Saw X e Scream (2022)
(em dia de Halloween, dois filmes de terror... mas pouco)
"SAW X" estreou há pouco tempo no cinema.
Este fim de semana, a minha filha perguntou-me se queria vê-lo com ela.
Como já tinha visto vários filmes anteriores da franquia, fiquei curiosa.
Apesar de ter sido o último filme a sair, a história desenrola-se entre o primeiro e o segundo filme. Daí que seja logo um ponto contra, porque vimos filmes em que John Kramer estava morto e, agora, afinal, ele ainda está vivo.
Tirando esse ponto negativo, a trama até começa de forma interessante.
Vemos um John muito fragilizado, mais velho, na fase terminal da sua doença - um cancro no cérebro - com apenas alguns meses de vida, se tanto. E chegamos mesmo a sentir pena dele.
Num grupo de apoio, ele conhece outras pessoas em condições semelhantes sendo que, um dia, encontra um desses "parceiros" de terapia na rua, e fica a saber de um tratamento experimental que promete a tão desejada cura milagrosa.
Pensando que ainda tem muito trabalho a fazer, e numa tentativa de ganhar a sua vida de volta, John entra em contacto com a Dra. Cecilia Pederson, viaja até ao México, e é submetido a uma cirurgia e tratamento à base de químicos, em troca de uma quantia choruda.
Agradecido, John volta ao local onde foi tratado, mas descobre que tudo não passou de um embuste, de um esquema para extorquir dinheiro. Percebe que nunca foi operado, e que nenhuma daquelas pessoas era quem dizia ser.
A partir daí, segue-se a "vingança", ou melhor, a oportunidade de redenção de cada uma das pessoas envolvidas.
E é mais do mesmo. Compreendo a intenção, mas não estou de acordo com os métodos. É tudo muito doentio.
Apesar de o final surpreender, é um filme que pouco trouxe de novo, e que nada acrescenta.
"SCREAM" (2022) está na Netflix.
Até pensei que seria o último. Só depois percebi que não, até porque nada do que tinha visto no trailer aparecia no filme, e o último é deste ano.
Ainda assim, e porque também acompanhei boa parte da saga, vi-o.
Gostei das novas personagens, embora não consiga gostar do actor que interpreta o Wes (parece que o actor tem sempre a mesma expressão e actua da mesma forma em tudo o que entra).
E gostei de rever as personagens antigas.
Desconfiei, desde o primeiro instante, de um dos assassinos. O outro foi uma surpresa.
Ainda assim, soa tudo muito forçado. Um hospital onde só está uma paciente, nenhum pessoal - médicos, enfermeiros, auxiliares, administrativos - à noite, ali pelos corredores.
As típicas cenas de suspense na casa de banho, ou quando se abre e fecha portas, sempre a dar a entender que o assassino vai aparecer ali.
Motivação para os crimes um pouco estapafúrdia. E crimes cometidos com demasiado facilitismo.
Quando saíram os primeiros filmes, de cada uma destas sagas, uma pessoa era mais nova, e os próprios eram uma novidade.
Agora, já não acho grande piada a nada disto.
Com muita pena minha.