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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Vale tudo por meia dúzia de euros e 5 minutos de fama?

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O dinheiro faz falta a muitos, e é sempre bem vindo, principalmente para aqueles que estão sem trabalho, vivem com dificuldades financeiras, ou têm dívidas para pagar.

Por outro lado, se nos derem a oportunidade, através de tempo de antena ilimitado, de promover o nosso trabalho, a nossa actividade e, a partir daí, criar oportunidades ainda melhores, por que não aproveitar?

E se, no meio de tudo isso, ainda nos oferecerem de bandeja o(a) parceiro(a) ideal para uma relação?

Então será ouro sobre azul! Ou não...

 

 

 

Até onde estão as pessoas dispostas a ir, por meia dúzia de euros, e 5 minutos de fama?

Até que ponto estão dispostas a agir como actores contratados para representar um papel que, na verdade, não são?

Até que ponto estão dispostas a envolver família e amigos nestas suas aventuras e loucuras, e sujeitá-los ao escrutínio público?

Até que ponto estão dispostas a revelar os seus segredos, o seu passado, os seus erros a todos, com as consequências que daí advenham?

Até que ponto estão dispostas a sacrificar o seu trabalho, por promessas e suposições que podem não dar em nada?

Até que ponto estão dispostas a queimar a sua imagem achando que, mesmo assim, vão sair beneficiados?

Até que ponto as pessoas estão dispostas a sujeitar-se a violência psicológica de tal forma que, podendo sair, decidem continuar?

Até que ponto as pessoas se acham no direito de ser rudes, mal educadas, até mesmo estúpidas, só porque não concordam com as regras, ou com o que estão a obter? 

Até que ponto, e até quando, estão essas pessoas dispostas a fingir algo que não são, e algo que não sentem?

Até que ponto estão as pessoas tão desesperadas por amor, que se rebaixam e insistem em bater na mesma tecla, quando o piano nunca funcionou?

Até que ponto as pessoas gostam assim tanto de fazer figura de parvos, para entreter quem os vê?

Até que ponto as pessoas precisam assim tanto do dinheiro, da fama, e de um programa de televisão, para serem felizes?

Vale tudo?

 

 

 

Ao que parece, vale!

Mesmo que dali a uns tempos ninguém mais se lembre deles, e volte tudo ao normal.

Só isso explica o facto de uma mulher, que já disse e mostrou que não sente nada pelo companheiro, que o acusa de ser agressivo, manipulador, de a rebaixar a toda a hora, que chora e afirma sentir-se esgotada e triste com essa relação, decidir continuar ao lado dele.

Se é para promover o seu trabalho, como dizem, achará mesmo que isso abonará a seu favor? 

Se é, como dizem, para ficar perto de outro concorrente por quem se sente atraída, não seria mais fácil abandonarem os dois o barco e serem felizes cá fora?

 

Só isso explica o facto de um homem, que diz que ninguém está ali pelo verdadeiro propósito que afirmou ir, e que era a base da experiência, que se faz de coitadinho, traído, ignorado e não amado, decidir manter-se ao lado de uma mulher que, nas suas próprias palavras, não serve para ele nem para nenhum homem.

 

Só isso explica o facto de duas pessoas totalmente diferentes, quer em formas de estar, quer em formas de pensar, e que não gostam de nada um no outro, nem fisica, nem psicologicamente, decidirem permanecer juntas?

 

Só isso explica o facto de se continuar a aguentar birras de crianças em adultos, cobranças, discussões, desprezo, indiferença, quando podem sair fora a qualquer momento.

 

 

 

Mas o público agradece o esforço!

Afinal, o que seria de nós sem essas pessoas, e esses momentos totalmente alucinados e hilariantes que  nos proporcionam, e que tanto nos divertem?!

O que seria de nós sem este serviço público, que descredibiliza cada vez mais os psicólogos, neuropsicólogos e coachers, denominados especialistas em matérias sobre as quais não têm qualquer poder de intervenção, e mostra a cada semana que, como era de esperar, erraram e continuam a errar em tudo?

O que seria se nós sem esta mostra do que podemos encontrar no dia a dia, na sociedade, do mais liberal ao mais conservador; do mais autêntico e até ingénuo, ao mais astuto e fingido, escondido atrás da máscara; do mais cool e easy going, ao mais stressado e complicado, do mais psicopata e controlador, ao mais falso e dissimulado?

 

A inspiração é (vem de) uma fonte inesgotável?

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Sabemos que, mais do que irmos ao encontro da inspiração, é ela que, na maioria das vezes, chega até nós quando menos esperamos.

