...e há pessoas que são pagas para dar aulas.
O professor de educação física da minha filha inclui-se nesta segunda categoria.
Que a minha filha não gosta de educação física já é sabido. E que para a maior parte das actividades que se fazem nas aulas não tem grande jeito, também é certo. Sai à mãe!
Ela própria já disse ao professor, quando este lhe perguntou o quanto gostava de educação física, que de o a 5, era 0.
Mas é missão do professor incentivar os alunos, motivá-los, encontrar alternativas que os façam ver a educação física com outros olhos. E encontrar formas de avaliar distintas, o que não é o caso.
Para este professor, há metas mínimas a atingir e, caso não atinjam, têm negativa. Essas metas baseiam-se unicamente em aulas práticas.
Portanto, a minha filha sabe que a negativa está sempre garantida, enquanto tiver este professor.
Todos nós sabemos que as aulas tanto podem ser feitas no interior, como no exterior. Sendo que o exterior é, por norma, usado para a parte do atletismo, e jogos que podem ser feitos ao ar livre.
O professor lembrou-se de os pôr a fazer prancha sobre uma bola de basquete, em pleno alcatrão.
Correu mal à minha filha que, quando ia a levantar-se, desequilibrou-se e bateu com o cotovelo no chão, arrancando a pele.
Tudo bem, são acidentes que acontecem, e ela não é nenhuma flor de estufa. Mas estava a sangrar, e o professor lá lhe disse para ir lavar o braço.
A auxiliar que ali estava, para além de lavar-lhe a ferida, achou por bem pôr um pouco de betadine.
Ela voltou para a aula.
E o professor? O professor reclamou por ela estar com betadine, porque só tinha mandado lavar!
A sério?!
O ideal tinha sido ir à enfermaria, limpar a ferida, pôr betadine e tapar aquela zona, pelo menos enquanto estivesse na aula, para evitar outro acidente, no mesmo sítio, protegendo assim a ferida.
E ele estava preocupado com o facto de ter betadine? Estaria com medo que manchasse o alcatrão?!
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