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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

À Conversa com os SARJA

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"O Tempo Aqueceu", e António Xavier, Sérgio Galante, Jorge Pires e Artur Ferreira decidiram apanhar o "Comboio" para uma nova aventura musical, trazendo na "Bagagem" uma frescura nova e uma paleta de sons única, só "Para Ti", resultante do encontro de gerações que caracteriza a sua formação.

Por entre "Névoa e Pó", e porque "A Ocasião" assim o pedia, surgiram os SARJA, cheios de "Vontades" de mostrar o seu jazz e melodias sólidas, influenciados por artistas como Tom Waits, Paulo de Carvalho, Jamie Cullum, Charles Aznavour, Sérgio Godinho ou Jorge Palma.

"À Tua Espera", mesmo que não sejas uma "Mulher Rica" está, desde 25 de outubro, o álbum de estreia deste quarteto.

CARRUAGENS é "O Retrato", ilustrado em 14 canções, de histórias de vida e estados de alma. "Sempre Andando", de música em música, assistimos ao desfile de encontros e desencontros, de amores sentidos, irrefletidos ou gastos.

Para já, "O Meu Povo" pode ficar com "O Prometido", o single de apresentação do álbum.

E porque, "Quando Estou Só", dá-me para isto, aqui fica a entrevista à banda!

 

 

 

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Para quem não vos conhece, quem são os SARJA?

Um pai, um filho e dois bons amigos que tanto partilham grandes afinidades em torno dos interesses musicais e literários, quanto um percurso atrevido de atenção a novas vivências musicais.

 

 

Quando e porque é que decidiram juntar-se neste projecto?

Quase sem querer…

António Xavier tem vindo a exibir oportunamente alguns dos seus temas e veio colecionando a boa recetividade junto dos que o vão ouvindo e que, em diversos contextos, chegam a partilhar da experiência de com ele tocar em conjunto.

Artur Ferreira, o filho, tem vivido, sob o mesmo teto, as aspirações de interpretação da conduta humana pelo autor e o questionamento da sua própria conduta. É um de três irmãos que, sensível, se muniu dos recursos da casa dum músico para se exprimir de uma forma inovadora sobre as ações musicais do pai, recriando-as na sua compreensão.

Jorge Pires, um músico com estrada, que se autodesafia em permanência, e que há muito desejava poder prestar-se a tocar temas a que se reporta como “Muito bons, pah!... Mas não são fáceis!...”.

Sérgio Galante, um guitarrista roqueiro na sua génese e muito melodioso que traz, assim como Artur e António, um percurso no jazz, o que atribui à banda um perfil parcialmente jazzístico no discurso harmónico e rítmico a fundar melodias simples. O Sérgio foi convidado a integrar a banda e tem vindo a imprimir muita força e atualidade ao projeto.

 

 

Como tem sido o vosso percurso, desde a formação, até ao momento da edição do primeiro álbum?

Um percurso essencialmente tranquilo. Depois da proposta de cada nova canção, vão nascendo arranjos coesos de forma comparticipada, sem imposições ou definições rigorosas. Digamos que as canções passam por um processo de seleção natural onde cada boa experiência se vai fixando na sua estrutura, acabando por consolidá-la e gerando uma identidade.

Fizemos alguns pequenos concertos e fomos testando a aceitação e a cumplicidade do público para com o nosso trabalho, ao mesmo tempo que entrávamos em estúdio com o intento de conceber uma obra que revestisse um desfile de canções.

 

 

 

 

 

A vossa formação é caracterizada por um encontro de diversas gerações. Em que sentido é que essa diversidade facilita ou dificulta o vosso trabalho em conjunto?

Os temas acontecem no prazer de cada um poder comunicá-los com o seu instrumento, a sua sabedoria e o seu universo de referências. Eles nascem precisamente da diversidade. E nunca estamos em desacordo…

 

 

“Carruagens” é o álbum de estreia. O que pode o público encontrar, ao entrar nesta “carruagem” dos SARJA?

Um desfile de catorze canções que abordam literariamente histórias de vida e jogos de personagens e lugares que preconizam a inquietude através de sentimentos tão delicados quanto profundos.

Muita energia, diversidade de estilos, mas apropriação, homogeneidade e coerência no discurso musical. Muito carinho e respeito pela obra. Muita comunicação. Uma enorme dedicação!

 

 

“O Prometido” é o single de apresentação. Existe algo que, enquanto banda, tenham prometido fazer, ou nunca fazer, a nível musical?

Nunca tocar sem prazer e honestidade…

 

 

Em alguns temas do álbum, contam com a participação de outros músicos. Como surgiram essas colaborações?

Fizemos convites a amigos (e dois familiares) que acompanharam com entusiasmo o nosso percurso… e de quem somos fãs.

 

 

Sobre o que nos falam, de uma forma geral, os temas que compõem este trabalho?

De amor. De amor profundo, sentido… terreno. Muitas vezes condoído.

De reflexão. De uma postura que atenta na conduta do ego e nas suas ações perante a rotina, o alheio ou o inesperado.

 

 

Se tivessem oportunidade de convidar uma das vossas referências musicais para partilhar o palco convosco, quem escolheriam?

Qualquer uma. Todas as mencionadas são, de alguma maneira, referência.

 

 

Após a edição do álbum, quais os próximos objectivos a concretizar, a nível musical?

Fazermo-nos ouvir.

Sermos generalizadamente apreciados e acarinhados.

Passarmos a nossa mensagem. Tocarmos muito para as pessoas…

Agradar e surpreender o nosso público.

 

 

De que forma é que o público vos pode seguir e acompanhar?

Nas publicações da Farol Música, Facebook, YouTube e Twitter... https://pt-pt.facebook.com/farolmusica/

Pelo nosso Facebook… https://www.facebook.com/SARJA-1606880739557164/?epa=SEARCH_BOX

Nas principais plataformas digitais.

Acima de tudo, sempre que puder, num palco que lhe seja acessível :)

 

 

Muito obrigada!

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também as imagens.