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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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O que é o BASE Jumping?

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Foi no livro “Livre Para Amar” que ouvi falar pela primeira vez do Base Jumping, um desporto aparentemente perigoso e até mortal, que faz qualquer um temer por quem o pratica mas que, quem faz, vive como algo indescritível, uma sensação de “beber o céu”. A experiência é mesmo apelidada de “a expressão máxima da liberdade de voar”.

Assim, fui procurar mais sobre esta modalidade radical que, ao que parece, também se pratica no nosso país!

 

A sigla BASE significa "Building Antenna Span & Earth", em português, "Prédio, Antena, Ponte e Terra". Isto porque o Base Jumping consiste, exactamente, em saltar de paraquedas (apropriado para aberturas e baixas altitudes) a partir de uma estrutura fixa, como prédios altos, antenas, pontes ou montanhas, as quatro categorias de objectos dos quais se pode saltar.

É considerado um dos desportos mais perigosos do mundo, sendo que, devido à alta taxa de mortalidade dos praticantes, acabou por ser proibido em diversos países. A Suíça é um dos poucos países em que a prática é legal.

 

Mas, se julgam que é uma modalidade recente, estão enganados. Na verdade, há registos de saltos de Base Jumping desde o início de 1900: Frederick Law saltou da Estátua da Liberdade em 1912. Fausto Vrancic fez, em 1934, vários saltos de paraquedas, a partir de uma torre.

Já a 18 de Agosto de 1978, Boenish Carl e três outros paraquedistas fizeram o primeiro salto a partir do El Capitan (Parque Nacional de Yosemite, EUA) nascendo, nesse dia, o Base Jumping como actividade desportiva.

 

 

E em Portugal?

Mário Pardo é reconhecido como o primeiro base jumper português, e a cara da modalidade no nosso país.

Nascido em Lisboa, Mário conheceu o paraquedismo durante o serviço militar, aos 20 anos, mas só em 2000 fez o seu primeiro Base Jump, no Monte Brento, nos Alpes italianos, tornando-se o primeiro BASE jumper português.

Ao longo dos anos, Mário foi somando saltos à sua lista, como a ponte 25 de Abril, as Twin Towers e o Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa; o Cabo Girão, na Madeira; o vulcão do Pico, nos Açores; ou a antena da Rádio Renascença, em Muge.

Conseguiu o título de Campeão Nacional, por três vezes, e representou Portugal em várias competições mundiais.

Em 1998, Mário Pardo criou a escola de paraquedismo Queda Livre e, em 2004, abriu a sua empresa de organização de eventos, especificamente dedicada a actividades na área do paraquedismo, a Get High – www.gethigh.pt.

 

 

 

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No livro, quando questionada sobre a diferença entre os riscos de um salto de paraquedas normal e um salto de Base Jumping, uma das praticantes refere: “Enquanto num simples salto de paraquedas, só tens ar e espaço à tua volta, num salto de base jumping, saltando de plataformas fixas, tens tudo o resto a criar perigo à tua volta – se o salto não for bem dado, podes bater com o corpo em qualquer parte dessa mesma plataforma.”.

Não foi o caso de uma das personagens, que acabou mesmo por morrer, mas porque o seu paraquedas não abriu.

 

Mas não é só na ficção que os acidentes acontecem.

Em Julho de 2013, um turista sueco, de 29 anos, morreu na Nazaré, enquanto praticava Base Jumping.

David Thomasson, acompanhado de três amigos noruegueses foram efetuar saltos de uma falésia de mais de 100 metros.

O salto não terá corrido bem, uma vez que o paraquedas não abriu, levando David a embater com grande violência no solo, numa queda que lhe foi fatal.

 

 

 

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Praticar Base Jumping não admite erros, e os praticantes arriscam a sua vida sempre que efectuam um salto destes.

No entanto, nos últimos anos, surgiu uma variante desta modalidade ainda mais perigosa – saltos com Wingsuits (trajes planadores).

Nesta variante, são usados fatos insufláveis, com uma estrutura em teia, que lhes permite serpentear por vales, navegar pelas fendas das rochas e acertar em alvos como balões.

Já várias pessoas morreram a fazer Base Jumping com este tipo de fato.

Livre para Amar, de J. A. Redmerski

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Poderão as diferenças complementar-se no amor? Dizem que os opostos se atraem mas, permanecerá essa atracção intacta, de forma permanente ou, à medida que as relações avançam, as divergências começam a pesar e a interferir?

