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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Amores (Des)proibidos, de Angelino Pereira

AMORES (Des)PROIBIDOS

 

De uma forma muito básica, desde sempre existiram dois sexos: feminino e masculino. Há bebés que nascem rapazes, e outros que nascem raparigas. Cada um com as suas características. Sem grandes dúvidas.

Depois, há meninos que têm personalidades e características físicas que se assemelham mais a meninas, e as chamadas "maria rapaz", que em tudo nos fazem lembrar os rapazes, ainda que sejam meninas. Uns ou outros, a qualquer momento, podem mudar.

Mas o que é isso de se sentir que nasceu no corpo errado? E o porquê de nascer de uma forma e querer mudar de sexo, porque sente que o corpo é a única coisa que destoa do sexo que sente que deveria ser? 

Para mim, é muito simples: cada um tem que se sentir bem com as características e corpo que tem. Se não é o caso, e se lhe é dada a aoportunidade de mudar para aquilo que ambiciona, então que o faça. 

Há tanta gente que faz cirurgias por questões meramente estéticas, para se sentir bem e elevar a autoestima. Qual é a diferença?

E é assim que começamos por conhecer Félix que, mais para o fim da história, dará lugar a Sara.

 

Félix, ou Sara, irá ajudar António Henrique, que viajou até ao Brasil com uma missão, a desvendar o mistério à volta da morte do seu irmão.

Pelo caminho, porá António Henrique à prova, ao mostrar-lhe que o amor não tem que escolher sexo, cor, idade ou qualquer outra característica, para acontecer.

Quem ama, ama. 

Pode haver quem não compreenda, quem não aceite, mas pelo menos, que respeite a vida e o amor de cada um, quando em nada interfere com os restantes.

 

Por entre descobertas e transformações, António Henrique irá mesmo descobrir a verdade, que prometeu levar ao pai, antes de este partir. E, ainda que nem sempre se consiga a tão desejada justiça, até porque nestes meios existem pessoas poderosas e influentes, que podem comprar silêncios, eliminar obstáculos ou desviar atenções para outra direcção, o facto de se saber o que realmente aconteceu, e que algumas das pessoas já tiveram o seu castigo, já será suficiente.

 

 

Sinopse

"Toda a pessoa é um mundo em si mesmo e todas as dúvidas que existirem dentro do seu (eu) devem ser esclarecidas para que cada um se encontre e ajude os demais a construir o mundo de todos...

António Henrique partira da sua terra natal à procura de respostas para um passado que deixara marcas e dúvidas em seu pai e sentira a responsabilidade de levar ao homem que iniciara o processo natural da sua existência algo real e verdadeiro, para que sua vida pudesse terminar em paz, mas não só encontra o que fez questão de procurar como consegue construir um mundo novo num universo completamente diferente e inimaginável.

Quem nunca sai do seu meio limita-se a observar o que vê todos os dias nos mesmos lugares, mas quem viaja consegue ver o mundo na sua diversidade e complexidade e aprende em suas viagens, através das pessoas, seus usos, costumes e tradições, a viver, respeitar e compreender que afinal ninguém é dono de nada, nem da sua própria razão... Por isso, o melhor é partilhar e viver seu próprio momento, porque cada um tem seu próprio tempo e nem mais um segundo. E se outra razão não tiver de ser que seja: amar pela diferença entre tantos amores proibidos."

 

 

Autor: Angelino Pereira

Data de publicação: Janeiro de 2020

Número de páginas: 284

ISBN: 978-989-52-7150-4

Colecção: Viagens na Ficção

Idioma: PT

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Sábado atribulado

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A minha filha fez anos em janeiro e, para celebrar, queria levá-la a comer um dos seus pratos favoritos mas, para grande azar, o restaurante estava fechado para férias. Por isso, adiámos.

Na semana passada, já com pouca esperança, depois de várias semanas fechado, liguei. Já estavam abertos. Reservei mesa para sábado.

Estava tudo programado: despachar cedo, almoçar, dar um passeio.

 

Perto das 9 da manhã, já eu e a minha filha estávamos de pé. Ela ia tomar banho. Eu tinha roupa para pôr a lavar. Noto que o fluxo de água estava fraco. Não era problema da torneira. 

Dali a pouco, estava normal. Pus a máquina a trabalhar. Ela já ia para a banheira. O fluxo voltou a baixar. A máquina de lavar começou a panicar e nem a conseguia desligar.

