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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Sobre o final da experiência social "Amigos Improváveis"

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"Amigos Improváveis" era aquele programa que me fazia companhia todos os dias, quando chegava a casa do trabalho, para descomprimir.

Se havia um dia que não dava, sentia que faltava alguma coisa. Ficava ansiosa pelo próximo diário.

Apesar de ser mais um programa de televisão, em que muita coisa poderá ser editada, manipulada, e passar apenas o que dá audiências, ou aquilo que querem que seja visto, ainda assim superou, em muito, outras experiências sociais transmitidas na TV.

 

Estando a meio destas duas gerações, acabei por me identificar com ambas, em diferentes aspectos.

Representam, de certa forma, um pouco do que já fui e mudei, do que ainda sou, e do que poderei vir a ser, à medida que o tempo avança.

Não me importava de conviver com alguns daqueles "avós" tal como, ao mesmo tempo, não me importava de estar com alguns daqueles jovens.

 

No fundo, o que retiro desta experiência é que, independentemente da geração a que se pertence, o mais importante é haver humildade, respeito, entrega, compreensão, flexibilidade e capacidade de adaptação, de ambas as partes.

E, acima de tudo, colocar estereótipos de parte, superar preconceitos e não nos guiarmos, somente, pelas aparências. O carácter de uma pessoa vai muito além do que se vê por fora, e do que se aparenta ser.

 

Aprendi que se pode ensinar sem criticar negativamente, que se pode falar sem se ser inconveniente, que se pode ser sincero sem se ser indelicado, e que uma forma de estar diferente, perante uma mesma situação, pode fazer a diferença, entre se ouvir e interiorizar ou, simplesmente, rejeitar ou ignorar.

 

E que a honestidade, o ser-se como se é, vale muito mais do que fazer aquilo que é esperado de nós, do que agir apenas e só para agradar o outro, com o objectivo de marcar pontos.

 

Fica a curiosidade de saber, daqui por uns meses ou anos, quantas destas amizades improváveis, que se tornaram, em pouco mais de dois meses, amizades para a vida, irão perdurar ou manter-se.