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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

À Conversa com o Coro do Seminário Maior de Cristo-Rei dos Olivais

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A Associação Monsenhor Pereira dos Reis, sediada no Seminário dos Olivais, em Lisboa foi criada para ajudar à formação, a nível espiritual e litúrgico, dos seminaristas, bem como, dos fiéis da Igreja. 

Procura também divulgar o magnífico espólio de cantos litúrgicos existente em Portugal.

Nesse contexto, o Coro do Seminário Maior de Cristo-Rei dos Olivais apresenta o seu mais recente álbum, "Bendita Sois, Virgem Maria", um álbum que dá a conhecer o espólio de cânticos marianos compostos pelo Padre Manuel Luís.
São 37 temas que integram este álbum, sendo alguns de caráter popular.

Para ficarem a conhecer melhor a missão da associação, e a importância dos cantos litúrgicos em Portugal, aqui fica a entrevista a Miguel Rodrigues, Seminarista do 6º Ano de Seminário, em representação do Coro do Seminário Maior de Cristo-Rei dos Olivais.

 

  

 

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Que objetivos levaram à criação da Associação Monsenhor Pereira dos Reis, sediada no Seminário dos Olivais?

A Associação Monsenhor Pereira dos Reis é uma associação privada de fiéis, com estatuto jurídico reconhecido pelo direito canónico, e surge com o principal intento de promover a qualidade da liturgia, segundo a tradição do Seminário dos Olivais. Esta promoção do gosto e do conhecimento litúrgico estende-se também a toda a diocese de Lisboa. A divulgação da música sacra, e de outros documentos de aprofundamento da ciência litúrgica, é também um dos itens que pertence aos fins desta Associação. Esta pretende ainda cuidar também da formação sacerdotal dos alunos do Seminário dos Olivais. Os fins desta associação podem ser lidos na íntegra nos estatutos próprios da Associação aprovados pelo Ordinário do lugar. (Cf. http://monsenhorpereiradosreis.pt/quem-somos/estatutos/)

 

 

Que papel desempenha a música na Igreja?

A música teve, desde sempre, um papel fundamental na vida litúrgica da Igreja. Tal deve-se ao carácter espiritual próprio desta forma de expressão, considerada por muitos como a mais espiritual das expressões artísticas pela não-materialidade que a caracteriza. A música é extremamente valorizada no contexto da oração comunitária da Igreja pela riqueza que acrescenta aos ritos e gestos celebrados. A sua dimensão emocional ajuda os fiéis a coadunarem os seus corações com os mistérios celebrados, permitindo a experiência de uma única assembleia celebrante que, num mesmo coração e numa só alma, louva o seu Deus. No entanto, a música na ação litúrgica não tem o valor mais importante. Este é atribuído à Palavra, estando a composição musical ao seu serviço. Dado o valor que a Palavra tem para a vida eclesial, a composição musical deve ajudar a anunciá-la da melhor forma, contanto que a Palavra não seja subjugada às exigências ilegítimas da composição musical.

 

 

Consideram que as pessoas, de uma forma geral, tendem a sentir-se mais próximas da Igreja, e a perceber melhor a mensagem que esta pretende transmitir, através da música?

Sem dúvida que a música é um elemento fundamental, e que embeleza de forma única as celebrações da Igreja. Apesar do seu carácter ornamental, ela deve não só ajudar a uma mais profícua escuta da Palavra e de uma consonância com o espírito próprio de cada celebração, mas também contribuir para que todos participem da ação litúrgica que se desenrola. É esta participação que contribui para uma experiência celebrante de um mesmo Corpo, que se reúne para celebrar a mesma fé. São de evitar, neste sentido, as formas musicais que induzam a uma compreensão errónea das celebrações, como se de um concerto se tratassem.

 

 

Portugal é um país rico em cantos litúrgicos?

A riqueza do canto litúrgico em Portugal é imensa, mesmo quando o comparamos com outras realidades europeias. Primeiro, é de sublinhar o valor dos cantos tradicionais e populares, de cariz religioso, que sempre foram uma importante fonte de evangelização e de transmissão da fé de geração em geração. Depois do Concílio Vaticano II, e com o implemento da Reforma Litúrgica, também o canto litúrgico precisou de ser reformado. Portugal foi, sem dúvida, um dos países de vanguarda nesta matéria, procurando compor música litúrgica que se coadunasse com o espírito do Concílio e com as exigências da contemporaneidade. O trabalho do padre Manuel Luís foi imenso nesta matéria, associado ao Seminário dos Olivais, qual sede da aplicação da Reforma Litúrgica na diocese de Lisboa, mas também o pe. Carlos Silva, na diocese de Leiria-Fátima, entre tantos compositores que marcaram o século XX, deixando um manancial de cânticos e antífonas especificamente compostos para a ação litúrgica, segundo a vida espiritual e a tradição eclesiais.

