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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Arco-íris

Arco da aliança, rasto da mensageira ou  fenómeno óptico e meteorológico?

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Depois da tempestade Bárbara ter passado por cá, terá achado Deus, por bem, mostrar que a aliança de não destruir o planeta com chuva se mantém de pé?

Ou será apenas o rasto deixado pela mensageira Íris?

 

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E como se não chegasse um, surgiu outro logo ao lado!

O que quer que seja, se for de bom, e para reforçar a mensagem, que venha a dobrar.

 

 

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E foi assim que o meu dia começou, hoje. Com a promessa de que ainda há esperança, e que o mundo não é só cinzento.

Para, logo em seguida, mostrar precisamente o contrário!

 

Mas, afinal, o arco-íris não passa de um fenómeno e, como tal, não vale a pena fantasiar sobre ele, nem lhe dar outros significados, quaisquer que eles sejam.

 

 

 

 

Histórias Soltas #14: Desaparecida

O VAZIO¨ ¨¨

 

Desapareceu…

Naquele final de dia, que já era início de noite…

Ninguém viu.

Ninguém a viu. Ninguém a ouviu.

Era só mais um final de dia, igual a todos os outros. A caminhar pelas mesmas ruas de sempre.

E lá estavam eles, os gatinhos, como sempre.

À espera de compaixão. À espera de uma refeição.

Estava escuro, e não queria ter que lá voltar mas… Eles chamavam por ela. Eles precisavam dela.

 

Foi a casa, pegou na ração, e saiu.

Deveria ter levado o telemóvel, mas… Eram só alguns metros, no mesmo caminho de sempre.

Por vezes, pensava que, ao fazer aquilo todos os dias, já lhe conheceriam a rotina, e saberiam os seus passos mas, quem lhe quereria fazer mal?

Chegou lá, e não havia gatinhos. Mas, muitas vezes, acontecia isso. Eles iam embora, e voltavam depois.

Hesitou em entrar naquele pátio. Mas era onde estavam as caixinhas para colocar a comida, e a água para lhes colocar nos recipientes.

Tratou de tudo.

 

Estava escuro.

Era um edifício abandonado. Onde, por vezes, se abrigavam drogados, delinquentes.

Numa rua onde poucos carros passavam. E, menos ainda, pessoas.

E dizia-se que o edifício estaria assombrado. Ou que vivia lá um velho, que matava toda a gente que lá entrasse. Mas eram só lendas… Mitos…

 

Em casa, esperavam por ela.

Mas nunca chegou.

Nem nesse dia, nem nos seguintes.

Desde aquele final de dia, que já era início de noite, tinha sido dada como desaparecida…