Não sou pessoa de me aventurar no desconhecido, de me atirar de cabeça, de me desafiar muito.
Mas, da mesma forma, não sou pessoa de desistir facilmente das coisas, à primeira dificuldade, ao primeiro problema, quando vejo ou acredito que tudo poderá melhorar e ser diferente.
De uma forma geral, se vejo que a árvore ainda poderá dar bons frutos, vou continuando a cuidar dela, e a esperar. Somente quando percebo que a árvore, simplesmente, não dará qualquer outro fruto ou, a dar, farão mais mal, que bem, deixo de insistir, e me resigno às evidências.
Claro que isto depende muito do quanto apostámos e nos dedicámos a essa árvore. Do quanto queremos mesmo que resulte, e até onde estamos dispostos a ir, para que assim seja.
Há quem desista se a semente não vingou. Há quem perca o interesse se a planta teve tão curta vida que nem deu tempo de se desenvolver. Há quem não tenha paciência para a ver crescer ao seu ritmo. Há quem prefira apostar noutra árvore, se aquela começou a dar frutos azedos, ou que não conseguem ou se recusam a amadurecer.
E há quem passe uma vida inteira à espera de algo que nunca irá acontecer, em permanente ilusão, esperança, cegueira. É quase como querer que nasça algo em solo infértil. Ou querer colher maçãs num limoeiro. Apesar da acidez comum, não é a mesma coisa.
Como eu dizia, não sou daquelas pessoas que desiste à primeira, nem à segunda nem, provavelmente, à terceira. Mas se vejo que a árvore não cresce mais, que não dá nada, não vale a pena insistir, e é melhor deixá-la ficar como está. Talvez alguém a aprecie e possa fazer uso, de outra forma que não aquela que eu quero.
Há quem chame a isto "Deitar a Toalha ao Chão", atribuindo à expressão uma certa conotação de fraqueza.
Eu não considero tal atitude uma fraqueza. Acho que é sensatez, sabedoria...
Se fracassámos na nossa missão, e não há volta a dar, para quê persistir? Para quê desperdiçar a nossa vida, e o nosso tempo, em algo que não nos faz bem, nem tão pouco felizes?
Vale a pena? Não!
É saudável? Não! Nem para nós, nem para a outra pessoa.
Por isso, o melhor a fazer, em algumas situações ou momentos da vida, é mesmo colocar um ponto final, e dar uma nova oportunidade a nós, e aos outros, de ainda encontrar por aí a felicidade.
Aí desse lado, qual é a vossa opinião?
Já alguma vez na vossa vida "deitaram a toalha ao chão", seja a nível pessoal, profissional ou amoroso?
Sentiram-se fracos por isso?