Seja através de um filme ou episódio que vimos, de um livro que lemos, de algo que se passou connosco ou com alguém que conhecemos, ou através de uma música, de uma frase, de uma imagem, de uma palavra, de uma publicação qualquer nas redes sociais, de uma peça de roupa ou de um prato de comida, de um passeio ou paisagem, são inúmeras as fontes que nos podem inspirar para escrever.

Mas...

E quando essa inspiração não chega de lado nenhum?

Quando os dias vão passando, e não fazemos a mínima ideia do que escrever, ou sobre o que escrever?

Quando até queremos falar de alguma coisa mas, de alguma maneira, não estamos inspirados, e tudo o que escrevemos custa a sair, e soa a falso e forçado, sem ser realmente sentido?

O que fazer para que a mente se volte a iluminar? Para que as ideias voltem a brotar?

Será que a inspiração é, ou vem, de uma fonte inesgotável? 

Ou chegamos a um ponto em que a fonte, por mais que tentemos, não dá mais nada?

 

 

O Natal em palavras (nas minhas, claro)!

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Ainda falta mais de um mês para o Natal, mas ele insiste em se instalar cada vez mais cedo nas nossas vidas, quer de forma directa, quer indirecta.

Já vejo decorações de natal, já vejo pessoas a fazerem compras de natal, já li vários posts aqui sobre o Natal, e até tenho que andar a ver ideias para a minha filha construir objectos de natal para a escola.

Posto isto, aqui vai a minha contribuição para o espírito natalício deste ano (ou para destruí-lo de vez), inspirada no título de uma colectânea de contos de Natal, intitulada "Natal em Palavras"!

 

 

Amor 

Haverá mesmo mais amor nesta quadra festiva? Ou é pura ilusão?

Há quem disfarce a solidão e falta de amor de um ano inteiro nesta época, e quem se sinta ainda mais só e abandonado.

 

 

Boneco de Neve

Natal que é Natal, para ser ainda mais Natal, tem que ter neve. E os bonecos de neve estão, quer queiramos quer não, associados ao Natal. Aqui, à excepção da Serra da Estrela, só costumamos ter frio e chuva, ou frio e sol, sem neve, e sem bonecos!

 

 

Chaminé

É por esta que o Pai Natal entra, para deixar os presentes às crianças que se portaram bem durante o ano.

 

 

Doar

Doar tempo, doar atenção, doar afectos, doar uma mão amiga, doar o que temos de sobra, e não nos faz falta.

 

 

Esperança

Devemos tê-la todo o ano, e não apenas nesta altura. Porque tudo aquilo que nos leva a tê-la, pode ser feito em qualquer momento.

 

 

Família 

Na maior parte das vezes é difícil reuni-la. Outras, impossível.

Para algumas pessoas, soa a formalidade da época, a hipocrisia. Há quem não se dê bem com os familiares, e prefira passar sozinho, com amigos ou com outras pessoas.

Há quem se junte só para se exibir, e criticar o resto dos familiares, para encher a barriga, com intenção de, na volta, vir mais rico.

Ou talvez para dar uma trégua, como manda a tradição.

Mas há quem, realmente, dê valor ao verdadeiro significado do Natal, e se una como uma verdadeira família.

 

 

Gratidão

É, por norma, uma época em que nos sentimos sempre mais gratos por tudo aquilo que temos, e em que pedimos sempre pouco mais que os desejos da praxe para viver dentro das nossas necessidades. No resto do ano somos, por natureza, ingratos, insatisfeitos, mais exigentes.

 

 

Harmonia

De repente, todos somos amigos de todos, esquecendo-se quezílias, guerras e questões de afastaram as pessoas ou as tornaram inimigas, para que a harmonia impere nesta quadra.

 

 

Iluminações

Com o Natal chegam também as iluminações: das ruas, das lojas, das casas, das igrejas. E, mais uma vez, se gastam rios de dinheiro numa espécie de competição pela mais bonita iluminação e decoração natalícia.

 

 

Jesus

Embora hajam divergências quanto à data em que, efectivamente, Jesus terá nascido, acabou por ser estipulado a noite de 24 para 25 de dezembro como a do seu nascimento, e é essa data que se celebra com o Natal.

 

 

Lareira

Muitas famílias aproveitam esta quadra para juntar a família à volta da lareira, que agora aparece frequentemente em versões mais modernas que as de antigamente.

Era também na lareira que se penduravam as meias de natal, onde depois o Pai Natal deixaria os presentes.

 

 

Música

Se, no início, até sabe bem recordá-las e entramos no espírito, ao fim de uns dias começa a enjoar ouvir tantas músicas de natal, por onde quer que andemos.

Não me lembro de ouvir, a cada ano, músicas novas. Passam sempre as mesmas, as antigas, as que marcaram gerações e se tornaram intemporais.

