Reflexão do dia
O perigo de criarmos e seguirmos sempre as mesmas rotinas, é que fica mais fácil para os outros, saberem com o que podem contar da nossa parte.
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O perigo de criarmos e seguirmos sempre as mesmas rotinas, é que fica mais fácil para os outros, saberem com o que podem contar da nossa parte.
Um família como tantas outras celebra, naquele dia, o aniversário da sua filha Daisy, com uma grande festa no seu jardim, tendo por convidados as colegas de escola e amigas da menina, e respectivos pais, e os vizinhos.
Tudo corria aparentemente bem, até ao momento em que percebem que Daisy desapareceu. Terá saído sozinha? Ou alguém a levou? E se alguém a levou, quem poderá ter sido?
A polícia começa a fazer o seu trabalho e tenta reconstituir todos os passos de Daisy no dia do desaparecimento, recuando, a determinada altura, aos dias e semanas anteriores.
Ao mesmo tempo que se percebe que nem Sharon, a mãe, é a mulher e mãe perfeita que aparenta, nem Barry, o pai, é o típico pai de família, chegado aos filhos que se poderia pensar, tal como Leo, o irmão, que parece saber mais do que conta e esconder algum segredo, compreendemos que também a amizade de Daisy com as amigas não estava no seu melhor.
À medida que se vai desenrolando o fio da meada, vão surgindo surpresas atrás de surpresas, que podem explicar e justificar muita coisa.
Daisy parecia ser molestada pelo pai, vítima de ciúmes e inveja doentios por parte da mãe, ser odiada por algumas amigas, e encontrar-se clandestinamente com um rapaz ligado a redes de pedofilia e pornografia.
Todos eles tinham motivos. Nem sempre as famílias desestruturadas e problemáticas têm de ter, obrigatoriamente, no seu seio, alguém capaz de cometer os crimes mais hediondos. Por outro lado, até das famílias mais perfeitas pode surgir o mau da história.
O que a autora diz na capa do livro é verdade.
Alguém levou Daisy. Alguém que todos conhecem.
Se, num primeiro momento, tudo aponta na direcção do pai, ou até do irmão, para depois de desviar para o rapaz misterioso com quem Daisy se encontrava, mais tarde, parece haver cada vez mais certeza de que realmente foi o pai, até ao momento em que as provas passam a apontar, sem sombra de dúvidas, para a mãe, que acaba por ser condenada.
Mas, será que Sharon assassinou mesmo a sua filha?
Será que Daisy está sequer morta?
Depois de tanto suspense, fiquei boqueaberta com o final da história, que é mesmo o ponto mais alto.
Estava mesmo ali à nossa frente a resposta! Mas, de tão insignificante ou indiferente, passou completamente ao lado!