realizar o seu sonho de ser mãe e, de repente, como uma dádiva, um bebé surge naquela ilha isolada, como se estivesse destinada a ser criada por ela. Como se fosse uma compensação, por todo o sofrimento.

Se é errado? Sim, é. O mais correcto era comunicar a morte do pai do bebé, e informar que tinha sido encontrada com ele uma bebé que estava bem. Até porque poderia haver uma mãe, algures, desesperada, à procura da sua filha, sem saber se ela estava viva ou morta.

Mas, e se não houvesse outra mãe? E se colocassem a bebé num orfanato? Não estaria ela melhor ali com Isabel?

 

Teria sido uma boa decisão, e tudo correria bem, não fosse o facto de Tom, marido de Isabel, ter descoberto a mãe de Lucy, nome que colocaram à bebé, saber que a mesma a julgava morta, tal como ao seu marido, e ver o sofrimento que isso lhe estava a causar.

Tom sempre foi contra a ideia de ficarem com a bebé. Só o fez pelo amor a Isabel. Agora, o peso volta a atacar-lhe a consciência, e ele vai deixar pistas que levam à descoberta da verdade.

 

Se ele fez o mais correcto, embora um pouco tarde? Sim.

Coloco-me no lugar da mãe que perdeu a filha, sem saber que até já esteve frente a frente com ela, que já falou com ela, e que ela é, na prática, filha de outra pessoa.

Eu gostaria de saber a verdade, sim.

 

Mas, no lugar da Isabel, perdoaria o meu marido por me tirar a "filha" que eu criei durante 5 anos? Por me tirar aquilo que eu mais queria, e não podia ter?

Seria capaz de pôr tudo isso de parte, e assumir a minha responsabilidade, não deixando que ele pagasse por um crime que eu própria o tinha levado a cometer, e que ele fazia questão de assumir sozinho?

 

Voltando ao lugar de Hanna, mãe verdadeira de Lucy, a mesma, por intermédio das autoridades, que retiraram a menina dos braços da mãe de criação, tentou recuperar o tempo perdido, impedindo-a de estar ou sequer ver a mãe que ela reconhecia como tal. 

Como se recupera o amor de uma filha, de alguém que não nos reconhece, de alguém que só sabe que foi criada por uma mulher que ela vê como sua mãe, e que dela foi arrancada sem dó nem piedade?

Talvez a Hanna devesse ter ido com mais calma, e feito essa aproximação aos poucos. Mas é legítimo criticá-la? É legítimo condená-la por não querer que a mulher, que a impediu de estar com a filha durante anos, agora a veja sequer?

 

No meio de tudo isto, quem mais sofre, como sempre, são as crianças. Neste caso, foi a Lucy. Lucy Grace. Por conta da separação, quase perdeu a vida. Mais tarde, acabou por aceitar a sua família verdadeira, ficando anos e anos sem ver os "pais" que a criaram, que foram obrigados a cortar qualquer laço com ela.

 

Depois de pagarem pelos seus crimes, Isabel e Tom, continuaram juntos. Mas Isabel acabou por morrer. E Tom, voltou a ser o homem solitário que conhecemos no início.

No entanto, os laços não se quebram irremediavelmente, como algumas pessoas gostariam. E, no final, Lucy Grace vai visitar os pais que cuidaram dela nos primeiros anos de vida, agradecendo-lhes por tudo o que fizeram por ela e lhe ensinaram, sem ressentimentos, sem mágoas, sem culpas.

 

Porque perdoar é tão mais fácil do que viver uma vida a guardar rancor...

 

 

 

 

 

Segunda ronda de batalhas no The Voice Portugal

Foto de The Voice Portugal.

 

Mais uma ronda de batalhas, cheia de surpresas, uma grande "dança das cadeiras" e alguns comentários desnecessários da Catarina.

 

 

Começo já pela pior batalha da noite - a primeira a ser disputada, entre as concorrentes do Anselmo Ralph, Célia e Telma!

