Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada...
Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!
Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada...
Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!
Estamos a pouco mais de duas semanas do final do primeiro período.
A minha filha tem ainda, por fazer, cerca de 5 ou 6 testes.
Todos os dias traz TPC's para fazer.
Tem um trabalho de Educação Visual para terminar em casa, porque as aulas não são suficientes.
Como se tudo isto não chegasse, tem ainda para fazer, em pares/ grupo:
um trabalho de português
um trabalho de espanhol
um trabalho de inglês
um trabalho de geografia
um trabalho de físico-química
um trabalho de matemática
Inês, já escolheram o artista espanhol para a entrevista?
Não.
Inês, já pensaste qual a Lei de Newton que vais escolher? Já viste os links que te enviei?
Ainda não.
Inês, já combinaram entre vocês quando é que se juntam para fazer o trabalho de geografia?
Não.
É tudo para fazer até ao final do período, enquanto estuda e tenta não deixar nada por fazer, mas sem tempo nem cabeça para tudo ao mesmo tempo. E, pelos vistos, também sem muito interesse e responsabilidade.
Agora digam-me: ainda é cedo, ou já posso ter um ataque de nervos, já que a minha filha é a calma e relax em pessoa?!
Fiz uma encomenda na Wook, que foi expedida na sexta-feira.
Deduzi que chegaria ontem mas, até à hora do almoço, não tinha chegado nada.
Ok, então talvez venha amanhã - pensei.
No entanto, ao consultar o site, vi que estava em distribuição em Mafra.
Quando vinha para o trabalho, a seguir ao almoço, estava o trânsito encalhado na rua. Entretanto, a carrinha andou. Não tinha nada escrito, mas conheci o homem que a conduzia. Trabalha para os CTT.
Pensei logo "deve ir agora lá deixar a encomenda". Fiquei descansada.
Mas, qual não é o meu espanto quando, por acaso, vou verificar se a encomenda já tinha sido recebida, e me aparece como "não entregue, destinatário ausente"!
Passei-me.
Estiveram pessoas em casa o dia todo. À hora que eles dizem que tentaram entregar, eu própria estava a sair de casa, e não apareceu ninguém.
Já não é a primeira vez que tenho problemas com estes funcionários dos CTT Expresso.
Antigamente, a moda era buzinar e ficar dentro da carrinha à espera que alguém adivinhasse que era para si, e aparecesse à porta.
Mas percebi que o problema, desta vez, era outro. Também repetido. Tentaram fazer a entrega na casa errada!
Quando o trânsito estava encalhado, e a carrinha parada, estavam a tentar entregar a encomenda, não na minha casa, mas numa outra, numa rua diferente, em que a única coisa comum é o número da porta.
Já por, pelo menos, duas vezes, fizeram isso e, por sorte, como quem lá mora até me conhece, fez o favor de ir até à minha casa entregar os avisos.
Mas isso não desculpa a incompetência.
Não desculpa o trabalho que dão às pessoas, por um serviço pelo qual são pagos para o prestar, mal feito.
Não desculpa a preocupação com a possibilidade de a encomenda ir parar às mãos erradas, ou ser devolvida ao remetente.
Não desculpa o tempo que se perde, a tentar resolver os erros deles.
Ontem mesmo fiz reclamação por escrito, já que ao telefone ninguém está disponível para atender (tal deve ser o número de reclamações).
Hoje, recebo email da Wook, a dizer que a encomenda está no posto de correios, e que me deveria dirigir lá para a levantar.
"Ah e tal, ainda estamos a recepcionar, é melhor voltar mais tarde."
Volto mais tarde, não encontram a encomenda.
A colega pede para ver. Explico o que aconteceu. Diz que quanto aos CTT Expresso, tenho que fazer reclamação junto deles. Disse que já a tinha feito.
"Ah e tal, então se calhar vieram aqui buscá-la, para fazer nova entrega, conforme pedido."
Boa! Mas, e se vão entregar novamente na morada errada?
Lá me disse então para ir à parte da distribuição, ver se sabiam alguma coisa.
Felizmente, ainda tinham lá a encomenda .
"Ah e tal, tenho aqui a encomenda, sim. Detetámos hoje que tinha havido um engano na morada!"
Até lhe disse a morada onde o dito tinha deixado, que ele confirmou.
Numa relação, existem sempre duas pessoas que, antes de formarem um casal, já existiam individualmente.
Cada uma com a sua personalidade, identidade, características, qualidades e defeitos, sonhos e aspirações, objectivos e metas.
A partir do momento em que nascemos, somos um "eu", que nos acompanhará por toda a vida.
Quando estamos numa relação, esse "eu" deve continuar a coexistir com o "tu" e com o "nós".
Porque "eu" sou assim, "tu" és assim, e "nós" somos a junção dos dois, o complemento um do outro, o equilíbrio entre as duas partes.
Se deixamos que o "eu" seja anulado pelo "nós", é como se deixássemos de existir enquanto pessoas individuais, e passássemos a existir unicamente enquanto casal.
