Fica Comigo, de Lucie Whitehouse
Até onde podemos ir para proteger aqueles que amamos? é a pergunta, mas esta história tem muito pouco de amor, e mais de dependência, obsessão, sobrevivência, de uma visão destorcida do que é certo e errado, de desviar as atenções daquilo que não deve ser visto.
Mas, por vezes, quanto mais tentamos salvar a nossa pele, mais colocamos a descoberto os nossos próprios segredos!
Quando Marianne aparece morta, Rowan, outrora sua melhor amiga, com quem Marianne já não fala há cerca de 10 anos, é uma das poucas pessoas a suspeitar que não se tratou de um acidente, mas de um homicídio. E que esse crime estará relacionado com um segredo do passado, que ambas guardavam.
Rowan decide, por isso, ficar uns dias na casa da família, para tentar descobrir o que, de facto, aconteceu.
A verdade é que Marianne enviou um postal a Rowan, uns dias antes de morrer, a dizer que precisava de falar comn ela.
Marianne já tinha sofrido uma depressão anteriormente. Estava a ser pintada por um artista cujas musas anteriores haviam morrido. Os seus próprios desenhos retratavam a morte.
Marianne tinha tudo para estar feliz,tanto na sua vida pessoal, como profissional. Mas carregava também uma grande culpa, e algo que não a deixava viver plenamente.
E Rowan, quem é Rowan?
Melhor amiga de Marianne na adolescência, apaixonada pelo irmão desta, Adam, e recebida no seio desta família como se fosse mais uma filha perde, de um momento para o outro, a amizade de Marianne, e afasta-se de todos, até ao dia em que recebe a notícia da sua morte.
O que se passou naquela altura? E de que forma é que o passado está relacionado com o presente?
Por muito que se queira, não se pode justificar o injustificável. Nem, tão pouco, usar o amor para atenuar a culpa. Quando se perde totalmente a noção da realidade, e se distorce tudo à nossa medida, para que nos perdoem, então, estamos perdidos...
"Marianne Glass é artista e aparece morta, caída do telhado. Toda a gente insiste tratar-se de um acidente, excepto Rowan Winter, em tempos a sua melhor amiga. É que Marianne sempre sofreu de vertigens e nunca se aproximaria da beira de um telhado.
Em tempos, Marianne e a sua família significavam o mundo para Rowan. Para uma adolescente órfã de mãe e com um pai ausente, aquela família intelectual e cheia de vida representava um mundo de glamour e oportunidades.
Mas desde que se afastaram, Rowan sabe de Marianne apenas pelos jornais: a rápida ascensão na cena artística londrina, o romance com o seu galerista. Para descobrir as causas da sua morte, Rowan tem de saber mais. Estaria angustiada com alguma coisa? Em perigo? Começa então a procurar pistas: nas obras mais recentes de Marianne, nas suas relações mais próximas e na amizade recente com um artista.
Mas quanto mais fundo vai na história, mais sinistro tudo se torna. E um segredo do passado faz com que também ela se comece a preocupar com a sua sorte…"