 

Foto de The Voice Portugal.

 

Eu já não tinha gostado de ouvir a Célia a cantar na prova cega. Ontem, ainda gostei menos. E não só não gostei de a ouvir, como não gostei da atitude dela, para com a Telma.

Não conheço a Célia, como se costuma dizer, de "outros carnavais", pelo que não sei se algum dia foi uma boa cantora e com talento. O que eu vejo é alguém desesperado por mostrar tudo o que acha que pode dar, mas o que sai cá para fora são gritos, desafinações constantes, mais gritos, e pouco mais.

Face a essa postura, a Telma tentou fazer-se ouvir, por entre os gritos, e correu bem em algumas partes. Depois, teve que gritar para ver se não ficava atrás da Célia.

Foi, dentro desta guerra de gritos, justa a escolha da Telma.

 

 

 

Foto de The Voice Portugal.

Ana Paula e Juliana, cada uma dentro do seu estilo, mostraram aquilo que sabem fazer. A Juliana, nesta batalha, convenceu-me mais que na prova cega. A música encaixava melhor na sua voz.

A voz da Ana Paula, no tom mais baixo, soava bem, mas quando subia, era um atentado aos ouvidos. Gostei muito da parte em que ela não cantou em estilo lírico, e aí fiquei positivamente surpreendida.

Eu teria escolhido, nesta batalha, a Juliana.

Felizmente, por enquanto, estão as duas salvas. Vamos ver o que reserva a próxima ronda à Juliana, tendo em conta que todas as cadeiras foram ocupadas, nesta ronda, por novos concorrentes, mandando para casa os que tinham sido salvos na primeira ronda de batalhas.

 

 

 

Foto de The Voice Portugal.

Frederico e Tomás - não gostei desta nova versão da música. Gosto que dêem um cunho pessoal, mas nem sempre, em exagero, fica bem. De qualquer forma, concordo com a Marisa, relativamente à dificuldade em escolher apenas um deles, tendo em conta a prestação de ambos.

Também neste caso, salvaram-se os dois. Resta saber se a Aurea manterá o Frederico na cadeira.

Já agora, deixem-se dessa história de "ah e tal, já estou arrependido(a) de vos ter juntado", porque sabem muito bem o que valem os concorrentes e, se os juntam, é porque sabem que vão dar luta e proporcionar uma boa batalha. Seria muito mais fácil juntar os melhores com os menos bons, mas não seria justo.

 

 

 

Foto de The Voice Portugal.

João e Salomé - não vi nada de especial em nenhum dos dois, foi uma batalha fraquinha, a música não ficou boa nas vozes deles. Ainda assim, concordo com a escolha da Salomé.

 

 

 

Foto de The Voice Portugal.

A Marta e a Raquel mostraram, mais uma vez, o seu lado rockeiro!

Gostei mais do timbre da Raquel. Preferi a atitude da Marta. 

Confesso que tenho curiosidade em ver a Marta, daqui em diante, em estilos diferentes e, talvez também por isso, a tenham escolhido a ela. Para ver o que tem para dar, além do que mostrou em trio, na edição anterior, e deste estilo a que parece ter aderido agora. Talvez por isso a Raquel tenha saído prejudicada, e não tanto pela sua prestação na batalha.

 

 

 

Foto de The Voice Portugal. 

Afonso e Fábio - uma batalha muito fraquinha, que não deu para mostrar muito de cada um. Estava mesmo à vista que a Marisa ia escolher o Afonso! Porquê? Teorias minhas, de que ela não resiste a um menino bonito, mesmo que até nem cante nada de especial...

 

 

 

Foto de The Voice Portugal.

Maria Luísa e Carolina - de uma forma geral, gostei mais de ouvir a Carolina, para além de que se mostrou mais confiante e segura.

A Maria Luísa tem uma voz muito bonita e, se conseguir vencer os nervos e a insegurança, pode ir bem longe. Penso que foi por se mostrar sempre tão receosa que não a salvaram. Talvez o percurso da Maria Luísa não passe por concursos deste género, mas por aprender nas melhores escolas, com profissionais, e controlar aquilo que a limita, que é apenas psicológico.

