Relato de uma pequena cirurgia
Tinha a minha pequena cirurgia marcada para ontem.
Quando me perguntavam se estava nervosa ou ansiosa, respondia que estava mais curiosa. Afinal, era a primeira vez que ia ser submetida a esse procedimento, e em três zonas diferentes do corpo.
Poder-vos-ia dizer que me senti uma daquelas personagens das séries ou filmes sobre médicos e hospitais, a quem deram o papel da paciente!
Foi como estar a assistir ao vivo e a cores, estar a viver a cena, embora não desse para ver grande coisa do que faziam.
Também vos poderia dizer que foi uma sessão de corte e costura!
Literalmente.
Espero que o resultado final da peça tenha ficado bom, mas por enquanto está tudo selado, no segredo dos deuses.
A cirurgia em si, com anestesia local, não custou nada.
Havia música, para descontrair. E, logo para começar, uma das minhas preferidas. Um bom auguro.
Falámos de filhos, de gatos, de comida e de festas de aniversário.
E, em menos de nada, estava feito.
Deixo desde já aqui o meu agradecimento a toda a equipa que esteve comigo, super cuidadosos, atenciosos, preocupados e muito simpáticos.
Despachada a questão, e a sentir-me perfeitamente bem, achava que nem sequer iria precisar da baixa.
Ingenuidade minha, que pensei que isto era uma coisa básica. E por não me ter (nem me terem) lembrado que o efeito da anestesia não dura para sempre.
Claro está que, horas depois, percebi porque insistiram tanto em passar-me a baixa!
É que se, em dois dos sítios, a coisa ainda se aguenta, no outro - tornozelo - nem por isso.
Portanto, eu bem queria ser útil, em casa e no trabalho mas, não podendo fazer o mínimo esforço, e tendo que ter mil cuidados com a perna, lá terá alguém que ser sacrificado.
Tudo por uma boa causa!