Reflexão do dia
"Por vezes, as pessoas estão tão focadas ou obcecadas em querer fugir, que nem se apercebem que não sabem, sequer, para onde ou para quê fugir..."
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"Por vezes, as pessoas estão tão focadas ou obcecadas em querer fugir, que nem se apercebem que não sabem, sequer, para onde ou para quê fugir..."
Dizem que Portugal é um país de brandos costumes, onde as regras e as leis pouco se cumprem, onde os infractores, na maioria das vezes, ficam impunes.
Também dizem que somos um povo acolhedor, que sabe receber bem, quem vem de fora.
Não sei se será por isso que alguns estrangeiros deduzem que podem chegar cá e fazer tudo o que lhes apetecer, porque nós aceitamos na boa, sem stress.
Sabendo nós como são rígidos outros países, no que respeita ao cumprimento de determinadas regras de convivência em sociedade, na exigência de determinados comportamentos, para com os outros, para com os espaços públicos, para com o ambiente, não se percebe como, chegando a Portugal, não agem de igual forma.
Talvez, para eles, o seu próprio país seja uma espécie de "escola", onde todos têm que ser bem comportados, e Portugal o "recreio", onde podem descontrair e descompensar.
Por vezes, até me pergunto se, por exemplo, os sinais e regras de trânsito em Portugal serão diferentes dos outros países? E, já agora, as boas maneiras?
Ainda ontem vinha uma família de estrangeiros numa rua em sentido proíbido, como se nada fosse.
No outro dia, na fila para o autocarro, puseram-se à frente de quem já lá estava, como se fosse algo absolutamente normal, até que lhes chamaram a atenção de que aquilo era uma fila por ordem de chegada, e tinham que ir para trás.
Nas esplanadas, é vê-los à vontade, com os pés em cima das cadeiras, como se estivessem no sofá, nas suas casas.
Será, Portugal, um país onde tudo é permitido?