 

 

 

Foto de The Voice Portugal.

Simão e Joaquim - talvez a melhor batalha da noite, muito equiparados os dois, mas eu escolheria o Joaquim.

Felizmente, a Aurea teve a vida facilitada, porque o Mickael ficou com o Simão, enviando para casa o Paulo que, ao contrários dos restantes concorrentes na mesma posição que ele, nem sequer esperou pela chegada do Simão. Não merecia, é certo, mas este programa está recheado de injustiças. Não percebi se a atitude do Paulo se deveu a tristeza, ao querer sair dali depressa para não sofrer mais, ou alguma "azia"...

 

 

 

Foto de The Voice Portugal.

Kátia e Cristiana - Outra das melhores batalhas na noite. A Kátia esteve melhor, mas a Cristiana surpreendeu-me mais ontem do que na prova cega. Ainda bem que a Marisa a salvou, porque esteve melhor que o João, concorrente a quem "roubou" a cadeira.

 

Assim, estão agora em risco, nas cadeiras do Tudo ou Nada - o Simão (no lugar do Paulo), a Juliana (no lugar da Mariana), o Frederico (no lugar da Maria), e a Cristiana (no lugar do João, que já tinha destronado a Diana Macário).

 

 

Imagens The Voice Portugal

À Conversa com Marta Romero - parte I

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Já aqui vos falei, há alguns dias, do Movimento Body Revolution, e da mentora deste projecto - a Marta Romero.

Hoje, deixo-vos com a primeira parte da entrevista que a mesma concedeu a este cantinho, e que explica um pouco melhor em que consiste este movimento, e como é que ele nasceu.

Fiquem também a conhecer a Marta, uma mulher, sem dúvida, inspiradora!

 

 

 

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Quem é a Marta Romero?

A Marta Romero é uma mulher que teve a melhor prenda que alguém pode ter: um transtorno alimentar!

Porque o distúrbio me proporcionou um conhecimento interior e uma fortaleça de superação incríveis.

Desde essa superação o meu foco é ajudar a especialmente a mulher no relacionamento com a comida, com o seu peso e o seu corpo.

 

 

 

A Marta é natural de Barcelona, mas vive atualmente em Portugal. O que a levou a vir, e a ficar por cá?

Eu trabalhava para uma empresa de restauração espanhola na área de formação-abertura de lojas no estrageiro.

Cheguei a Portugal para dar formação um mês e depois regressar para um outro país.

Ao final a cabei andando por todo o território português me fizeram uma proposta de trabalho encantadora e fiquei. E claro tenho um filho e uma filha portugueses os dois maravilhosos.

 

 

 

Foi difícil a adaptação e integração no nosso país?

Um bocadinho sim. Ao princípio, pois são países muito perto mas muito diferentes nem bom nem mau, simplesmente tem uma visão distinta.

No idioma, por exemplo, tem palavras iguais mas com significados opostos e isso por vezes já me levou alguns maus entendimentos. Mas ao fim ao cabo engraçados.

Eu me sinto do mundo inteiro... E Portugal é muita aberta a conhecer outras culturas o qual para mim é apaixonante... Estou no sítio ideal.

Eu me sinto cidadana do mundo, já que convivo com muitas pessoas de diferentes culturas, nacionalidades, religiões, condições e isso me aporta um valor extraordinário como ser humano.

 

 

 

A que é que a Marta se dedica, a nível profissional?

Sempre foi apaixonada pela nutrição e me formei como dietista.

Queria por aquele altura encontrar a cura contra a obesidade e o plano alimentar ideal para a combater.

Mas raiz do meu transtorno aprendi que sim é importante o que comemos más que também é igual de importante como comemos.

Por isso deixei de fazer diretamente planos alimentares e me foquei mais nas “emoções nutricionais”.