 

Sienna é uma jovem cujos pais sempre viveram com algumas dificuldades financeiras, e se sacrificaram para que ela pudesse ter uma vida melhor que a deles. E foi isso que Sienna conseguiu. Depois de terminar a faculdade, arranjou um emprego bem remunerado e alcançou a estabilidade com que sempre sonhou.

Além disso, Sienna é uma mulher que gosta de planear cuidadosamente cada pormenor da vida. Vive para o trabalho, que parece gostar, porque a faz desenvolver o seu lado criativo, embora viva constantemente em stress, e nem sempre seja compensador lidar com alguns dos clientes.

Apesar de viajar várias vezes em serviço, e haver muito para fotografar, ela acaba por deixar sempre para segundo plano esse hobbie, porque nunca tem tempo livre para dedicar a ele.

Em relação à Sienna, que percebemos que tem 22 anos, não consigo encaixar a personagem apresentada, na idade que lhe atribuíram. Poderia ver a Sienna, com 5 ou 10 anos a mais, mas não tão nova. E para mim, nesse aspecto, a autora pecou.

 

Luke é um surfista, aparentemente despreocupado com a vida, que gosta de tudo o que são desportos radicais: saltar de penhascos para a água, paraquedismo, surf com tempestades, e até Base Jumping. Fá-lo com um grupo de amigos, com a mesma paixão por estas aventuras, e parecem formar um círculo onde evitam que mais alguém, que não tenha os mesmos interesses, entre, sob pena de se envolverem e os outros não compreenderem ou aceitarem o seu estilo de vida.

Em relação ao Luke, é mais fácil imaginá-lo com os 24 anos que a autora lhe deu.

 

Na viagem que faz ao Havai, Sienna conhece Luke, há uma atracção imediata e cada um sente que o outro poderá ser “o/a tal”. Mas Luke tem receio que Sienna não aceite o seu modo de vida (que ele não pretende mudar) como aconteceu com outras mulheres. E Sienna tem dúvidas sobre se conseguirá viver com uma pessoa que arrisca constantemente a sua vida, viver sempre com receio, à espera do pior, com o coração nas mãos. Nenhum deles quer que o outro mude apenas para fazer o outro feliz, mas que sejam eles próprios, o que condena, logo à partida, o que quer que pudesse vir a existir entre eles.

 

Ainda assim, Sienna faz um esforço por se integrar no grupo, por disfarçar a sua preocupação, por acreditar que Luke sabe o que faz e não se colocará em perigo desnecessariamente. E Luke começa a acreditar que Sienna poderá aceitá-lo e, quem sabe, partilhar a sua vida com ele.

 

Mas no amor, há que estar livre para amar, e isso é algo que Luke não está, de todo. Ainda vive nele a culpa pela morte do irmão, por ter dado mais importância ao trabalho e ao dinheiro, que a acompanhar o irmão num salto perigoso, que resultou na sua morte, porque ele não estava lá para verificar tudo. E é por isso que Luke quer agora seguir os planos que tinha feito com Landon, e efectuar os restantes saltos de Base Jumping, o próximo dos quais na Noruega, no dia do aniversário do irmão.

 

Ao perceber que Luke está a utilizá-la como “muleta” para se amparar e esquecer a culpa, em vez de enfrentá-la e libertar-se dela, e com dúvidas sobre os verdadeiros motivos que o levam a arriscar a vida, temendo que ele queira colocar fim à própria vida, Sienna parte, acabando tudo entre eles.

 

No entanto, apesar de afastados, há algo que aprenderam um com o outro, e que vai acabar por mudar as suas vidas.

Se, no final, irão conseguir vencer a distância, os obstáculos, as diferenças e dar asas ao amor, terão que ler o livro para saber!

O que é certo, é que Luke irá mesmo à Noruega, e estará bem lá no topo da montanha, pronto para saltar. Antes disso, e confesso que foi a parte que mais me emocionou no livro, Luke conversa com o irmão, pede desculpa por tudo e despede-se.

Em San Diego, Sienna recebe uma carta de Kendra, amiga de Luke, enviada no dia seguinte ao do salto.

O que estará escrito nessa carta? Será aquilo que Sienna mais temia, e para o que se tem tentado preparar desde que o deixou?