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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

O Dia da Defesa Nacional

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Não é do meu tempo, mas calhou à minha filha.

Já sabíamos, desde o ano passado, que este mês teria que comparecer.

E não víamos a hora de esse dia passar.

 

Isto de querer impingir as coisas à força, de obrigar a participar num dia que, acredito, só traz trabalho e dor de cabeça a quem tem que o gerir,  e que poucos frutos dá, é só mesmo para cumprir calendário.

 

A minha filha teria que se apresentar na Base Aérea de Sintra, oficialmente denominada Base Aérea N.º 1 (base primeira da Força Aérea Portuguesa) – considerada por todos o “berço da Aeronáutica Militar em Portugal”.

A Câmara Municipal de Mafra facultou autocarros para levar os jovens até ao local, e trazer de regresso pelo que, com essa questão, não tivemos que nos preocupar.

Mas andei a pesquisar relatos de outros jovens que já tivessem cumprido o seu dever, e a opinião era unânime - levar comida, ou dinheiro para comprar alguma coisa nas máquinas. Porque estão lá o dia todo e só oferecem almoço que, na maior parte das vezes, não é grande coisa.

 

Portanto, chegado o dia, que por acaso esteve ensolarado, lá foi, cedíssimo, munida de comida, para um dia de seca.

Sem ninguém conhecido a ir no mesmo dia que ela (e mesmo que fosse, corria o risco de serem separados), foi ao lado de uma desconhecida no autocarro.

À chegada, teve a sorte de ficar na mesma sala que a dita desconhecida, e a elas se juntou uma outra, também sozinha, pelo que formaram ali um mini grupo de camaradagem.

 

Numa espécie de regresso às aulas, a parte da manhã foi de palestras, com intervalos pelo meio, e com "professores" mais descontraídos.

A seguir ao almoço (que até se comeu) foram visitar o Museu do Ar,  um museu de material aeronáutico da Força Aérea Portuguesa, também situado na Base Aérea de Sintra.

Actividades mais práticas, não houve. Não que ela tivesse particular interesse em participar, mas sempre cativaria mais a malta.

E acabaram por dar o dia por terminado mais cedo.

 

Dever cumprido. Para ela.

Para outros, ainda há-de chegar a vez.

 

A febre do Natal chegou a Mafra!

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Chegou, e bem alta.

Para mim, é um exagero.

Já não bastava as iluminações habituais, o mesmo presépio, árvore de natal e carrocel de sempre, as barraquinhas e a música natalícia durante mais de um mês, agora lembraram-se de encher a vila de presentes.

É presentes nas fachadas das lojas, das casas, nas árvores e sei lá mais onde. E que desperdício de papel, fita e caixas (se vier um daqueles vendavais típicos desta época, quero ver onde vão parar todos).

Mas, no meio de todo esse exagero, não posso deixar de destacar estes apontamentos natalícios, pela sua originalidade!

 

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Um boneco de neve feito de pneus

 

 

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Confesso que um trenó teria mais lógica, mas que este carocha está bonito, está

 

 

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Sim, poderiam dar cada um destes ursos a crianças que não têm um único brinquedo, mas que é uma decoração diferente, lá isso é

 

 

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O marco do correio para as cartas a enviar ao Pai Natal, embora não saiba bem qual o destino real das mesmas, e o que farão com elas

 

 

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Não está tão aperaltada como o carocha, mas não deixa de estar simples e elegante

 

 

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Embora considere exagerada a quantidade de embrulhos com que enfeitaram tudo, confesso que gosto desta ideia para os laços

 

PS.: Mesmo sem o saber, acabei por, com esta publicação, responder ao Desafio de Natal do José da Xã! Participem também 

1 Foto, 1 Texto #18

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Gostava de andar por aí, livre.

Mostrar-me como, realmente, sou.

Mas não posso.

 

Nem sempre é fácil andar com uma carapaça, mas ela é tudo que tenho, para me proteger.

A minha "concha" ajuda a que ninguém repare em mim. 

Como uma camuflagem, para que ninguém se aperceba da minha presença.