Atualmente sou especialista em conduta alimentar, muito focado em distúrbio do comedor compulsivo, na relação com a comida, com o corpo e com o peso.

 

 

 

Foto de Marta Romero. 

 

A escrita e a dança são duas das suas paixões. Como é que elas entraram na sua vida?

Sim é verdade, quanto sabes de mim!...
A escrita para mim é uma forma de conseguir equilíbrio emocional. Sempre aconselho a escrever mesmo que seja num guardanapo.

A escrita me ajudou a compreender muito as situações que eu passei mal na minha vida.

Escrever é um sentimento, o ao menos para min é um sentimento. O ato de escrever é um ato de sanação. Não importa se escreves mal, ou com faltas ortográficas. Ao escrever estás a tomar contacto com o teu ser mais íntimo. Me ajudou muito na minha recuperação do trastorno alimentar.

A dança é a expressão da alma... Para min é alma a querer falar.

A dança me ajudou e me ajuda a melhorar a minha relação com o espelho. Me ajudou amar o meu corpo.

Durante uma época a comida e o espelho foram os meus inimigos!!! Me apavorava ver o meu corpo no espelho. Me apavorava ver comida na minha frente.

Más aprendi a ter uma ótima relação através da dança já que eu preciso do espelho para melhorar a minha técnica. Sem pretender competir nem comparar-me com neguem, só melhorar-me e disfrutar do momento.

 

 

 

Foto de Body Revolution Movement.

 

Em que momento surgiu a ideia deste movimento “Body Revolution”, e em que é que o mesmo consiste?

A ideia surge quando eu falo com pessoas que realmente não tem um distúrbio alimentar mas que vejo que se não trabalhamos bem a relação com o nosso corpo vai desencadear rapidamente e precipitadamente num dos 16 distúrbios alimentares reconhecidos!

Existem mais de 16 distúrbios alimentares reconhecidos pela Mental Health Fundation e pela WHO! não são apenas anorexia, bulimia ou comedor compulsivo. Pensei que tinha que fazer alguma ação potente para travar isto. 91% de mulheres odeiam o seu corpo!

Porque não criar uma cultura, um espaço cultural onde aprendamos amar o nosso corpo? A não rejeita-lo e a vê-lo como um meio para atingir nossos objetivos e sonhos? Esto existe já em outras culturas, como a oriental que por exemplo elos falam do “Dharma”, não o “Karma” que é diferente, o “Dharma”, é a filosofia que vê o corpo como algo divino que foi escolhido para um propósito de vida concreto e único e que só você pode fazer isso. Quando alguém compreende isto verdadeiramente neguem mais se atreve a ofender-se em frente ao espelho nem aos outros.

Body Revolution é um movimento, uma ação!!! Não são só palavras... cria consciência na sociedade para fomentar e revelar a Beleza que todo corpo tem, absolutamente todos os corpos!!!

Inclusive os obesos e os magros de mais. Porque a Beleza existe em todos nós, só é preciso revelar ou aprender a revelar. Que aceitar-se com as tuas individuais e genuínas diferenças faz de ti uma beleza única. Que aceitar e amar o teu corpo é o princípio de amar aos outros com total liberdade.

 

 

 

O excesso de peso, ou a magreza, com os distúrbios alimentares que lhes estão associados, são alguns dos motivos mais apontados para o descontentamento com o corpo. Que outras situações encontrou, através deste movimento?

Sim. O envelhecer nos apavora imenso. Temos uma conotação negativa. Envelhecer deveria ser um privilégio... Uma experiência. E nós procuramos a eterna juventude como fonte de felicidade.

Também temos medo a solidão, temos imenso medo a estar sozinhos, quando pode ser algo maravilhoso.

Uma outra situação é a procura de aceitação social constante e permanente, estamos constantemente a procura de elogios...

Não precisamos tanto dos elogios, é bom sim, sabe bem ouvi-los. Também estamos constantemente defendendo-nos, quando alguém está bem e em equilíbrio não precisa estar em constante defensa.