Resultado: depois de ter mudado a bilha do gás, tive que andar a aquecer água em panelas, à moda antiga, para ela tomar banho, porque da companhia das águas me disseram que estavam a resolver um problema na minha zona, e ainda ia demorar.

Por ironia, depois de ela ter terminado o banho, tudo se estabilizou!

 

Fomos às compras. Eu a querer despachar-me cedo, e a ver o tempo a passar. Saímos para o restaurante, à hora a que deveríamos lá estar. O que vale é que é só 10 minutos.

Ou seria, se não nos tivesse calhado uma lesma à nossa frente, e se não se lhe tivesse juntado um tractor que nem facilitou a vida, quando podia, para nos deixar passar.

Mas chegámos.

Entrámos no restaurante e a funcionária, que já nos conhece, avisou logo: olhe que hoje já não temos tirinhas.

Grande melão! Íamos lá de propósito para comer tirinhas. Tivemos um mês inteiro à espera, e não havia!

 

Ainda perguntei à minha filha se não queria adiar para outro dia mas, como já estava naquela de almoçar fora, lembrei-me de um outro restaurante que também deveria ter. Ligámos. Tinham. Mas não reservavam nada, era por ordem de chegada.

Já eram praticamente 14 horas. Ainda tínhamos que ir até lá. Uma fila enorme à porta, e lá dentro também. Começámos a ver as horas a que iríamos almoçar. A minha esperança era de que, como éramos só três, seria mais fácil arranjar-nos mesa, que aos grupos que lá estavam.

Sentámo-nos à mesa perto das 15 horas. 

Gostei do atendimento, da simpatia, da relativa rapidez com que nos serviram. E fiquei feliz por a minha filha ter gostado, afinal, era para ela.

Mas as tirinhas, não tinham nada a ver. Menos passadas, mais grossas e com mais gordura. Desenrascou, mas não convenceu.

 

E pronto, lá almoçámos, e fomos passear, para aproveitar da melhor forma um sábado que não começou da melhor maneira!

À Conversa com os PRISMA

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Os PRISMA são uma banda oriunda da Ilha de S. Miguel (Açores), cuja sonoridade é influenciada pelas diferentes origens geográficas (e diferentes escolas de música) dos elementos que compõem a banda, fazendo com que as interpretações tenham um "prisma" particular.
A fusão de estilos e a constante preocupação (e procura) de uma musicalidade singular são as principais fontes de inspiração coletiva.

Fiquem a conhecê-los melhor nesta entrevista:

 

 

 

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Para quem não vos conhece, quem são os Prisma?

São músicos, familiares, amigos, simpatizantes, equipa técnica, são todas as pessoas que acreditam em nós e que nos permitem expandir o que mais gostamos de fazer.

Este Prisma de sonhadores, só é possível por existir esta base, que reconhece e dá força ao nosso trabalho.

 

Quando é que a música começou a fazer parte da vossa vida?

A música começou a fazer parte da nossa vida desde a infância, todos nós crescemos com este gosto pela música, todos nós tivemos música presente nos nossos tempos livres, era parte das nossas atividades, desde coros, filarmónicas e outras atividades culturais, para além de influências familiares.

Ao longo do nosso percurso pertencemos a vários projetos musicais, que nos deram bagagem para sermos o que somos hoje.

 

Em que momento é que decidiram formar a banda?

Decidimos formar a banda em 2017, todos nós nos conhecíamos e até alguns de nós já haviam trabalhado juntos, no fundo juntamos músicos que tinham o mesmo propósito, não faria sentido de outra forma, sentimos que queríamos criar algo novo, interpretar os temas que não ouvíamos, fazê-lo com qualidade, e criar algo nosso, trabalhar em originais.

 

De que forma é que cada um dos elementos influencia a música criada pelos Prisma?

Influenciamos por permitirmos que cada um seja ele próprio, há espaço para todos colocarem as suas ideias, obviamente que imperam sempre os nossos gostos pessoais, que limados em conjunto constituindo o prisma que queremos.

Aproveitamos as qualidades de cada um desde a composição , à produção, cada um tem um papel no processo criativo.

 

Quais são as vossas maiores referências, a nível musical?

Quando se falam em influências as nossas opiniões divergem, somos muito diferentes o que torna este projeto aliciante. 

Podemos falar de Queen, The Doors, Stevie Wonder, Expensive Soul, HMB, The Black Mamba.

