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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Atenção aos IBAN's para transferência do apoio extraordinário!

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Há muito que os contribuintes vêm a ser informados de que devem actualizar o seu IBAN no site da Segurança Social, e no Portal das Finanças, com vista a receber o apoio extraordinário, que irá começar a ser pago hoje.

A maior parte das pessoas, provavelmente, está descansada, porque tem recebido sempre os reembolsos do IRS, portanto, a AT teria o IBAN correcto.

No meu caso, estava convencida disso, e nem fui confirmar.

 

Ontem, o meu marido chega a casa, e diz-me que várias pessoas viram os seus IBAN's alterados, sem nada terem feito. Outras, nem sequer tinham o dito preenchido.

Erro de sistema? Muito conveniente!

 

Fui confirmar o meu.

Tinha um IBAN antigo.

No meu caso, acredito que a culpa seja minha. Não me recordo se, no ano passado, alterei para o novo.

Lembro-me que, quando submeti a declaração de IRS, indiquei o novo IBAN, mas no Portal, talvez não o tenha feito.

E se não fosse ontem ver, continuaria com o IBAN errado.

 

Agora, é esperar que a alteração seja confirmada a tempo.

Senão, só irei receber o valor no próximo mês.

 

Por isso, por via das dúvidas, é melhor confirmarem se está tudo certinho!

Também já podem verificar, no Portal das Finanças, em "Apoio Extraordinário" ou "Consultar Apoio Atribuído pela AT", o valor a receber, e se a tranfererência já foi efectuada, ou ainda aguarda pagamento.

 

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Tirar a carta de condução e ter carro ainda compensa?

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Desde há muito que ter carta de condução e, de preferência, carro, é visto como uma mais valia, sobretudo quando as pessoas não têm trabalho perto de casa, e são obrigadas a deslocar-se para outras zonas.

Quem tem carro, nunca está dependente. 

E, mesmo que não tenha carro próprio, a carta permite conduzir. Portanto, haverá sempre a possibilidade de levar o carro da mãe, ou do pai, ou outro familiar qualquer.  

Normalmente, até são os dois membros do casal a ter carro.

 

Hoje em dia, estão em maioria as ofertas de emprego que pedem, como requisito, carta de condução. 

Cada vez se criam mais postos de trabalho em zonas afastadas dos centros, e onde, muitas vezes, os transportes públicos não chegam, ou não chegam em horários compatíveis.

Mas não é só pela necessidade de chegar ao trabalho a tempo e horas.

Alguns trabalhos envolvem, eles próprios, condução e, até, viatura própria.

 

No entanto, a verdade é que, na mesma medida, cada vez se incentiva mais o uso dos transportes públicos, em detrimento do carro.

Os passes ficaram muito mais baratos. 

A gasolina e o gasóleo, cada vez mais caros.

Andar de carro, para grandes distâncias, não compensa, em termos de gastos.

 

Só que, como uma "pescadinha de rabo na boca", a verdade é que estamos muito mal servidos a nível de transportes públicos.

Há pouca oferta, poucos veículos, horários escassos.

Tem-se assistido a passageiros deixados nas paragens, à espera do autocarro seguinte, porque aquele vai cheio.

Isso gera transtornos. Atrasos. 

Ninguém tem vida para chegar tarde e más horas ao trabalho, por culpa das empresas de transporte.

 

E volta a equacionar-se o carro.

E, para isso, a carta de condução!

 

 

Quando nos querem cobrar um serviço que não pedimos

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Num dia em que o meu pai tinha ido dar a sua voltinha matinal, passa por ele o coveiro da vila, muito indignado, que as coisas não se fazem de borla, e se querem que ele faça as coisas têm que pagar, e menciona o nome dos "Cravinas" (à qual pertence a minha mãe).

O meu pai, sem perceber nada, ficou calado. Não fazia a mínima ideia ao que o homem se referia.

 

No dia seguinte, perguntou-me se eu tinha ido ao cemitário, e contou-me essa situação do coveiro.

Disse-lhe que não tinha pedido nada, nem sequer o tinha visto. Diga-se de passagem, vejo-o mais fora do cemitério, do que lá dentro.

Portanto, alguém da família Cravina, que não nós, lhe devia ter pedido alguma coisa, e ele não estava satisfeito.

Não sei ao certo o que lhe pediram mas, se não fizer parte das suas funções, acho bem que queira ser pago. Mas não nos meta ao barulho, porque não lhe pedimos nada.

 

Este sábado, fui ao cemitério.

E começou a fazer-se luz.

A campa ao lado da minha mãe, que também pertence à família, estava toda arranjadinha, com saibro, e colocaram o berço que tinham tirado há um ano, e não tinham voltado a pôr.

A da minha mãe, também estava arranjada, mas sem o berço (a mim não me faz falta porque não dá jeito nenhum se quiser lá pôr flores), e desapareceu a fotografia da minha mãe.

Procurei pelo coveiro, mas nem sinal dele. 

Voltei lá à hora do fecho.

Era um outro coveiro que lá estava. Disse que às vezes as fotografias caem, ou descolam, e guardam lá numa casinha, mas que tinha que falar com o colega, porque tinha sido ele a tratar das campas.

Informou-me que foi a irmã do falecido (ao lado da minha mãe) que tinha pedido para arranjar a campa do irmão. E que, da minha mãe, foi uma outra senhora, que não faço ideia quem seja.

Fiquei de passar por lá para ver a história da fotografia no próximo fim de semana.