Devemos também mudar ou redefinir conceitos: Nem gordo é ofensivo nem magro deveria ser um elogio. Também encontrei a situação que entendemos mal a autoestima, … ela não é para afiançar que nós valemos muito e merecemos tudo o bom … senão a autoestima é saudável quando conseguimos ver que todos somos diferentes e amar aos outros com as suas diferenças …aí começa uma verdadeira autoestima sustentável, real e saudável.

 

 

 

Foto de Body Revolution Movement.

 

A adesão ao movimento contempla quem já ultrapassou a fase de aceitação e poderá dar o seu testemunho, ou também quem ainda precisa de ajuda, e pode aí encontrar o aconselhamento e as ferramentas necessárias?

As duas! Quanto mais mulheres sejamos mais fortes seremos! Qualquer mulher é Benvinda!

Umas inspiram e outras aprendem. No fundo, aprendemos unos com os outros!

Mas em temas de desarrolho pessoal só a própria pessoa pode o fazer. Mas não todo o mundo serve para insinar e “aconselhar”, mas toda mulher pode sim ser modelo de inspiração para outras.

 

 

 

A Marta tem dois filhos. Na sua opinião, a gravidez e maternidade podem ser fatores determinantes para o “ódio” ao corpo?

Sim atualmente sim. É uma etapa maravilhosa da mulher que se deveria viver plenamente com alegria e como privilegio.

É uma fase onde podemos esquecer-nos de nós facilmente já que a mulher é por naturaliza um ser criado para amar, e com uma sensibilidade especial, se não sabemos “trabalhar essa parte” podemos cair em situações de ódio para nós.

Evidentemente as condições de nosso entorno são importantíssimas. Mas a gravidez e maternidade são estados já de por si onde os sentimentos estão em alerta, e o teu corpo muda a nível hormonal.

Devemos prestar atenção sem estres mas com conhecimento das mudanças do nosso estado interior.

 

 

 

Numa recente entrevista, a Marta afirmou que este não é um movimento feminista. No entanto, é exclusivamente dedicado à mulher, e à forma como esta vê o seu corpo. Considera que os homens têm menos problemas em aceitar-se como são?

Para mim é um movimento para a mulher, más no fundo para todos, já que se a mulher está bem é claro que o homem também tira benefício de isso!

Eu defendo que todos somos diferentes e que essa diferença é o que te faz único e que deves potenciar em vez de esconder o tapar.

A mulher está mais massacrada.

Os homens também sofrem com o seu corpo de facto os transtornos alimentares no homem estão aumentando não estão nos números da mulher mas está em crescimento e esto é devido a facto que a sociedade exerce uma pressão sobre elos.

Mas ainda existe para elos a livre escolha, coisa que a mulher não tem.

Um homem pode escolher depilar-se ou não. E não é criticado, só ele fez uma escolha.

A mulher tem obrigatoriamente que depilar-se senão é uma mulher pouco higiénica ainda não temos essa cultura de poder ser livre eleição sem ser etiquetadas com um rótulo!

Podemos e o nosso dever ajudar aos homens a que não passem por o mesmo mal que passamos nós!

 

 

Se estão a gostar, não percam, amanhã, a segunda parte da entrevista a Marta Romero!

À Conversa com Marta Romero - Parte II

 

 

Imagens: Marta Segão/ Marta Romero e https://www.facebook.com/amarmeucorpo/

 

À Conversa com os Tripé

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Tripé é um projeto de música eletrónica, progressiva e ambiental, constituído por António Silvestre (sintetizadores), Carlos Brito de Sá (baixo e guitarra) Miguel Munhá (violoncelo), David Correia (bateria) e André Nascimento (eletrónica e teclados), que assume a imagem e o vídeo como partes integrantes do projeto. 

"Júpiter 49" é o seu primeiro trabalho, e "Chamada" o single de apresentação do mesmo. 

 

Os Tripé são os convidados de hoje da rubrica "À Conversa com...". Fiquem a conhecê-los!