Eu gosto especialmente de uma: "All I Want For Christmas Is You", da Mariah Carey. Por ser animada, por alegrar o dia.

 

 

Nostalgia

Esta quadra consegue parecer tão pequena, deixando-nos com nostalgia e a sensação de que soube a pouco, e de que passou depressa demais. Ao mesmo tempo, consegue parecer enorme e avassaladora, e damos por nós a desejar que passe depressa, para voltarmos ao estado normal. 

 

 

Omnipresença

Chovem convites dos pais, dos sogros, dos avós, dos tios, dos amigos e por aí fora, para passar o Natal em casa de cada um deles e, ou se desenvolve o poder da omnipresença, dividindo "o mal pelas aldeias", ou se tenta encontrar uma forma de intercalar as presenças, consoante os anos, ou os dias festivos.

 

 

Pinheiro

Se, antes, apanhávamos o pinheiro na mata e o levávamos para casa para enfeitar, agora, como ecologistas que somos, compramos pinheiros artificiais, de todas as cores, aspectos, tamanhos e feitios, alguns já com enfeites incluídos, para ser mais prático.

 

 

Quilos

Quilos de comida que nunca mais acaba e que, na maioria das vezes, vai servir de refeição durante o resto da semana, ou acaba por ir parar ao lixo. E quilos que se engorda, se não se comer com moderação, para aqueles que ainda têm como lema "mais vale fazer mal que sobrar"!

 

 

Religião

Ainda há quem saiba o que o Natal simboliza, quem aja de acordo com os valores a ele inerentes, e até que participe das cerimónias religiosas.

Para outros, será mais assim "ah e tal, mas no Natal é uma festa religiosa?".

 

 

Solidariedade

Dizem que os portugueses são um povo solidário, e isso vai-se vendo ao longo de todo o ano mas, nesta época de Natal, tornamo-nos os supra sumos da solidariedade nem que seja, mais uma vez, pelas aparências, para ficar bem na fotografia e, algumas vezes, para mostrar em meia dúzia de dias, aquilo que não somos nos restantes dias do ano.

Ainda assim, há que valorizar quem se solidariza pelo mero facto de ajudar a ajudar alguém, tornando a sua vida menos triste e menos difícil.

 

 

Tradição

Já não é o que era.

Vem a oferta de presentes do facto de os 3 reis magos terem levado, para oferecer a Jesus, ouro, incenso e mirra.

Mas, há muito, esta tradição se traduziu em consumismo.

Já lá vai o tempo em que estes eram algo que, realmente, as pessoas precisavam, ou presentes simbólicos, com algum significado especial para quem os recebia.

Já lá vai o tempo da curiosidade para saber o que escondiam os embrulhos. 

Hoje, vêem-se verdadeiras competições para ver quem compra o melhor presente, e o mais caro, para oferecer a pessoas que deles não precisam, ao exibicionismo, às encomendas feitas às claras, e aos presentes anticipados na mão, ou carteira, de quem os iria receber.

 

 

Utopia

Somos melhores, e o nosso mundo torna-se melhor, quando chega o Natal.

 

 

Viagens

Natal é tempo de viagens, seja daqueles que estão fora, e vêm a casa rever a família, seja daqueles que não ligam nada ao Natal, e preferem aproveitar uns dias de descanso para passear.

 

 

Xaile

Quando não existem lareiras, nada como um xaile ou manta para nos aquecer nesta noite que costuma ser fria, enquanto as bebidas espirituosas não começam a fazer efeito!

 

 

Zero

Sendo o ano do nascimento de Jesus o "ano zero", é nesta altura que se fazem também planos para o novo ano que se aproxima, que se quer de recomeços, de novas metas, de novos objectivos.

O maior desgaste não é físico, mas sim emocional

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Sabem aqueles dias em que fazemos mil e uma coisas, temos que andar a correr de um lado para o outro, não paramos um segundo, e quase nem sentimos o corpo?

Ainda assim, se for preciso, ainda arranjamos forças para fazer mais isto, e mais aquilo, entrando em piloto automático.

Chegamos ao final do dia cansados, sim. Mas esse cansaço físico em nada se compara com o cansaço psicológico.

Este último, derruba-nos completamente.

Quando começamos o dia a conviver com pessoas “tóxicas”, que nos sugam a boa disposição, que nos esgotam a paciência, que se destroem a nossa energia e anulam o positivismo, e isso se vai repetindo, ao longo do dia, com diversas pessoas com as quais temos que lidar, chegamos ao final desse mesmo dia, como se tivéssemos sido apanhados no meio de um tornado, como se nos tivessem arrancado toda a nossa essência, deixando apenas um corpo sem alma.

Sem dúvida, o maior desgaste não é físico, mas sim emocional.