 

Entretanto, hoje ao almoço, estava a ir para casa, chama-me o coveiro (que estava na esplanada do café) a dizer que já tinha arranjado a campa da minha mãe, e faltava só pôr o berço.

Disse-lhe que isso não me interessava, que apenas queria saber da fotografia. Respondeu que não sabia, mas que ia ver. 

Quando lhe perguntei quem tinha pedido a ele para arranjar as campas, veio com esta conversa:

"A do lado foi a tua prima que pediu. Mas já que estava a arranjar uma, parecia mal não arranjar a outra. Ainda por cima vem aí o dia de finados. Arranjei a da tua mãe também, que depois o Sr. Manuel se quiser logo dá qualquer coisita."

E foi aí que fez sentido a conversa que teve no outro dia com o meu pai. Estava a ver se cobrava o serviço!

 

 

 

"A Imperatriz", na Netflix

A nova série da Netflix que chegará às livrarias brasileiras | Lauro Jardim  | O Globo

 

Se tivesse que escolher entre:

- uma jovem de 15 anos, que não gosta de seguir as regras da corte, que apenas se importa com os animais, e com as pessoas - com o que sentem, com o que sofrem, o que precisam - e que quer, acima de tudo, ser dona da sua própria vida, amar e ser amada, e fazer aquilo que mais gosta...

- um homem que não tem personalidade nenhuma, que é um "pau mandado" da mãe, que se insurge quando não há razão para tal, e que se mantém inerte quando deveria agir, um homem que até tem alguns ideais, mas não tem coragem para impôr a mudança...

...decididamente, preferiria a jovem!

 

Se é meio louca? Pode ser!

Mas sabe o que quer, diz o que pensa, não tem medo, e não finge aquilo que não é.

Num mundo onde os homens mandam, estas mulheres são uma pedra no sapato, com a qual não sabem lidar. 

Por isso, tentam anulá-las.

E para as poucas mulheres que têm o poder, uma jovem como estas é vista como uma ameaça, de tão parecida que é com aquelas que, em tempos, essas mulheres foram.

 

Isabel conquista o povo, porque olha para ele como um semelhante.

Porque se solidariza. 

Porque quer estar no terreno.

Porque quer ouvi-los.

Porque não tem medo, e nunca se sente superior.

Mas também não se considera inferior aos homens e, como tal, não vê necessidade em deixá-los ficar com os louros, de uma coisa que, muitas vezes, nem são capazes de fazer, só porque é proibido a uma mulher, fazê-lo.

 

Francisco, por mais que tente, não cria empatia.

Não lhe bastam só boas intenções, na teoria, que não concretiza, na prática.

E nem a própria mulher com quem, supostamente, casou por amor, é capaz de defender. Prefere opôr-se a ela, magoá-la, menosprezá-la, do que ficar ao seu lado. 

No fundo, culpa-a por tudo quando, no fundo, sabe que culpa é, apenas e só, sua, pela sua própria falta de coragem e determinação.

 

Numa corte onde reinam as futilidades, e o papel da mulher é ser passiva, submissa e com o único objectivo de assegurar descendência e herdeiros, sendo submetida aos mais estranhos e abomináveis rituais, Isabel foge, como pode, a todos esses padrões, tentando não ser "engolida", ao mesmo tempo que tenta corresponder ao que se espera de uma Imperatriz, ainda que não concordando.

 

A série, de 6 episódios, conta a história de Sissi, imperatriz da Austria.

A sua adolescência marcada por uma paixão, um casamento, e uma decepção.

E a oposição e hostilidade da arquiduquesa Sofia, sua sogra, que tudo fará para tirá-la do caminho - do seu, e do seu filho.

Com personagens fortes e interessantes, como Isabel, Sofia, Leontine, ou até mesmo Maximiliano, Francisco acaba por ser aquela que está ali apenas a figurar. 

O último episódio faz-nos querer mais, e esperar que a série seja renovada para uma segunda temporada.

Há males que vêm por bem?

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Nem todos, certamente!

Mas, neste caso, até se aplica.

 

É certo que, evitando a exposição ao sol, em horas impróprias, e por longos períodos, poderia ter reduzido, em grande escala, o risco de vir a desenvolver cancro. Ainda que não fosse garantido.

É certo que a pouca preocupação com essas coisas, ao longo da vida originou, agora, a doença.

 

Mas foi graças ao "menor dos males" que se detectou, a tempo, o mais grave deles, e mais silencioso.

Que iria continuar a expandir-se, a desenvolver-se, a crescer e, daqui a uns tempos, a espalhar-se para outros órgãos, sem ninguém dar por ele.

 

Foi por causa de uma simples mancha, que afinal era um carcinoma, que fui à consulta de dermatologia.

E foi nessa consulta que surgiu a suspeita, sobre um sinal, que poderia ser melanoma.

Feita a cirurgia, e analisadas as excisões de pele, confirmou-se a suspeita: melanoma.

Felizmente, numa fase inicial, e sem necessidade de voltar a operar, nem fazer qualquer outro tipo de procedimentos ou exames.

Quase se pode dizer que um surgiu, para alertar para o outro.

 

Quanto à terceira suspeita, não se confirmou. Era apenas um sinal normal.

Que acabou por ser a excisão que mais trabalho me está a dar!

Mas, na dúvida, tinha que ser tirado...

 

Agora é tempo de respirar de alívio, porque os estragos provocados foram travados, e resolvidos a tempo.

Como ouvi ontem alguém dizer "Quanto tudo parece desmoronar, às vezes, há coisas que se encaixam."!