E isso não é benéfico para ninguém. Nem para a pessoa que se anula, que vive exclusivamente em função do nós, que deposita aí toda a a sua energia e pensamento, esquecendo-se de si próprio, nem para a pessoa que continua a saber separar as águas, que se começa a sentir sufocada e esgotada, por do outro lado não perceberem que para além do "nós", há um "eu" que não quer, nem deve, ser apagado.
Se quem se anula começa a exigir o mesmo do outro, quem se mantém firme percebe que a pessoa que tem ao seu lado não lhe interessa, que não tem a sua própria individualidade, que não traz nada de seu.
Ao vermos o programa "Casados à Primeira Vista", eu e o meu marido vamos discutindo as personalidades dos concorrentes, nomeadamente, do Hugo.
O meu marido "defende" o Hugo, diz que ele tem um bom coração, que está iludido, e que a Ana não está a fazer jogo limpo, daí muitas das suas acções. Ah e tal, o Hugo ficava melhor com uma pessoa como a Daniela ou a Eliana.
E eu contraponho: do Hugo, qualquer mulher quer distância. Nenhuma mulher conseguiria ter uma relação com um homem assim.
O meu marido diz que se identifica com o Hugo, e que também já foi assim.
Eu contraponho: pois eras, não a este ponto tão doentio, mas mudaste, senão já não estaríamos juntos.
É provável que o seu comportamento esteja a ser condicionado pela pressão, pelo programa, pelo facto de a Ana não querer saber dele para nada. É provável que, com uma mulher que se mostrasse mais interessada, mais aberta, mais disponível, mais carente, as coisas funcionassem, no início. Mas, chegaria o momento em que até elas quereriam o seu espaço, o seu tempo. Quereriam manter o seu "eu", e um homem assim não o permitiria porque, para estas pessoas, a partir do momento em que há uma relação, o "eu" e o "tu" têm que ser sacrificados, em prol do "nós".
E, tal como há homens assim, também há mulheres que pensam desta forma.
Quando de uma parte começa a haver exigências, cobranças, conflitos porque se anularam totalmente, e não vêem o mesmo sacrifício do outro lado, está aberto caminho para o fracasso.
A culpa? Será daquele “eu” que não se anulou, ou daquele “eu” que decidiu apagar-se?
Sabem quando nos pedem para fazer algo, e nós fazemo-lo com gosto, e sai bem?
Depois, uns dias mais tarde, pedem-nos o mesmo favor, e voltamos a fazê-lo, com o mesmo empenho.
Mas, se isso se começar a tornar uma rotina, em que começamos a ter que fazer o mesmo uma, duas, três vezes por dia, dia após dia, então começamos a fazê-lo por obrigação, sem gosto, sem empenho, em modo automático, sem prestar muita atenção, sem grande cuidado nem perfeição, porque já estamos fartos de fazer o mesmo.
Sim, nem sempre as repetições levam à perfeição. Por vezes, têm o efeito precisamente contrário, e é preciso fazer uma pausa para voltar a sentir o mesmo agrado da primeira vez, ou corremos o risco de, com trabalho repetido, o cuidado ser diminuído, e não sair nada de jeito.
Foi através do P.P. que soube da existência desta série da Netflix e, com base naquilo que li, fiquei curiosa!
Depois de ter ficado totalmente viciada em ZOO, que já acabei de ver, é com surpresa que me vejo agora presa a La Reina del Flow, uma das séries mais vistas na Colombia nos últimos 5 anos, e que promete uma sequela para a história de Yeimi.
Os ingredientes para esta receita de sucesso são vários:
A música
Dá o mote para a história, e está presente em toda a série. Cada um dos temas, ao estilo reggaeton, faz-nos querer cantar e dançar, e é fácil ficarmos com a letra na cabeça.
Das mais mexidas às mais calmas, conseguiram ter aqui uma excelente selecção musical.
Há concertos de veteranos, e batalhas de MC's para novos talentos.
Destaque ainda para personagens reais, como a de Sebastian Yatra, um cantor e compositor colombiano, que irá interpretar-se a si próprio.
E para o papel da música na vida das pessoas, sobretudo nestes bairros pobres e onde é fácil enveredar por caminhos perigosos e destruir a vida.
As drogas
A Colombia é um dos maiores produtores e exportadores de droga.
Aqui na série, o negócio é gerido por Manín, tio de Charly, que também se dedica a cobrar aos residentes de Medellín uma espécie de pagamento para protecção, que mais não é que uma forma de lhes arrancar dinheiro sob ameaça disfarçada.
Mas será pelas drogas que Yeimi verá toda a sua vida virar do avesso, envolvida numa cilada que lhe armaram, presa por tráfico, identificada como uma das muitas "mulas" que transportam drogas para o peixe graúdo e, mais tarde, como agente infiltrada para tentar chegar a ele, e ajudar a capturá-lo.
As consequências das drogas serão também mostradas através de Vanesa, filha de Charly.
Corrupção
Num mundo onde o dinheiro compra tudo, os criminosos continuam impunes, as vítimas sem justiça, e os crimes arquivados e esquecidos.
Vingança
Uma boa história de vingança cativa qualquer um. Sobretudo quando o ódio em que assenta essa vingança, teve origem num grande amor e ilusão.
