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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Amar-te à Meia Noite, de Trish Cook

Foto de Marta E André Ferreira.

 

Estava à espera de uma história mais emocionante, e o livro acabou por me desapontar.

Juntemos as histórias de A Culpa É das Estrelas, Agora Fico Bem e Amor Acima de Tudo, e temos como resultado final este Amar-te à Meia Noite, que estreia esta semana nos cinemas portugueses e que, espero, seja melhor que o livro.

 

Katie Price é uma adolescente que acaba de concluir o secundário, e se prepara para ir para a universidade. Escreve músicas que depois toca na sua guitarra. Costuma diverte-se com a sua melhor amiga, e com o pai. Filha única, a mãe morreu quando ela era pequena. Tem uma paixão platónica pelo vizinho Charlie, com quem nunca teve a coragem de falar.

 

Poderia ser o dia a dia de qualquer adolescente normal, mas não é o caso. Katie tem um problema de pele - XP (Xeroderma Pigmentoso), que a impede de sair de casa durante o dia, e passar essas horas encerrada em casa, com medidas especiais de protecção para que não entre omais pequeno raio de sol.

Como uma vampira, Katie acaba por dormir de dia, e aproveitar a vida à noite.

 

E é numa dessas noites em que sai para tocar na estação, que Charlie a interpela, deixando-a atrapalhada e com vontade de fugir dali, com a primeira desculpa que lhe vier à cabeça.

No entanto, com uma pequena ajuda da sua amiga, Katie e Charlie vão reencontra-se e passar bons momentos juntos, fazendo-a sentir-se uma adolescente normal. Para ter a aprovação do pai e da amiga, e não a chatearem mais, ela mente, dizendo que Charlie sabe tudo sobre o seu estado de saude.

 

Como é óbvio, a mentira tem perna curta e, num dos momentos em que Katie pediu ao pai que confiasse nela, ela deita tudo a perder, ao perceber, tarde demais, que não conseguirá voltar para casa antes do nascer do sol. Charlie fica sem saber o que fazer ou o que pensar, limitando-se a acelerar a carrinha e assistir ao pânico de Katie, que nada lhe explica.

 

O resultado desta imprudência será aquele que, toda a vida, tentaram evitar.

Terá esta relação algum futuro, sendo que o futuro está, agora, reduzido a poucos meses?

 

 

Deste livro, e outros do género, há uma questão que me surge:

Vale a pena antecipar conscientemente a morte, sabendo que aproveitámos melhor meia dúzia de dias, que todos os restantes da nossa vida? Ou é preferível adiar esse momento, limitando-nos a cumprir as regras, sem viver verdadeiramente?

Aqueles dias que sabemos que não vão correr bem

Imagem relacionada

 

Depois de um feriado a meio da semana, que soube bem mas acabou por quebrar o ritmo habitual, veio uma quinta-feira que se veio a adivinhar, ao longo do dia, não terminar da melhor forma.

E, como seria de esperar, foi isso mesmo que aconteceu.

Chegar a casa, ter as coisas habituais para fazer, e ainda ter que acudir a quem me chamava constantemente, por, e para, isto ou aquilo, como se fosse uma tarefa demasiado complicada para duas mãos e um bom "lombo", como eu costumo dizer.

E terminou tarde, por conta de um trabalho de grupo da minha filha, que estive a rever com ela, com o computador a bloquear e a não me permitir gravar, imprimir ou copiar para outro lado.

Eu já nem estava a ver bem o que tinha no monitor à minha frente, já me doía a vista.

Estávamos os três cheios de sono, rabujentos e, apesar dos motivos válidos para reclamar, sem paciência.

 

 

Hoje, era dia de acordar ainda mais cedo, por isso, pouco descansámos.

E, não sendo sexta-feira 13, são más as notícias que recebo logo pela manhã: a minha sobrinha teve um acidente em casa, rasgou tendões no joelho, sofreu rotura de ligamentos na zona e deslocou a rótula.

Resultado: várias semanas em casa, em recuperação, podendo ficar com sequelas para o resto da vida.

Estava a dançar, tal como a minha filha às vezes o faz lá por casa, quando aconteceu.

 

 

Para compensar, cá deste lado e após receber o resultado das análises da minha filha, verificámos que não há qualquer problema que justifique as dores de barriga e cabeça constantes. Agora falta os exames, que vai fazer no próximo mês.

A verdade é que as dores continuam, dia sim, dia sim. 

 

Se não lutarmos por aquilo que queremos, quem o fará?

Imagem relacionada

 

 

Se temos um objectivo, temos que ir à luta, para o concretizar.

Se nos deparamos com obstáculos pelo caminho, há que os contornar.

Se nem sempre as coisas acontecem quando queremos, temos que ser pacientes, saber esperar. Um adiamento é apenas isso, um adiamento. É uma vírgula numa frase, para uma pausa, e não um ponto final.

E se, pelo caminho, começamos a perder a determinação, a força, a coragem e a vontade, temos que contrariar o nosso pensamento, e encontrar a motivação necessária, nas mais pequenas coisas a que nos pudermos agarrar, para continuarmos a avançar.

As coisas não nos caem nos braços por obra do acaso. Nada nos é oferecido de bandeja. Nada se consegue sem esforço.

Por isso, não basta ficar parados à espera que a vida passe por nós. É preciso fazermo-nos ao caminho, e passarmos nós pela vida, aproveitando tudo o que pudermos ao longo dessa passagem.

 

 

 

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