 

 

 

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A 5 de outubro, o Coro do Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais apresentou o álbum “Bendita Sois, Virgem Maria”. Como surgiu esta iniciativa?

Esta iniciativa surge na continuidade de outras publicações da Associação, que pretendem dar a conhecer a obra do Padre Manuel Luís e contribuir para a sua difusão nas paróquias e meios eclesiais. O conhecimento destas composições são certamente uma mais-valia para uma melhor vivência das celebrações, não só pela beleza musical da qual são dotadas, mas também da adequação das mesmas à espiritualidade própria de cada celebração. De facto, há uns anos tinha sido publicado um CD com os temas referentes à Virgem Maria, mas este esgotou-se. Ao pensar se seria importante reeditá-lo, a Associação achou por bem fazer uma gravação e edição toda nova, de modo a melhorar a qualidade da execução dos cânticos, acrescentando algumas vozes em determinados cânticos e, acima de tudo, aumentando significativamente o número de composições musicais cantadas, o que torna muitos dos temas nele presentes inéditos para muitos.

 

 

O álbum é composto por 37 temas, compostos pelo Padre Manuel Luís. É, de certa forma, uma homenagem que lhe quiseram prestar?

A homenagem está certamente presente na publicação deste CD. Porém, a melhor homenagem, mais do que a publicação em si, é a possibilidade destas composições servirem o

intento para o qual foram compostas, ajudando muitas assembleias a louvar e a celebrar melhor, de forma mais bela, e muitos a aproximarem-se de Cristo.

 

 

Como descreveria o Coro, esta experiência de gravar um disco de cânticos marianos?

Foi uma experiência exigente pela quantidade de faixas e o pouco tempo dado à gravação em si. No entanto, há algo que abona a nosso favor, pois estamos habituados ao canto litúrgico, presente em todas as celebrações comunitárias do Seminário dos Olivais. Há uma forma própria de cantar que já foi apreendida pelos alunos do seminário, e isso facilita a interpretação dos vários cânticos.

 

 

O Coro do Seminário Maior de Cristo Rei dos Olivais costuma participar em eventos religiosos ou dedicados à música, onde a população em geral o possa ouvir?

Normalmente, alguns dos seminaristas colaboram com o coro diocesano de Lisboa, que canta nas missas diocesanas, nos tempos litúrgicos mais fortes ou nas festas mais relevantes para a vida da diocese. Procuramos também dar a conhecer o canto litúrgico pela venda dos CD’s publicados pela Associação, quer pela internet, quer por algumas livrarias católicas e paróquias que vendem os nossos produtos.

 

 

“Bendita Sois, Virgem Maria” terá sucessores, que continuem a divulgar o espólio de cantos litúrgicos em Portugal?

Esperamos que sim, na certeza de que a própria Associação procurará ter esse papel de divulgação.

 

 

Muito obrigada!

 

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.

Desafios

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São muitas as vezes em que nos deparamos com desafios na nossa vida, e ficamos à nora, sem saber se os devemos aceitar ou recusar.

Sobretudo, quando não têm nada a ver connosco, e nos atiram completamente para fora da nossa zona de conforto.

Foi um desses desafios que me bateu à porta um dia destes: uma entrevista sobre um algo que não domino, sobre o qual não tenho qualquer interesse e pelo qual sinto, maioritariamente, descrença. Como base, apenas uma biografia de meia dúzia de linhas e, em pesquisa, pouca informação adicional à que tinha.

 

Se é possível fazer omeletas sem ovos, quando nem sequer gostamos de omeletas, apesar de cozinhar nos dar prazer?

Digamos que, havendo vontade, aceitando o desafio e colocando-nos à prova, mesmo com poucos ovos, e não sendo fã de omeletas, consegue-se fazer um prato aceitável e, até, capaz de surpreender. 

 

Assim, tendo a possibilidade de recusar, e a compreensão da outra parte caso o fizesse, como profissional que sou, mesmo que esta vertente das entrevistas seja apenas um hobbie, aceitei o desafio.

O resultado, poderão vê-lo no próximo "À Conversa Com...". Ou então, não.

Se fosse eu a deparar-me com a entrevista, provavelmente passaria à frente, sem a ler!

 

 

Um dia pela blogosfera

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Entro no Sapo Blogs, e começo por ver os destaques do dia.

Faço então o login e, já na "minha casa", aproveito para aprovar comentários, ver notificações e espreitar as estatísticas.

Escrevo os posts para esse dia, se não tiver nada agendado, ou escrevo as ideias que entretanto surgiram, para próximos posts.

