Determinismo ou libertismo: será o livre arbítrio uma mera ilusão?
No outro dia, quando fui buscar a minha filha à escola, a meio da nossa conversa, perguntou-me ela, se eu era a favor do determinismo ou do libertismo.
"O que é um e outro?", perguntei eu. E ela explicou.
"Hum, é um pouco como aquela questão do destino.", respondi-lhe eu.
De acordo com o determinismo, tudo aconteceria na nossa vida porque assim estava destinado, não tendo nós qualquer influência sobre ela, nem poder de escolha. Os acontecimentos resultam de uma sequência de causas e efeitos.
Já de acordo com o libertismo, não existe destino, mas sim escolhas feitas e decisões tomadas por nós, que levarão a acções, pelas quais somos únicos responsáveis.
Eu estou mais inclinada para o segundo - somos nós que fazemos o nosso destino mas, ainda assim, fica sempre aquela dúvida se, apesar de termos o poder de escolha, essa não passou, apenas, de algo que já estaria destinado a ser, ainda que pensemos que não. A verdade é que, embora possamos sermpre escolher, não haverá uma causa passada, que tenha levado a essa escolha, e a influencie ou condicione?
Por exemplo, eu tenho o poder de escolha entre virar à direita ou à esquerda. Escolho, por minha iniciativa, virar à esquerda. Foi uma escolha minha. Mas será que, no fundo, essa escolha não foi condicionada por algo passado? Não seria já esse o meu destino?
Assim, entre um e outro, posso talvez encaixar-me no compatibilismo, que admite que, tanto determinismo, como libertismo, possam coexistir.
E desse lado, qual é a vossa opinião?