Sou só eu?
Que a escrever a data ainda penso que estou em 2017, em vez de 2018?
Ou há mais alguém por aí que, nestes dias do início do novo ano, também troca as datas?!
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Que a escrever a data ainda penso que estou em 2017, em vez de 2018?
Ou há mais alguém por aí que, nestes dias do início do novo ano, também troca as datas?!
Foi a minha última leitura de 2017, e conseguiu surpreender-me!
Quando li um excerto, oferecido pela Wook, há uns meses atrás, fiquei com a sensação que não iria gostar muito, por ser mais do mesmo. Ainda assim, mesmo sem o interesse inicial, deixei-o ficar na lista de livros a adquirir.
Lista essa que facultei ao meu marido, para o caso de ele me querer oferecer algum livro. Havia uns que eu preferia mais, mas ele acabou por comprar este. E acertou!
O que mais destaco neste livro, é a forma como ele retrata o poder dos mais ricos, das pessoas mais influentes, de um nome, do dinheiro. E como esse poder pode controlar tudo e todos à sua volta, de acordo com os seus interesses, pisando, destruindo e eliminando quem se colocar no seu caminho.
Por vezes, a fome de poder é tão grande, e o receio de um escândalo tão temido, que se cometem os actos mais impensáveis, considerando-os meros "danos colaterais".
Andrea é filha de um dos homens mais poderosos e respeitados na região, oriunda de uma família rica que lhe permite ter tudo o que quer. Um dia, Andrea aparece morta, num local que não seria de esperar que frequentasse, dando início a uma investigação para a qual foi chamada a liderar a inspectora Erika Foster.
Quem não fica satisfeito com essa escolha é Sparks, que fará de tudo para voltar ao comando, descredibilizando qualquer teoria ou linha de investigação que Erika apresente. Erika também não dificulta essa tarefa, agindo muitas vezes por impulso, colocando em risco a sua carreira, que já se encontrava por um fio.
Ainda assim, ela acredita que está no caminho certo, e terá o apoio de Moss, Peterson e Isaac, ainda que o seu superior, Marsh, a tenha suspendido e afastado do caso, e pareça temer represálias vindas do pai de Andrea.
De facto, até na polícia e na justiça o poder exerce a sua influência, levando muitas vezes a corrupção, a injustiças, ao encobrimento da verdade, por "uma boa causa", para ninguém sair prejudicado, e continuar na sua vidinha, sem se chatear.
Andrea estava noiva de Giles, e parecia a mulher perfeita, mas vamos percebendo que não era bem assim. E se David, o seu irmão, parece defendê-la das críticas, já Linda, a irmã, parece não querer poupar Andrea, pouco se importando se ela está morta e não se pode defender.
E, por aqui, percebemos que esta é uma família que vive de aparências, não se conhecendo minimamente uns aos outros, nem se preocupando verdadeiramente uns com os outros, mas apenas consigo mesmos.
É acusado um homem pelo seu assassinato, mas depressa se percebe que era apenas um bode expiatório que a polícia precisava, para mostrar serviço. Com essa teoria caída por terra, e com a possibilidade de outros casos antigos estarem interligados com a morte de Andrea, Erika vai em frente, e leva para a esquadra vários suspeitos para interrogatório, tentando a sua sorte.
Mas o verdadeiro assassino, que a tem seguido de perto, e até já a tentou matar na sua própria casa, está uns passos à sua frente e, quando ela percebe quem é, poderá ser tarde demais, e não conseguir escapar, também ela, com vida, desta vez, tornando-se mais uma das "Raparigas no Gelo".