Com essa parte feita, é a vez de espreitar a área de leituras, para ver o que os blogs que sigo escreveram.

Se me interessar o tema ou tiver algo para dizer ou partilhar, comento. Senão, limito-me à leitura.

 

É curioso perceber que, nestes últimos tempos, são poucos os posts publicados ao longo do dia, pelos diferentes blogs que acompanho, embora alguns tenham vários posts num mesmo dia.

De uma forma geral, parece que há mais bloggers a interagir a partir do final do dia, do que durante a manhã e a tarde.

 

É incrível como, apesar de algumas publicações sobre os mesmos assuntos, os diversos bloggers conseguem escrever sobre coisas tão diferentes, quando se poderia pensar que quase todos os temas já foram esgotados.

E como nos identificamos com uns, nos solidarizamos com outros, descobrimos coisas novas e experimentamos todo o tipo de sentimentos com essas leituras.

 

Seja no local de trabalho, em casa ou num espaço público, assim se vai passando o dia pela blogosfera, acompanhada por esta grande "família de anfíbios".

 

Machismo, Desrespeito, Sexismo, Egocentrismo...

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...poderíamos resumir a estas quatro atitudes a caracterização da sociedade actual, e as principais causas para os fracassos das relações de hoje em dia.

Homens que pararam no tempo, e ainda acham que as mulheres é que têm obrigação de fazer as tarefas domésticas e servi-los sempre que o desejarem;

Mulheres que confundem frontalidade com falta de educação e total desrespeito pelas pessoas que têm ao seu lado, excedendo largamente os limites do razoável;

Homens que vêem as mulheres como objectos sexuais, que estão ali para satisfazer os seus desejos e fantasias, esquecendo-se que as mulheres não são só um corpo tonificado e bem definido;

Homens e mulheres que pensam que o outro tem que estar o tempo todo disponível para si, que travam batalhas com ameaças e inimigos imaginários, que só pensam nas suas próprias vontades e desejos, naquilo que gostam e precisam, sem se preocuparem com o que o outro quer, gosta e também precisa.

Homens e mulheres que se anulam, que deixam de ter vontade própria, que escondem aquilo que sentem para não incomodar ou chatear o outro, e que fingem estar sempre tudo bem, mesmo quando está tudo mal.

 

Hoje em dia, falta comunicação, falta verdadeiro compromisso, falta responsabilidade, falta entrega, falta paciência, faltam muitas coisas. E não é só nas relações amorosas. 

  

Porque não participaria num programa como o Casados à Primeira Vista!

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Em primeiro lugar, porque tenho uma vida banal, sem escândalos ou segredos escabrosos por revelar o que, logo à partida, invalidaria a minha participação ou sequer escolha, da parte da produção, para participar!

 

Mas, imaginando que, de facto, isso era irrelevante, e que eu estava sozinha e disponível para uma aventura do género, não participaria porque:

 

- tenho uma filha, e nunca a deixaria entregue aos cuidados dos avós ou do pai, para embarcar numa experiência que me afastasse dela por mais que um dia - um filho precisa da mãe (e do pai, se for o caso) ao seu lado, sobretudo se forem pequenos

- tenho uma filha, e não a sujeitaria a viver com uma pessoa que eu própria não conhecia, um perfeito desconhecido para ambos

- tenho duas gatas e, tal como acontece com a minha filha, nunca me separaria delas, nem as deixaria entregues a ninguém

- pelos motivos atrás indicados, e outros mais, nunca deixaria a minha casa, para ir viver noutra casa qualquer, ou na de outra pessoa

- sou alérgica ao casamento - nem com o meu marido, estando juntos há quase 9 anos, me caso, quanto mais com um estranho 

- partindo do princípio que o casamento é oficial, e não apenas simbólico, o que é que isso acarretaria, em termos legais? E o divórcio? Suponhamos que a pessoa não se quereria divorciar? Que argumento será utilizado num divórcio sem consentimento? E responsabilidades com dívidas que entretanto houvesse? Se com alguém que conhecemos num processo dito normal, já temos problemas e surpresas, quanto mais assim.

- nunca deixaria a minha felicidade, e eventual descoberta do amor, nas mãos de estranhos

 

O amor é muito mais que mera ciência.

Pode-se tentar estudar, analisar, compreender, alcançar, experimentar...

Mas nenhum desses processos nos garantirá alcançá-lo ou vivê-lo.

Essa parte, cabe a cada um de nós!

São tantas as concicionantes e variáveis, e tantos os factores que podem influenciar, que nenhum especialista, por muito que formule hipóteses, faça previsões, promova ou intente experiências, conseguirá mais do que meras probabilidades.

 

E, pelo que já vimos, essas probabilidades têm tido resultados maioritariamente negativos e contrários ao esperado!