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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

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Elite - 4ª temporada

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Ainda antes de começar a ver esta quarta temporada, já as críticas negativas me chegavam aos ouvidos. E não eram poucas!

Mas, como gosto de ser eu mesma a avaliar, e porque tenho vindo a acompanhar todas as temporadas, comecei a ver.

 

Com a saída da Nádia, da Carla, do Valério e da Lucrecia, houve necessidade de trazer caras novas para o colégio, que proporcionassem novas aventuras e dilemas.

É dessa forma que ficamos a conhecer Ari, Patrick, Mencía e Phillipe, os novos alunos de Las Encinas. 

Os três primeiros, são filhos do novo director do colégio, Benjamín, que vem substituir Azucena, a mãe do Ander.

 

Pode parecer estranho, mas eu gostei do Benjamín.

É pai. Viúvo. Com três adolescentes a seu cargo. Age muitas vezes como pai e, por isso, nem sempre percebe que não é disso que os filhos precisam. Ou talvez sejam eles que não percebam que é, precisamente, disso que eles precisam, e por isso se afastam, sem que ele consiga ter mão neles.

Pelo menos, em Patrick e Mencía, os mais rebeldes, que só lhe dão problemas.

Ari é, apesar de tudo,  a mais certinha, e aquela na qual ele projecta as suas esperanças, exercendo uma certa pressão que também não é saudável.

Conseguirá Benjamín, um homem que nem dos filhos dá conta, pôr ordem no colégio? Lidar com todos aqueles alunos? Talvez não...

No entanto, à medida que os episódios se vão sucedendo, mais empatia criei com ele, e mais ele vai mostrando que não é aquele ditador que parecia ter mostrado ao início.

 

O trio Omar, Ander e Patrick

Confesso que não gostei desta abordagem.

Omar e Ander já tinham a sua história, o seu amor reconquistado.

A chegada e interferência de Patrick veio, de certa forma, mostrar os homossexuais como instáveis, inconstantes, promíscuos. Faz parecer que, apesar de até poderem gostar do seu parceiro, precisam de outros para se satisfazer e ser felizes.

Pelo amor da santa! O Patrick chega, e o Ander fica logo apanhadinho, a ponto de terminar com o Omar. Já este, a certa altura, também acha que está apaixonado por Patrick. Mas logo de seguida já clareou as ideias, e já tem certeza de que quem ama mesmo é Ander. E Ander, afinal só queria sexo com Patrick, porque ama Omar mas, apesar disso, acha que ainda é novo e tem que viver novas experiências.

Mas pronto, vamos acreditar que isto é só a adolescência a falar mais alto.

 

Rebeka e Mencía

Depois da desilusão com Samuel, Rebeka não quer nem sequer falar com ele. E tão pouco está virada para novas relações. Mas Mencía vai quebrar algumas dessas barreiras.

Apesar de gostar de as ver juntas, e de gostar da personalidade de cada uma destas personagens, também não gostei da abordagem.

Pareceu um pouco o querer mostrar "se os homens te desiludirem, vira-te para as mulheres". A Mencía surge como um "prémio de consolação" para Rebe. Por outro lado, a Rebe parece mais uma forma de Mencía desafiar o pai, a vida e a sorte.

Mas, lá está, são adolescentes, e estão na idade da descoberta, e das experiências.

Vamos ver como correm as coisas, na quinta temporada, entre ambas.

Mas gostava que a Rebe tivesse mais sorte do que até aqui.

 

Cayetana

Bem...

Que grande evolução da Cayetana!

A par com a Rebe e a Mencía, é uma das minhas personagens favoritas nesta temporada.

Quase nem acreditamos que ela, um dia, não foi assim.

Onde anda a Cayetana que queria ser rica à força? Que estava disposta a tudo para conseguir o que queria?

Afinal, Cayetana é muito mais do que isso e, como diz Ari, a determinada altura, ela "tem talento, e tem dignidade".

Continua Caye!

 

O príncipe Phillipe

Não gostei dele.

Há ali qualquer coisa que ele esconde, e não me cheira.

Talvez seja excesso de protecção, por ser quem é. Talvez seja de si mesmo. Ou talvez tenha sido da educação que a mãe lhe deu.

A certo ponto, ele terá que assumir a sua parte da responsabilidade, mas é certo que não é exclusiva dele.

Phillipe acaba por ser um jovem só, sem amigos, e de quem a maior parte se aproxima apenas por interesse.

Apaixona-se por Cayetana, mas as coisas não vão correr como ele esperava. Talvez em outros tempos, fosse possível. Mas não agora.

 

O trio Samuel, Ari e Guzmán

Foi-se embora a Lucrecia, veio a Ari.

E os dois amigos vão andar mais parvos que nunca, num disputa pela atenção e amor desta, que pode pôr em causa a sua amizade, quando as velhas diferenças de classe, e acontecimentos do passado, já ultrapassadas, voltam a fazer-se sentir.

É certo que Samuel não tinha, propriamente, uma relação com Carla. E Guzmán e Nadia terminaram o seu namoro à distância.

Mas valerá tudo, por uma mulher? Valerão golpes baixos e sujos? Sobretudo por uma que não sabe o que quer, e vai brincando com os dois?

 

Então e, afinal, o que aconteceu nesta quarta temporada?

Ari é encontrada no lago, insconsciente, na noite da passagem de ano.

Não se sabe se viva, ou morta.

E todos são suspeitos! Outra vez!

Haverá um crime e, de novo, os amigos terão que se unir, para se proteger.

 

O último episódio vale a pena.

As emoções tomam conta das personagens, e dos espectadores.

Finalmente, o amor e a amizade falam mais alto, e são tomadas decisões difíceis, mas necessárias, e mais adultas do que até então.

E tudo está bem, quando acaba bem. Ou será que ainda não acabou, e a quinta temporada virá ressuscitar fantasmas adormecidos?

Uma coisa é certa: neste final da quarta temporada, dizemos adeus a Guzmán e Ander. Com alguma pena minha.

 

Assim sendo, com muitas passagens para a frente, em excessivas cenas de sexo que não servem para mais do que ocupar tempo, que poderia ser utilizado de forma mais proveitosa, a quarta temporada segue a mesma linha das temporadas anteriores, e vale a pena ver os 8 episódios que a compõem.