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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"A Rapariga Que Ficou Para Trás", de Charlie Donlea

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O que faz uma pessoa ler muitos livros é, às tantas, não saber o que leu, e o que ainda não leu, e confundir as histórias.

Já tinha lido um livro com uma história parecida com a deste livro e, por várias vezes, pensei que fosse um único.

Mas não me estava a lembrar de nada do que aqui acontecia, nem das personagens.

Acabei por perceber que eram livros e histórias diferentes.

 

Em "A Rapariga Que Ficou Para Trás", o autor conseguiu trocar-me as voltas todas.

Cumpriu o seu objectivo, e desviou-me sempre para os suspeitos a que ele queria que o leitor chegasse. 

O final foi uma bela surpresa porque, verdade seja dita, quem iria pensar que o verdadeiro culpado era aquele de quem nunca suspeitaríamos? Aquele que nos deveria proteger?

 

Nicole e Megan desaparecem na mesma noite.

Megan consegue escapar.

De Nicole, ninguém sabe.

À medida que a história avança, confesso, é fácil simpatizar com Megan, e antipatizar com Nicole.

E pensar que, o que quer que lhe tenha acontecido, ela fez por isso.

Claro que, no fundo, ninguém merece passar por aquela provação. Nem mesmo Nicole. Não quando ela tentou corrigir o erro.

 

Livia, a irmã de Nicole, patologista forense, acreditando que a irmã está morta, vive à espera que o seu cadáver apareça, para que ela possa analisá-lo, e obter todas as respostas sobre o que lhe aconteceu.

Com a ajuda de Megan, elas vão reconstituir o desaparecimento, perceber quem esteve envolvido, e quem anda a raptar mulheres para as usar, torturar e, depois, as matar.

Conseguirão elas, no meio de todas essas descobertas, encontrar Nicole?

E se sim, com vida, ou sem vida? 

 

Este é um livro que aborda a forma como diferentes pessoas lidam com um mesmo acontecimento traumático, e como essas formas, ajudando a si, podem sufocar os que as rodeiam.

Também aborda a forma como os media tratam esses acontecimentos, do ponto de vista das vendas, do sucesso, daquilo que interessa ao público, do final feliz e da superação, e não da história real, daquilo que ficou por resolver, daquilo que não se conseguiu evitar.

 

"Duas raparigas são raptadas.
Uma delas, Megan, consegue escapar.
Um ano depois, escreve um livro que se torna um sucesso. Há só um pormenor, bastante inconveniente: Nicole continua desaparecida.

Alunas da mesma escola, no último ano do ensino secundário, Nicole e Megan vivem em Emerson Bay, uma pequena cidade da Carolina do Norte. Numa noite de verão, há uma festa à beira do lago e ambas desaparecem, sem deixar rasto, apesar de a polícia fazer buscas e mais buscas. Mas eis que, sem ninguém esperar, Megan reaparece, passadas duas semanas, depois de conseguir escapar de um esconderijo no meio da mata.

Um ano mais tarde, Megan escreve um livro, que conta a sua história de cativeiro e se torna um bestseller imediato, fazendo dela uma heroína nacional. Mas, entretanto, Nicole continua desaparecida.

Livia, irmã mais velha de Nicole e patologista forense, crê que ela está morta e tem esperança de que o corpo apareça, de modo que possa ser ela uma das pessoas a desvendar o mistério e a conseguir justiça. No entanto, é de outro corpo que dá entrada na morgue que surge a primeira pista, o corpo de alguém que faz parte do passado de Nicole.

Entusiasmada com a possibilidade da pista, Livia conta a Megan, pede-lhe mais pormenores do cativeiro e começa a relacionar o caso com os de outras raparigas desaparecidas. E é então que percebemos que Megan sabe mais do que contou no seu livro. Começa a ter flashes arrepiantes, a possibilidade de algo muito mais terrível começa a ganhar forma e… elas percebem que talvez o pior pesadelo se esteja a tornar real."