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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Isto da política de protecção de dados...

RGPD - Privacy Policy - AWD - Agência de Comunicação

 

Hoje é o último dia para renovação de matrículas para quem vai para o 12º ano, algo que fiquei a saber por mero acaso, mas que me diz respeito, porque é para esse ano de escolaridade que a minha filha vai.

Acedi logo ao Portal das Matrículas, para dar início à renovação.

Tinha os dados todos comigo. Copiei a foto do ano anterior. Estava tudo a correr bem mas...

 

... em determinada fase, não me deixava preencher nada, nem avançar, porque era preciso preencher.

Pesquisei os contactos da linha de apoio, e liguei para a da minha zona.

Atendeu-me uma senhora que avisou logo: "Tem que aguardar em linha porque estou com outra chamada!".

E eu esperei.

 

Esperei, e fiquei a ouvir a conversa toda da dita senhora com a mãe que estava do outro lado ao telefone, também a tentar validar a renovação da matrícula.

É que nem silêncio, nem a música da praxe.

Lá se foi a protecção de dados.

Era naturalidade, número de cartão de cidadão, e não sei mais o quê, que nem prestei mais atenção porque, enquanto esperava, fui tentando safar-me sozinha, saindo e voltando a entrar no portal, até que funcionou e consegui completar tudo.

Nesse tempo, a outra chamada ainda estava a decorrer, pelo que, validada a minha matrícula, e não precisando mais de ajuda, acabei por desligar o telemóvel.

 

Num altura em que tanto se priviligia a protecção de dados, de todas as formas e mais algumas, é de estranhar que uma situação como estas aconteça.

Até pode ter sido uma situação isolada. A senhora pode ter-se esquecido de dar-me música. 

Mas imaginemos que funciona mesmo assim, e com várias chamadas, e várias pessoas a ligar e a ter acesso a dados confidenciais de alunos e encarregados de educação?

 

Uma Hora de Vida, de M. J. Arlidge

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Este seria um bom livro para se transformar em filme, ou em série!

O que faríamos se, de repente, alguém desconhecido nos ligasse e dissesse as temidas palavras "Tens uma hora de vida"?

Eu penso que alternaria entre acreditar que era uma piada de mau gosto, e começar a premeditar e olhar para trás a cada passo que desse, durante a próxima hora, ansiando para que chegasse ao fim e a profecia não se concretizasse.

 

Mas, aqui na história, não é uma piada. 

E a primeira vítima está feita.

Outra se seguirá.

E se, no início, a investigação estava renitente em seguir um caminho, por não haver indicadores suficientes, cedo se percebe que, afinal, terão que ir pelo rumo que queriam descartar, uma vez que a segunda vítima leva a crer que os homicídios estão relacionados.

Na verdade, tanto Justin, o primeiro a morrer, como Callum, o segundo, tal como Maxine que, curiosamente, foi a segunda a receber a chamada mas ainda está viva, e Fran, que ainda não foi contactada, faziam parte do grupo de adolescentes que foi preso numa quinta, e torturado, tendo escapado com vida por pura sorte.

Daniel King, o sequestrador, nunca foi encontrado. Suspeita-se que terá cometido suicídio, após incendiar a quinta, com Rachel, a única dos cinco jovens que ele conseguiu matar, lá dentro, mas nunca se comprovou.

Será que é ele o assassino? Será que voltou para completar aquilo que não fez anos antes? Aniquilar os restantes quatro, um por um?

E porquê agora?

Terá o livro de Maxine, sobre esse pesadelo, acabado de lançar, sido o que acendeu o rastilho?

 

A verdade é que as pistas apontam para outro suspeito, e Emilia Garanita, a jornalista que vai cobrir os acontecimentos, terá um papel fundamental na captura desse suspeito.

Só que... pode não ser ele!

E, entretanto, Maxine é assassinada.

Só resta Fran que, neste momento, está numa casa de protecção da polícia, para mantê-la em segurança, até desobrirem quem anda a matar deliberadamente, os sobreviventes de King.

No entanto, também ela parece esconder alguma coisa.

 

Numa corrida contra o tempo, toda a equipa, liderada por Helen Grace, tenta apanhar o assassino que parece estar sempre dois passos à sua frente e que, após uma testemunha visual o descrever, poderá mesmo ser King.

 

Eu, que à medida que fui avançando na leitura, apontei as minhas suspeitas para outra direcção, embora parecesse absurdo, fiquei satisfeita por ver que, mesmo não sabendo de todos os contornos, tinha acertado em cheio.

 

A narrativa está muito bem construída, tal como todas as personagens, excepto Joseph que, ao longo da história, não chegamos a perceber que tipo de pessoa é, o que esconde, o que quer, e o que será capaz de fazer, para o obter.

Será um homem violento? Manipulador? Egocênctrico? Calculista?

Ou ainda se esconde algo de bom, por detrás dessa capa?

Ficou a dúvida, que talvez possa vir a ser esclarecida num próximo livro do autor.

 

 

 

SINOPSE

 

O que faria se recebesse uma chamada a dizer:
"Tens uma hora de vida"?
Estas são as únicas palavras recebidas num ameaçador telefonema. A seguir, desligam. Certamente que só pode ser uma brincadeira… Um engano? Um número errado? Qualquer coisa menos a verdade arrepiante… Que alguém está a observar, à espera, a trabalhar para roubar uma vida no espaço de uma hora. Mas porquê?
A tarefa de o descobrir recai sobre a inspetora Helen Grace: uma mulher com um histórico de caça a assassinos. No entanto, este é um caso em que o homicida parece estar sempre um passo à frente da polícia e das vítimas. Sem motivo, sem pistas e sem dicas — nada além de puro medo —, uma hora pode parecer durar uma vida inteira…