Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

1 Foto, 1 Texto #10

20230831_162152.jpg

 

Um dia, sentaram-se ali, os dois...

 

A olhar para o horizonte

A fazer planos

A idealizar sonhos

 

Apaixonados, acreditavam no amor

Imaginavam o seu lar

A família que iriam construir

 

Tinham a vida inteira pela frente

O mundo à sua espera

Promessas que iriam cumprir

 

 

Um dia, sentaram-se ali, os dois...

 

Recordaram as conquistas e as vitórias

Agradeceram os desafios, que os fortaleceram

Lamentaram as perdas, e os momentos tristes

 

 

Um dia, sentou-se ali, só...

 

Sem ter com quem partilhar aquele momento

O aperto no peito

A saudade no coração

As lágrimas no rosto

 

 

E, um dia, ninguém se sentou...

Tudo se desvaneceu

Tudo findou

A vida perdeu-se

 

Só o miradouro ficou...

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto

Alianças de namoro?!

(uma questão de perspectiva)

Sem Título4.jpg

 

Eu ainda sou do tempo em que elas se usavam fininhas, em ouro.

Ainda as tenho guardadas.

Normalmente, os casais compravam e começavam a usar ao fim de alguns meses de namoro.

 

Hoje em dia, imaginei que já não se usasse tal coisa.

À velocidade a que começam e terminam as relações que, na maior parte das vezes, já nem são apelidadas propriamente de namoro, não faria sentido gastar dinheiro.

 

Mas parece que sim, ainda há quem as use!

Agora em prata, mais largas, com gravações, a imitar anéis que qualquer pessoa poderia usar, no seu dia-a-dia, sem que os outros se apercebam de que é uma aliança de namoro.

 

Então e, nos tempos que correm, ao fim de quanto tempo é que se deve usar? E faz sentido usar?

É tudo uma questão de perspectiva!

 

Há quem considere que é um símbolo. E quem ache que é uma forma de posse sobre o outro.

Há quem considere que meia dúzia de meses será cedo. E há quem, ao fim de uma semana, já as use.

Há quem só queira usar quando as coisas ficam mais sérias. E quem coleccione alianças de várias relações em curto espaço de tempo.

 

Actualmente, no meu caso, não usaria.

Mas isso é porque não consigo usar nada nas mãos.

Já lá vai o tempo das pulseiras, anéis, relógio. Agora, está tudo guardado nas caixas.

 

E por aí, qual é a vossa opinião?

 

"A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista", na Netflix

AAAABWAMjDZSpqt3joWbBC5hcZEW5eh2q5Mz3vZOTxE4WP3GOU 

 

Embora o título o possa sugerir, este não é um filme sobre matemática aplicada ao amor.

Na verdade, é mais sobre como, por mais cálculos que se façam, por mais que se tente converter ou reduzir tudo em meros números, percentagens e estatísticas, no que respeita a sentimentos e emoções, esse método, simplesmente, não funciona.

 

De qualquer forma, o romance entre os protagonistas não é o foco principal do filme, até porque pareceu tudo demasiado fácil, e conveniente, sendo que as poucas dificuldades, com que se depararam, quase não interferem na história.

 

Hadley e Oliver apanham o mesmo voo para Londres.

Por "obra do destino", conhecem-se e apaixonam-se. 

No entanto, à chegada, separam-se. Cada um tem os seus compromissos e, apesar de não deixarem de pensar um no outro, não têm forma de saber onde estão, nem de se contacterem.

 

Hadley irá ao casamento do seu pai, com uma mulher que não conhece.

Desde o divórcio que pouco fala com o pai, com quem tinha uma óptima relação, e sente que ele não lutou por ela, pela mãe e pela família.

Aliás, Hadley não percebe porque é que as pessoas se casam uma segunda vez, prometendo as mesmas coisas que da primeira, se não pretendem cumprir nada daquilo, quebrando-as constantemente. Tão pouco percebe porque tem, o amor, que ser ostentado e exibido para toda a gente, com uma grande festa, uma grande cerimónia, quando o verdadeiro amor, na sua opinião, é tão mais simples.

Mas, talvez, esta seja a oportunidade para Hadley ver as coisas de uma outra forma e, quem sabe, dar uma nova oportunidade ao pai.

Uma coisa é certa: por mais que acreditemos que, ao ter cometido erros numa primeira relação, aprendemos, e já não os vamos repetir numa nova história, as coisas não funcionam bem assim. Porque a nova pessoa não é a primeira, logo, a relação também será diferente e, por isso mesmo, podemos não cometer aqueles erros, mas cometer outros. Ou seja, nunca haverá uma garantia de que a segunda relação (ou as que vierem a seguir) irão resultar.

Se, ainda assim, vale a pena tentar, é outra conversa, e caberá a cada um decidir. 

 

Oliver veio a Londres para a homenagem fúnebre, em vida, da sua mãe.

A estudar estatísticas em Nova Iorque, Oliver veio participar em algo que todos nós deveríamos fazer, ou ter direito, quando realmente sentido.

Porque de nada adianta, depois da pessoa morrer, dedicar-lhe palavras bonitas que ela já não irá ouvir.

Tessa lutou, há vários anos, contra um cancro. Uma luta que parecia ter vencido. Mas a vida trocou-lhe as voltas e, agora, ele voltou e Tessa está condenada.

Oliver não consegue aceitar que a mãe tenha desistido da quimioterapia, que lhe daria mais alguns meses de vida. A típica atitude egoísta de quem não sabe o que a pessoa doente sofre, só desculpável porque é apenas a saudade a falar mais alto.

É isso mesmo que Tessa explica ao filho: de que não adiantaria viver mais uns meses, doente, debilitada, sem ser ela própria, quando, no fim, morrerá na mesma.

Ela prefere viver o tempo que lhe sobra à maneira dela, e isso inclui esta homenagem, sob o tema de Shakespeare, em que junta família, amigos e pessoas que lhe querem bem, para uma despedida divertida.

 

Quanto ao casalinho, Hadley e Oliver, como já tinha referido, foi tudo demasiado fácil, e essa foi a parte que menos me cativou.

 

 

 

1 Foto, 1 Texto #9

20230921_085617.jpg

 

O dia amanheceu cinzento...

Amanheceu chuvoso...

 

Essa chuva que tantos pedem... Que tantos agradecem...

Chuva abençoada, dizem...

 

Alguns... Porque nem todos a adoram. Nem todos a apreciam.

 Ainda assim, mesmo àqueles que não gostam dela, em algum momento, a chuva sabe bem.

 

O ar purifica, depois da chuva levar (e lavar) todas as energias e poeiras que o contaminavam. 

Tudo (e todos) ganham uma nova frescura.

Como se reanimassem. E reavivassem.

 

Quando para, ainda que por breves instantes, a chuva deixa a sua marca.

Uma prova de que por cá passou.

Pequenas gotas que adornam as folhas verdes.

O cheiro a terra molhada.

A atmosfera mais leve.

 

E depois?

Depois...

Ou volta a cair, até limpar tudo...

Ou se dissipa, por entre as nuvens que abrem aos poucos, e o sol que espreita no céu.  

 

 

 

 

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto

 

 

Pág. 1/4