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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

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Quando miúdos pequenos têm que se desenrascar sozinhos

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Antigamente, era habitual irmos para a escola sozinhos, muitas vezes a pé, fizesse chuva ou sol. Não havia pai nem mãe para nos levar ou buscar.

Se recuarmos ainda mais, ao tempo dos nossos pais, era normal ainda antes de irem para a escola, fazer algum recado, ir buscar o leite ou o pão, ou algo do género.

 

Actualmente, e eu sou um bom exemplo disso, desde que a minha filha entrou para o Jardim de Infância que, sempre que posso, vou levá-la e buscá-la, seja a pé ou de carro. E, quando nem eu nem o meu marido podíamos, ia o avô.

Quando ela foi para o ciclo, teve mais liberdade, mas continuo a fazê-lo, se os horários derem para isso.

A primeira vez que quis ir visitar a antiga professora à escola primária, deixei, mas com indicações para ter muito cuidado com as passadeiras, os carros, e para ligar à saída e à chegada.

Ainda hoje, não deixo a minha filha andar muito na rua sozinha.

 

E é por isso que olho para alguns miúdos pequenos, muito mais novos que a minha filha, a irem sozinhos para a escola, com uma mistura de admiração mas, ao mesmo tempo, receio pelo que lhes possa acontecer, e alguma pena, por não terem ninguém que os acompanhe.

Há uns tempos, quando ia com a minha filha, precisamente para deixá-la na escola e seguir para o trabalho, vi um rapaz pequenino, com uma mochila que tinha quase o mesmo tamanho que ele às costas. Ia sozinho. Mal conseguia andar. Achei graça ao miúdo. Ele, propositadamente ou não, acabou por ir ao nosso lado, e estive quase para lhe perguntar se queria ajuda, se queria que lhe levasse a mochila. Mas depois, achei melhor estar quieta, não fosse o miúdo assustar-se, afinal, eu era uma estranha.

 

Hoje, estava a ir para o trabalho, e o miúdo ia à minha frente. O meu pai também ia mais à frente, e o miúdo perguntou-lhe se vinha algum carro, para poder passar. Depois, agradeceu. Não é para todos. A maior parte, até mais velhos, não diria nada.

De repente, o miúdo vira-se para trás e vê-me. Faz uma festa, a rir e a dizer olá, como se já nos conhecessemos há muito tempo e eu fiquei naquela "é comigo?!".

Disse-lhe olá, e ele esperou por mim, para ir para cima comigo. Anda na primária, no 2º ano. Diz que está habituado a ir sozinho, e que a mãe não pode, porque está a tomar conta da irmã mais nova. Conversámos um bocadinho, enquanto caminhávamos.

Quando páro para colocar comida aos gatos, ele fica ali comigo mas depois, preocupado,pergunta-me as horas e diz que tem que ir andando, para não chegar atrasado. E lá foi ele, a correr, porque o caminho até à escola ainda é longo. Se tivesse mais tempo, tinha ido com ele até meio do caminho.

 

Sim, o miúdo é pequeno, mas teve que aprender a desenrascar-se sozinho. Estará mais preparado que muitos mais velhos. Mas, ainda assim, sinto que ele não se importava de ter companhia, e que se sentiria mais seguro se alguém estivesse com ele.

Simpatizei mesmo com o miúdo, apesar de não ter jeitinho nenhum com crianças. Espero reencontrá-lo um dia destes novamente.

Coraline: um filme de animação de terror?!

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Quando vi a história do filme, acho que não me apercebi bem do que se tratava, e lembro-me de ter pensado que era um bom filme para ver. 

Nunca cheguei a vê-lo, durante todos estes anos, mas no domingo passou na televisão, e achei que seria boa ideia vermos os três, no final do dia, para descomprimir dos estudos e trabalho rotineiro de fim de semana. E, assim, sentámo-nos os três na sala, nós duas com as bichanas ao colo a dormir, para uma sessão de cinema infantil.

A minha filha, que agora está na fase dos filmes e séries de terror, não estava lá muito entusiamada, mas depressa mudou de atitude, ao ver que aquele filme era puro terror, só que em formato de animação!

 

Embora tenha sido considerado um grande filme para todas as gerações, tenha angariado várias críticas positivas, e transmita uma importante mensagem, para mim, foi um filme que não me inspirou, de todo. E que não recomendo a quem que não tenha um gosto específico por este género de ficção.

Mais, sendo um filme de animação que era suposto ser para crianças, não recomendo. Os mais novos são bem capazes de ter pesadelos!

 

Destaco a personagem do gato, que tem um papel extremamente importante na história e consegue, mesmo quando não fala, transmitir aos espectadores os seus sentimentos e emoções.

De resto, tirando mesmo a moral da história, achei um filme uma grande "seca", e arrependi-me de ter sugerido desperdiçar o nosso precioso tempo com ele.