Dizem que hoje é o Dia dos Avós...
Por aqui, não conheci nenhuma das minhas avós, já que ambas faleceram muito novas, ainda eu nem sonhava que iria algum dia existir.
Não conheci o meu avô materno, que também partiu cedo.
Conheci o meu avô paterno. Em dias bons, não queria saber dos netos, pelo menos, do lado do meu pai. Em dias menos bons, quando se embebedava, dava-nos uma nota, para compensar.
Portanto, pouca relação tive com o dito, até ao dia em que faleceu. E, como não sabia o que era ter avós, nem senti falta deles.
Entretanto, fui mãe, e os meus pais tornaram-se avós.
Avós que foram segundos pais para a minha filha.
Uma avó que ficou com ela enquanto eu trabalhava, desde os 2 meses - que lhe dava de comer, que a embalava para dormir, que cuidava dela, que aturava as suas birras.
Um avô que brincava, que lhe ensinava coisas novas todos os dias, contava histórias, levava ao Jardim de Infância e ia buscá-la ao final do dia, que a levava consigo às compras.
Que ainda hoje lhe compra as goluseimas que a mãe não a deixa comer em casa!
Ao longo destes 15 anos, a casa dos avós é um ponto de paragem obrigatório, ou não ficasse a poucos metros da nossa casa.
A minha filha sabe o que é ter avós, e não podia ter tido melhores!
Que ela possa conviver com eles por muitos mais anos, e que guarde essas memórias para quando ela própria tiver os seus filhos, e tornar-me, a mim, e ao seu pai, avós!