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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Um Conto Perfeito", na Netflix

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Baseada no livro de Elisabet Benavent, esta série mostra-nos que nem sempre a perfeição é o melhor caminho ou, como, por vezes, são as imperfeições, as pessoas "imperfeitas", e os planos imperfeitos que tornam os momentos, as pessoas e as vidas, perfeitas para nós.

Esquecendo a perfeição, o nosso par ideal é aquele que nos traz alegria e leveza, aquele que nos aceita como somos, o que caminha ao nosso lado. Se tivermos que nos esforçar para o acompanhar, para estar ao seu nível, se nos sentirmos pressionados, sufocados, desvalorizados, então dificilmente será um bom parceiro.

A paixão e o amor são algo que se sente, e se oferece naturalmente. São sentimentos de dádiva, reciprocidade, não um favor ou uma "esmola" pela qual devemos ficar eternamente agradecidos, como se não merecessemos mas, ainda assim, nos dessem na mesma. Como se fosse uma sorte, algo que ninguém acreditava possível de acontecer.

 

Margot fugiu do seu casamento com Fillipo que, supostamente, era o seu "par ideal": bonito, bem sucedido, romântico. Só que, lá está, Margot vivia condicionada na sua relação, por querer corresponder ao que esperavam dela. Por querer "crescer" para chegar ao patamar do noivo. Por não querer desiludir ninguém, ainda que ela própria não fosse exactamente feliz.

David viu o seu relacionamento com Idoia terminar porque, tecnicamente, ele não pensava no futuro e, lá está, também não correspondia às suas expectativas. Não seguia a moda, não tinha um bom emprego, não tinha nada a oferecer.

Por coincidência, ou talvez não, Margot e David acabam por se conhecer, e decidem ajudar-se mutuamente para recuperar as suas relações.

Só que, como seria de esperar, acabam por se apaixonar um pelo outro. São a peça que encaixa no outro. São felizes. 

O problema é que Margot é herdeira de um império hoteleiro. E David, um rapaz com três trabalhos que dorme do sofá do amigo.

Que futuro os esperaria?

Como poderiam eles, viver "um conto perfeito"?

 

Uma minissérie de 5 episódios que vai melhorando à medida que os vamos vendo, e que quase nos mata no último!

Para além disso, vale a pena ver, pelas magníficas paisagens que nos mostra, ao longo das férias de ambos na Grécia - Atenas, Santorini, Ios, e Mykonos.

 

1 Foto, 1 Texto #1

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Estava um daqueles dias de verão em que, apesar de saber o quão bem faria uma ida à praia, não apetece nada.

Custa a ganhar coragem. Custa sair de casa.

Está frio. Sol, mas vento.

Se nem roupa de verão apetece usar, quanto mais ficar em biquini.

Mas lá saímos.

 

A verdade é que, na praia, estava melhor.

Para quem achava que nem sequer se ia despir, até à água fui.

E que bem soube o sol a aquecer as costas, no regresso ao areal, já deitada na toalha. 

 

Viro-me para cima.

Olho para o céu.

Estou calma. Relaxada. 

Estou cá em baixo, e quase me consigo ver reflectida lá em cima.

Já que, friorenta como sou, nunca poderia fazer de anjo da neve, ao menos imagino-me a sê-lo no azul do céu!

Ou, então, quem sabe, é um outro anjo que por lá anda, a tomar conta de mim.

A dar-me algum sinal, ou a transmitir-me alguma mensagem...

 

Desafio proposto pela Isabel

 

Às Cegas: Barcelona, na Netflix

Às Cegas: Barcelona | Site oficial da Netflix 

 

Quem viu o primeiro filme da colecção "Bird Box", com a incrível interpretação da Sandra Bullock, provavelmente, teria algumas expectativas quanto a este novo filme.

Eu tinha.

No entanto, ao contrário do primeiro, atrevo-me a dizer que este foi um fiasco. Que desilusão.

 

Se, logo no início, encontramos o que julgamos ser um pai a tentar dar alguma normalidade à vida da sua filha, no meio do caos, e tentar que sobrevivam, de forma segura, logo percebemos que as coisas não são bem assim.

Sebastián não é o que parece. E Anna também não.

À medida que a história avança, percebemos que Anna morreu.

Sebastián já tinha perdido a mulher, no início da tragédia, e depois a filha.

 

O que acontece quando alguém está em sofrimento, com saudades das pessoas que mais ama? Agarra-se a qualquer coisa!

E quando essa "qualquer coisa" é a promessa da filha de que, em breve, voltarão a estar todos juntos mas que, antes, ele terá que salvar pessoas, libertando as suas almas, Sebastián não hesita em acreditar cegamente nessa "mentira", e fazer o que lhe pedem.

