Dezanove Minutos, de Jodi Picoult
Confesso que o início do livro foi um pouco confuso, e não me entusiasmou muito.
Muita informação "solta", muitas personagens, diversos acontecimentos, e pouca ligação entre tudo.
Mas, depois, melhora.
E faz-nos reflectir. Muito!
É uma história sobre relações.
Relações amorosas.
Relações entre pais e filhos.
Relações de amizade.
É uma história sobre a realidade.
Sobre impotência.
É uma história sobre amizades que se desfazem.
Sobre comparações e expectativas.
Sobre escolhas.
Sobre ausências.
Sobre autopreservação.
Sobre bullying, e humilhação.
Sobre relações abusivas.
E dezanove minutos, o tempo que Peter levou a libertar o que foi guardando ao longo de 17 anos.
O tempo que demorou a destruir a vida de tantas pessoas, quando a sua já estava em cacos há muito tempo.
O tempo necessário para abrir os olhos, a quem sempre preferiu fechá-los.
O tempo necessário para, finalmente, fazer-se ouvir. Vingar-se. Fazer justiça.
E pôr fim ao sofrimento.
No final, resta a lembrança.
Porque, como diz Alex "Uma coisa ainda existe desde que haja alguém para a lembrar".