Mas não só. A vingança de Yeimi acaba por se estender à morte dos seus pais, da sua avó, e do seu filho, bem como à da sua melhor amiga e companheira da prisão.
Pobreza e Insegurança
Medellín possui bairros pobres, em que o perigo espreita a cada esquina, seja assaltos, drogas, assassinatos.
No núcleo de Juancho, é bem visível o esforço que ele faz para que nada falte aos seus irmãos mais novos, depois do abandono da mãe, e a forma como luta para que ninguém os tire de si cedendo, por vezes, a chantagem ou a ações menos correctas para ganhar dinheiro para os criar.
No entanto, é também a prova de que, com vontade, é possível mudar e sair dessa vida.
Por outro lado, nem todos os que vivem nesses bairros são bandidos, delinquentes, drogados. Há por lá muita gente honesta, solidária, muitos jovens atinados, e muitas formas de escapar à dura realidade, sem se perderem.
Triângulos amorosos
Quando jovens, Juancho gosta de Yeimi, que só tem olhos para Charly, que gosta de todas e não gosta de nenhuma. Na verdade, ele só quer saber dele próprio, e de vencer no mundo da música e, como não tem talento como compositor, vai servir-se de Yeimi para atingir os seus fins.
Já adultos, Charly está casado com Gema, mas continua a envolver-se com todas as mulheres que pode, inclusive com Tammy, que ele nem desconfia que, na verdade, é Yeimi.
Catalina, melhor amiga de Yeimi, acaba por se apaixonar por Juancho, que continua a amar a Yeimi, enquanto esta é também disputada por Jack del Castillo.
Transformação
A típica transformação da menina ingénua e inocente, na mulher poderosa e guerreira. De menina que só conhecia o seu bairro de Medellín e pouco mais, que viveu 17 anos numa prisão e pouco mais conhece além dessa realidade, para a mulher culta, empreendedora e com facilidade em movimentar-se em meios diferentes, junto com os tubarões.
A efemeridade da fama
Pela mão de Charly Flow, que depois de uma subida vertiginosa e de tudo o que alcançou através da música, à custa de Yeimi, começa a ver o seu mundo descambar, quando a sua falta de talento e, sobretudo, de escrúpulos vêm à tona.
Um artista pode, hoje, ser adorado mas, amanhã, odiado na mesma medida.
Os laços de sangue
Charly só ama duas pessoas, talvez três, na sua vida. A sua mãe, a sua filha, e a si próprio. E se a sua mãe ainda poderá ficar ao lado dele, apesar de tudo, já a sua filha será a principal pessoa a mostrar-lhe o que é perder o amor de alguém. Acabará Charly Flow sozinho?
Por outro lado, é inegável a empatia que desde logo se criou entre Yeimi e Erik, a afinidade, o mesmo gosto pela música, o mesmo talento para compôr, o mesmo à vontade com os habitantes do bairro e com o bairro em si, sem saberem que, na verdade, são mãe e filho.
A libertação e o perdão
Por vezes estamos tão cegos pelo ódio, que arriscamos a não agir da melhor forma, a não ver com clareza, a não seguir em frente com a nossa vida e ficarmos eternamente presos nessa vingança.
Só há algo que nos pode impedir de continuar e cair no precipício, fazendo os outros cair, levando-nos com eles: libertando-nos desse sentimento, perdoando, e agarrando-nos ao que de valioso temos, que é mais importante que qualquer ódio ou vingança.
A história:
Yeimi é uma talentosa compositora, que vive com os pais e a avó, e é apaixonada por Charly.
Charly é um músico sem talento que, junto com Juancho, quer vencer no mundo da música.
Os três juntam-se para formar uma banda, mas Yeimi viu e sabe coisas demais, e poderá dar problemas, por isso, Charly arranja forma de a tirar do caminho.
Ao chegar a Nova Iorque, Yeimi é apanhada com drogas na sua mala e, já na prisão, ameaçada por uma das reclusas para que não denuncie Charly, sob pena de lhe matarem a avó, acaba condenada a 17 anos de prisão.
Depois de dar à luz o seu filho com Charly, Yeimi entrega-o à avó para que cuide dele mas, mal chegam a casa, a avó é assassinada e o filho raptado. Yeimi fica convencida que o filho morreu junto com a avó, e passará o resto do tempo na prisão a pensar na vingança que fará quando sair.
Charly, entretanto, foi para Porto Rico e tornou-se um artista de sucesso. Casou com Gema e tem uma filha que adora.
Manín conseguiu convencer a mãe de Charly a casar-se consigo, e adoptaram o filho de Yeimi, sem Lígia saber a verdade.
Juancho, que sempre acreditou na inocência de Yeimi, continua apaixonado por ela, e a escrever-lhe cartas que ela nunca leu, até ao dia em que vê a notícia da sua morte na prisão, e decide seguir com a sua vida em frente, com Calatina, que era melhor amiga de Yeimi no passado.
No seu último dia na prisão, após um acordo com a DEA, Yeimi quase morre envenenada, e a DEA aproveita para simular mesmo a sua morte, e fazê-la regressar como Tammy Andrade, para ajudar a capturar Manín.