Poderá uma pessoa estar tão cega, que até vê aquilo que não existe? Que não é real?

 

Contudo, a determinado momento, Sebastián irá questionar-se sobre o que tem andado a fazer. Sobre quem é, e o que é esperado de si.

Sophia, uma menina que lhe relembra a sua filha, será o gatilho que ditará os próximos passos de Sebastián, no sentido de salvar Claire e Sophia, ou levá-las, como tantas outras, para a morte certa.

 

A intenção estava lá, mas acabaram por explorar mais o apocalipse, as criaturas misteriosas, os suicídios em massa, do que os dilemas das várias personagens. 

E por aí, já viram?

O que acharam?

 

Sentir a "dor" dos filhos

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Dizem que as mães sentem as dores dos filhos.

Seja ainda dentro da barriga, se algo não está bem.

Seja cá fora.

Ora pelas cólicas, ou pelos dentes a nascer, quando são bebés.

Ou quando apanham aquelas doenças típicas da infância, e ficam murchinhos.

Ou quando temos que os deixar na escola, entregues a estranhos, e os vemos pedir para não os deixarmos.

Seja quando têm dificuldades, ou quando se chateiam com os amigos.

Ou quando querem concretizar um sonho, e não conseguem.

Estamos sempre lá, e sofremos com eles.

Da mesma forma que ficamos felizes quando estão felizes, ficamos tristes quando estão tristes.

 

Até ontem, estava feliz, porque a minha filha também o estava.

Mas a felicidade depressa escapa por entre os dedos.

A dela, foi-se.

O que era para ser uma surpresa boa, tornou-se um pesadelo.

E, ontem, experimentei um outro tipo de dor que, até aqui, desconhecia: a dor dos desgostos de amor dos filhos.

Não é nada comigo, mas sinto-o como se fosse. Ou ainda mais.

Ela chora. E eu choro com ela.

Ela está triste. E eu, também, por ela.

Não posso fazer nada para mudar o desfecho, e trazer-lhe de volta os momentos felizes.

Só posso estar ao lado dela, como sempre, e apoiá-la.

 

Sim, este é o primeiro namorado.

E ela é nova.

Ainda há-de viver outros romances.

Mas este amor era o primeiro.

E estavam tão felizes...

Lapa de Santa Margarida - Portinho da Arrábida

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Não estava fácil escolher um passeio para o fim de semana.

Um prefere ir para norte. O outro, para sul.

Não queríamos algo muito longe, nem muito dispensioso.

Queríamos um sítio com natureza mas, ainda assim, os nossos gostos diferem.

Depois de várias hipóteses, sugeridas ao longo da semana, no sábado acabámos por escolher outra: a Lapa de Santa Margarida, no Portinho da Arrábida.

Dadas as circunstâncias, e o tempo disponível, acaba por ser muito tempo de viagem, para pouco tempo de passeio.

Mas vale a pena!

 

 

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Estacionado o carro na estrada principal, ainda tivemos que fazer a caminhada até à rua que, depois, nos leva ao trilho por onde descemos, até à entrada da gruta.

Um trilho de escadas, fácil de percorrer até porque, para baixo, todos os santos ajudam!

 

 

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Ao longo da descida, vamos começando a apreciar a paisagem que surge à nossa frente.

 

 

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A entrada para a gruta é um pouco assustadora porque parece muito escuro, muito em baixo e, mal se entra, ouve-se o som do mar.

Para quem, como nós, não faz a mínima ideia do que irá encontrar, pode pensar que, a qualquer momento, entrará por ali uma onda.

Mas vimos pessoas a sair "ilesas", por isso...

 

 

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Mal descemos, deparamo-nos com a Capela de Santa Margarida, onde é possível ver evidências de práticas religiosas, imagens, e onde algumas pessoas acendem velas.

 

 

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Devo dizer que, apesar de bonita, a gruta está um pouco "abandonada" à sua sorte, e com sinais de vandalismo.

Do tecto, qual estalactite, pendem teias de aranha que fazem lembrar um cenário de terror. Nas rochas, grafitis que nem a água consegue apagar.

Aliás, diz-se que, quando o mar está agitado, é perigoso visitar a gruta, porque se fica ao nível do mar.

Mas dá-me ideia que não chegará a ocupar toda a gruta.

 

 

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Como podem ver, a gruta dá acesso ao mar, havendo quem por lá vá nadar, mergulhar, ou apreciar a vista naquelas rochas.

O piso é escorregadio, e com altos e baixos, pelo que temos que ter cuidado, mas compensa.

 

 

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Vista a gruta, há que fazer o percurso inverso, a subir.

E esperam-nos bastantes degraus, que nos obrigam a fazer exercício às pernas, até à estrada.

 

 

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