 

 

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Quem são os Tripé?

Grupo de música progressiva e experimental que combina electrónica e instrumentos clássicos. É composto por cinco músicos de Cascais e Lisboa.

 

 

Em que momento decidiram juntar-se, e formar uma banda?

Em 2011, por iniciativa do Carlos Brito de Sá, um dos compositores do grupo.

 

 

O nome escolhido para a banda está relacionado com o facto de a imagem e vídeo serem partes integrantes do vosso projeto?

Sim, esse é o principal motivo, uma vez que os Tripé assentam o seu trabalho nesses três elementos: música, imagem fixa e vídeo. Paralelamente, também porque os elementos do grupo pertencem a três gerações distintas, uma constatação que foi ganhando espaço e que já assumimos também como um elemento da nossa identidade.

 

 

 

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Para além da música em si, os Tripé pretendem, de certa forma, debater e alertar para questões ambientais e sociais. Consideram que é mais fácil sensibilizar para estes temas através da música?

Entre outros, a música é um dos veículos possíveis para fazer chegar as mensagens, como muitas vezes já comprovámos através da reacção das pessoas nos nossos espectáculos ao vivo. A título de exemplo, já tivemos professores que no final de concertos vieram ter connosco para levarmos o nosso espectáculo às escolas e liceus.

 

 

Qual é a vossa principal preocupação a nível ambiental, e a nível social?

A nível ambiental, o muito que ainda está por fazer para travar a degradação contínua dos recursos naturais, dos ecossistemas e da biodiversidade; e também a ausência duma visão única e concertada por parte das principais nações, para fazer frente a estes problemas emergentes.

A nível social, a incapacidade das organizações para corrigir as desigualdades, para estabelecer padrões civilizacionais transversais e para levar o desenvolvimento sustentável, a prosperidade, a saúde pública e a educação aos quatro cantos do mundo.

 

 

 

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O primeiro álbum da banda “Júpiter 49” foi editado em formato digital a 20 de outubro. Que mensagem está implícita neste trabalho, e nas músicas que dele fazem parte?

O álbum é ainda um resquício da crise dos últimos anos, sendo Júpiter49 quase um local imaginário para onde partimos, onde nos recolhemos e almejamos alcançar alguma felicidade e segurança. É também o nome que damos à nossa sala de ensaio e, de certa forma, um refúgio da própria banda.

 

 

Os Tripé são um projeto de música eletrónica. Pretendem experimentar outros registos diferentes no futuro?

Está sempre aberta a possibilidade de criarmos os temas de outras formas, nomeadamente, utilizando a voz como elemento esporádico e também com recurso a músicos convidados. Nesse domínio, não auto-impomos nenhum tipo condicionante e assumimos arriscar sempre.

 

 

Como veem a evolução da música eletrónica em Portugal?

As máquinas e os computadores fazem parte do dia-a-dia, estão dentro das nossas casas e das salas de ensaio e é quase uma inevitabilidade a sua utilização. Contudo, por vezes fecham-se ciclos e volta-se às origens, às guitarras, aos baixos e baterias.

 

 

Quais são as vossas grandes referências a nível musical?

Desde o progressivo mais puro (Genesis, Tangerine Dream, etc.), passando pelo rock alemão, pelo rock puro e duro, pelo minimalismo e pelas novas tendências no campo da electrónica que o André Nascimento traz ao projecto.

 

 

 

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“Chamada” é o single de apresentação deste primeiro trabalho. Embora recente, o público tem aderido à “chamada” dos Tripé? Que feedback têm recebido?

O público tem aderido e temos recebido bom feedback, mesmo não havendo uma voz de referência que, no nosso caso, é substituída de certa forma pelo violoncelo.

 

 

Por onde vão andar os Tripé nos próximos meses?

Vamos divulgar o Júpiter49, tocando ao vivo o mais possível, e também a preparar já o próximo disco.

 

Muito obrigada!

 

 

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens e vídeos.