Adoramos o funk, RnB , rock.

 

Consideram que o facto de os Prisma serem uma banda oriunda dos Açores prejudica, de alguma forma, o vosso percurso na música ou, atualmente, é uma questão que não se coloca?

Nós consideramos que pode condicionar o nosso percurso na medida em que onde vivemos não temos tantas ferramentas de trabalho, é certo que temos muitas pessoas talentosas e qualificadas, mas para muitos a música é um hobby, o que dificulta a caminhada, pois precisamos dos outros para trabalhar.

O mercado não é extensivo, adorávamos chegar a rádios e comunicação nacionais, vivenciar outros palcos, estúdios.

As redes sociais são muito positivas na nossa construção pois permitem-nos chegar a mais pessoas, e desta forma conseguimos expandir o nosso trabalho, quer seja nos Açores ou em qualquer outro lugar o caminho faz-se a caminhar, nós somos o motor desta caminhada, pelo que o nosso percurso também depende dos passos que damos.

 

 

 

 

"Sentimento" é o vosso primeiro single, editado em dezembro de 2019. Sobre o que nos fala este tema?

Este “Sentimento “ é como o descrevemos “tão forte, tão cheio, imenso” , é uma história de vidas que andam lado a lado e que de certa forma tentam evitar-se, mas que o “sentimento” é mais forte “no fundo acreditei na vontade que mostrava, dos teus olhos, espelho d’alma”, é um saber que existe reciprocidade e ao mesmo tempo medo, é um pedido, que seja leve, que seja bom, “dá-me um sentimento, sem sofrimento, deixa-te levar, deixa o coração expressar”.

 

Que feedback têm recebido, por parte do público, relativamente ao single de estreia?

O feedback tem sido muito positivo, nunca tínhamos vivido a experiência de gravar como “Prisma”, foi um desafio para nós, ainda que tivéssemos expectativas, fomos surpreendidos com a boa vontade de tantas pessoas que quiseram colaborar connosco, e que tornaram este "Sentimento" de todos.

Fomos recebidos com casa cheia para o conhecerem. E desde então tem sido muito positivo, recebemos muito carinho por parte de quem nos ouve e isso é sem dúvida gratificante.

 

Através da música pretendem dar o vosso prisma sobre os mais diversos assuntos. O que podemos esperar dos próximos temas? 

Ao escrevermos temos sempre a preocupação de não repetirmos o conteúdo já abordado, até mesmo palavras, por isso escrever é sempre desafiante pois há tendência para seguir a linha do que já temos feito, contudo temos conseguido superar estes “obstáculos”, já escrevemos sobre saudade, liberdade, vencer, mudança.

E só poderão entender estas palavras ao ouvirem cada tema, cada um deles tem uma mensagem que só é entendida quando ouvida.

 

Que objectivos querem ver concretizados ainda este ano?

O nosso objetivo passa por sermos fiéis à nossa identidade, cumprindo apresentar sempre qualidade e diferença em palco.

O lançamento de um EP é o nosso foco para 2020.

 

De que forma é que o público vos pode ir acompanhando?

Podem acompanhar-mos através das nossas redes sociais, estamos presentes no Facebook (@prismamusicproject) e no Instagram (@prisma_musicofficial), aqui podem acompanhar tudo em primeira mão, quer estejam perto ou longe. Estamos sempre ligados.

 

 

Muito obrigada!

 

 

Nota: Esta conversa teve o apoio da editora Farol Música, a qual cedeu também a imagem e o vídeo.

Será verdade que "toda a gente tem um preço"?

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Se há coisa que me irrita é deparar-me com pessoas falsas, que têm duas caras, que mudam de opinião conforme mais lhes convém, e que tentam desculpar, defender ou, até gabar, aquilo que, antes, criticavam.

 

O meu marido começou, há uns anos, a falar com um senhor que acabava por ser seu colega de profissão, embora em empresas e funções distintas.

Nessa altura, e por aquilo que o meu marido me ia contando, percebi que era alguém que defendia com unhas e dentes a empresa onde trabalhava, como se estivesse a ser pago para dizer bem dela.

Não digo que cada um não fale por si, e da sua experiência pessoal e, se esta é boa, não pode dizer o contrário. Mas a forma como essa pessoa defendia e gabava a empresa, mesmo quando confrontado com situações que apontavam no sentido inverso, fez-me passar a vê-lo como alguém não confiável.

