O novo centro de saúde da vila está agoirado
E as culpadas somos nós, eu e a minha filha, que todos os dias por ali passamos e assistimos à sua construção de raiz e, à falta de melhor entretimento para os 10 minutos de caminhada, nos pomos a analisar a obra, de uma perspectiva muito sinistra, quase argumento para filme de terror!
A primeira coisa que salta à vista é o "precipício da morte". A determinada altura, o terreno onde se vai situar o centro de saúde sofre um corte abrupto em altitude, sendo que imediatamente em baixo existem árvores e um riacho que por ali corre. Há sempre a hipótese de enforcamento ou afogamento, ou a simples queda de um primeiro andar.
A essa vala, que faz lembrar as trincheiras da guerra onde os soldados se abrigavam para se proteger e, ao mesmo tempo, facilitar o ataque ao inimigo, tal como nos recordou as valas comuns, onde os cadáveres eram enterrados em massa, chamámos de "vala dos mortos".
Depois, há a "varanda do suicídio", nome dado pela minha filha a uma zona que mais parecia uma varanda do que a entrada para o centro.
Do lado de fora, junto uma parte da construção, vimos uma enorme saca branca, atada, a que apelidámos de "saco dos mortos".
O próprio centro de saúde ficará a pouca distância do cemitério local.
Ainda não conseguimos visualizar o edifício, tal como aparece na fotografia. Não se consegue distinguir onde será a entrada, e como irão os carros para lá, com tão pouco espaço de terreno, até à dita vala. Também a rotunda não sabemos se ficará em pleno riacho, ou do lado inverso.
Mas conseguimos visualizar os utentes a serem assombrados por espiritos malignos, que os levarão a cometer loucuras!
E, a determinado ponto, de tanto que já agoirámos o centro de saúde, até ficamos com receio de lá entrar, não vá o diabo tecê-las!