Deixemos a ficção ser isso mesmo: ficção!
Ainda o Titanic.
Ainda a questão de se seria possível o Jack sobreviver se tivesse ficado em cima da porta com Rose.
E, como esta, tantas outras questões, críticas e análises que fazemos a tudo o que é ficção porque, ditamos nós, a realidade não seria bem assim.
Ah e tal, isto só mesmo em filmes. Ah e tal, isto na realidade nunca aconteceria assim.
O que é mesmo a ficção?
Uma narrativa ou história imaginária e irreal, criadas a partir da imaginação, embora possa reflectir alguma realidade.
Normalmente, seja em livros, filmes ou séries, recorremos a ela para nos distrairmos. Para entrarmos noutras vidas, noutras histórias, noutros mundos.
No entanto, ao mesmo tempo que nos queremos, de certa forma, abstrair da realidade, e entrar num mundo fictício, queremos que ele deixe a ficção de lado, e mostre as coisas como deveriam ser.
Não faz sentido!
A ficção tem o poder de criar tudo aquilo que quiser, e fá-lo de modo a gerar reacções, emoções, sentimentos.
Tanto nos dá finais felizes, como trágicos.
Tanto mata, como ressuscita.
Tanto junta, como separa.
Tanto nos dá doses de realidade, como nos atira com fantasia total.
É imaginação. E a imaginação não tem limites.
Se o Jack tivesse sobrevivido, o Titanic não seria o mesmo filme. Não teria o mesmo impacto.
E, como este exemplo, tantos outros.
No dia em que a ficção se limitar a ser, única e exclusivamente, uma mera cópia exacta da realidade, então não valerá a pena ela existir.
Por isso, deixemos a ficção ser isso mesmo: ficção!