De há uns tempos para cá, desconfio muito de pessoas que se mostram logo muito amigas, muito prestativas. E, de algumas pessoas com quem nunca fui muito à bola, esta foi uma delas.

 

O dito senhor foi, até há pouco tempo, um activista no sector, no sentido de alertar para as más práticas das empresas, a nível geral, de incentivar à denúncia, de ajudar os colegas a resolver as suas questões, de contactar entidades competentes e fazer de intermediário.

Fê-lo porque quis. Perdeu uma boa parte do seu tempo a dedicar-se a isto, porque quis.

Fundou, inclusive, juntamente com outros, um sindicato para defender os trabalhadores.

 

Como em tudo na vida, quando alguém se mete nestas coisas, há sempre quem apoie e quem desconfie das boas intenções. E isso dá azo a guerras e picardias. A acusações de parte a parte. A lavagem de roupa suja e baixarias, a que nem vale a pena dar importância.

Não tenho dúvidas de que esta pessoa terá feito, em determinado momento, um serviço público a alguns trabalhadores e ajudado, de facto, muitos deles. Acredito que, em determinada altura, tenha lutado pela classe.

Mantive a minha opinião, sem dar relevância ao que se ia ouvindo sobre a pessoa, porque, nestas coisas, é fácil difamar e acusar alguém quando não se vai com a cara dele, ou quando consegue aquilo que outros também queriam, mas não conseguiram.

 

O dito senhor mudou, entretanto, para uma outra empresa, onde trabalha o meu marido. 

Até então, o senhor denunciava todas as empresas em incumprimento. Apenas aquela em que trabalhava cumpria as normas. Agora que é gestor de clientes desta empresa, é esta que ele defende, argumentando que nenhuma cumpre a lei a 100%, e desvalorizando as situações que estão a ser denunciadas.

 

O que é que mudou?

Porque é que lhe custa tanto admitir o que está à vista de todos?

Será mesmo verdade que toda a gente tem um preço?

 

No passado mês de Janeiro, os salários não foram pagos no final do mês. Ainda há pessoas que não receberam subsídios de refeição. O meu marido é um deles.

 

Mas o dito senhor vem dizer que nada está em atraso!

Insiste em defender a empresa.

Diz-se que é pelo cargo que tem, pelo ordenado que já lhe foi pago, e pelas regalias que a empresa lhe ofereceu.

Que ele tenha aceitado o cargo e pensado primeiro em si, ninguém tem que criticar. Se a empresa já lhe pagou a ele, e aos outros não, também não é algo que dependa dele. Faríamos o mesmo no seu lugar. Que se abstenha de falar da empresa, também compreendo.

 

Mas tapar o sol com a peneira e ainda gozar com o mal dos outros, isso não.

Para que percebam a dimensão do problema, vejam a reportagem que deu ontem na SIC, no Jornal da Noite, sobre o mesmo.

Ou AQUI.

A realidade é uma só: existem vencimentos em atraso, bem como subsídios de refeição ainda por receber.

 Os problemas, para mim, são vários: junta-se o Estado, que é o pior pagador/ devedor do país, a empresas que, para ganharem os concursos, praticam preços baixos, que não lhes permitem sustentabilidade para pagar os trabalhadores de que necessitam.

Depois, haverá, provavelmente, um problema de má gestão. E uma enorme falta de honestidade por parte da empresa que se vale de desculpas que não explicam, e nas quais é difícil de acreditar.

E quanto mais vão mentindo, ocultando, inventando, mais difícil se torna manter a pouca credibilidade que ainda tivesse.

É certo que honestidade não paga as dívidas ao final do mês, nem põe comida na mesa. Mas preferia ver um chefe ou patrão que se chegasse à frente e esclarecesse a situação aos trabalhadores: a empresa não tem dinheiro para pagar tudo, o que há é isto, só podemos pagar isto, para que todos possam receber alguma coisa (ou ninguém recebe nada), não sabemos quando ou se conseguiremos pagar o resto, e cada um é livre de ficar e esperar ou de sair, sem prejuízo.

Tão simples como isto.

Só não queiram é fazer os outros de parvos.

E, quanto ao dito senhor, se por força da sua posição na empresa e assegurado o seu salário e regalias, estiver obrigado a não falar mal da mesma, que se abstenha de certos comentários e de ostentar a sua sorte, face ao enorme azar geral dos outros.