Lapa de Santa Margarida - Portinho da Arrábida
Não estava fácil escolher um passeio para o fim de semana.
Um prefere ir para norte. O outro, para sul.
Não queríamos algo muito longe, nem muito dispensioso.
Queríamos um sítio com natureza mas, ainda assim, os nossos gostos diferem.
Depois de várias hipóteses, sugeridas ao longo da semana, no sábado acabámos por escolher outra: a Lapa de Santa Margarida, no Portinho da Arrábida.
Dadas as circunstâncias, e o tempo disponível, acaba por ser muito tempo de viagem, para pouco tempo de passeio.
Mas vale a pena!
Estacionado o carro na estrada principal, ainda tivemos que fazer a caminhada até à rua que, depois, nos leva ao trilho por onde descemos, até à entrada da gruta.
Um trilho de escadas, fácil de percorrer até porque, para baixo, todos os santos ajudam!
Ao longo da descida, vamos começando a apreciar a paisagem que surge à nossa frente.
A entrada para a gruta é um pouco assustadora porque parece muito escuro, muito em baixo e, mal se entra, ouve-se o som do mar.
Para quem, como nós, não faz a mínima ideia do que irá encontrar, pode pensar que, a qualquer momento, entrará por ali uma onda.
Mas vimos pessoas a sair "ilesas", por isso...
Mal descemos, deparamo-nos com a Capela de Santa Margarida, onde é possível ver evidências de práticas religiosas, imagens, e onde algumas pessoas acendem velas.
Devo dizer que, apesar de bonita, a gruta está um pouco "abandonada" à sua sorte, e com sinais de vandalismo.
Do tecto, qual estalactite, pendem teias de aranha que fazem lembrar um cenário de terror. Nas rochas, grafitis que nem a água consegue apagar.
Aliás, diz-se que, quando o mar está agitado, é perigoso visitar a gruta, porque se fica ao nível do mar.
Mas dá-me ideia que não chegará a ocupar toda a gruta.
Como podem ver, a gruta dá acesso ao mar, havendo quem por lá vá nadar, mergulhar, ou apreciar a vista naquelas rochas.
O piso é escorregadio, e com altos e baixos, pelo que temos que ter cuidado, mas compensa.
Vista a gruta, há que fazer o percurso inverso, a subir.
E esperam-nos bastantes degraus, que nos obrigam a fazer exercício às pernas, até à estrada.