 

Não que toda a gente o faça, mas há sempre quem se aproxime, curioso.

Quem se queira aproveitar da minha forma de ser.

Quem só queira ver, de mim, o que quer ver. Sem me querer, mesmo, conhecer.

 

Há quem pense que gosto de me exibir.

De andar por aí e deixar a minha marca.

Mas enganam-se. 

 

Posso até adaptar-me às condições, e às situações.

Posso habituar-me à companhia de outros seres.

Consigo partilhar os mesmos espaços. 

 

Mas eu gosto mesmo é de estar na minha vidinha.

Sem chamar a atenção.

Em paz e sossego.

 

Longe da crueldade.

De quem só me quer para satisfazer os seus caprichos.

Ou para me usar numa qualquer experiência que só me magoará. 

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto 

"À Rédea Solta", na Netflix

À Rédea Solta: Dia dos Namorados | Site oficial da Netflix 

 

Esta série estava na minha lista há imenso tempo.

Demorei vários meses a decidir-me a vê-la, não porque não me agradasse (se fosse o caso nem estava na lista), mas por ter 3 temporadas, e a minha paciência para tantos episódios já não ser a mesma.

Mas, verdade seja dita, também já não a tenho para filmes que são mais do mesmo. Sem cor. Sem ritmo. 

No fim de semana passado, pensei: "Vejo o primeiro episódio, e logo se vê".

 

E não parei!

Já vi as 3 temporadas, e só não ainda não "devorei" os especiais do Dia dos Namorados e de Natal, em parte, por falta de tempo e, também, porque depois acaba, e vou sentir falta.

Das paisagens, dos cavalos, das personagens.

 

A história começa com a chegada de Zoe, Rosie e Maggie a Bright Fields, para passar o verão.

Rosie é a filha mais nova de Maggie, totalmente citadina, e vai ter dificuldade em adaptar-se ao campo.

Já Zoe, a filha mais velha, sente que aquele lugar era tudo o que precisava. Ainda mais, depois de criar uma ligação única e especial com Raven, um cavalo selvagem de quem poucos se conseguem aproximar.

 

O que mais destaco nesta série:

 

A amizade e união - Há entre as personagens mais jovens uma grande amizade e união, mesmo quando parece que já não têm tempo umas para as outras, ou se chateiam por qualquer motivo. Mas, quando é para ajudar, reerguer, lutar, todos estão do mesmo lado.

 

A inteligência dos cavalos - Quem gosta e lida com animais, seja de que espécie forem, sabe como eles são especiais. Como falam connosco, à sua maneira. Como são inteligentes. Nesta série, sem dúvida que Raven, Bob e Ariel mostram o quão especiais podem ser. Raven, na sua forma de comunicar, de expressar o que sente. Bob, pelas suas capacidades, embora seja menosprezado. E Ariel, por ter, no seu momento mais delicado, procurado a protecção e os companheiros que queria nessa hora.

 

Aventura, mistério e suspense - Não é só uma série sobre adolescentes e cavalos. Tem, ainda, como ingredientes, muita aventura e suspense, até porque alguém anda a roubar cavalos, e o mistério que envolve a lenda do Cavalo Fantasma. Depois há uma passagem secreta para um castelo que, supostamente, estaria desabitado, e o mistério da caixa que tanto pode dar sorte, ou amaldiçoar.

 

Redenção - Existe, como em tudo na vida, os bons e os vilões. Mas, é uma série que nos deixa a pensar que, lá está, não podemos encarar as coisas só a "preto e branco". Porque os bons cometem erros, e os maus conseguem, querendo, mudar. Ninguém é perfeito, mas não tem que ser condenado pelos erros cometidos, se estiver disposto a corrigi-los.

 

Perdão - Fazer as pazes com o passado. E não só. A determinado momento, Maggie diz a Zoe "Não se pode forçar o perdão". Ele tem que vir naturalmente. Na maior parte das vezes, vem. Todos merecem uma segunda, uma terceira, e porque não, uma quarta oportunidade. E os animais perdoam facilmente, se sentirem que é verdadeiro.

 

Ultrapassar receios - Nem sempre é fácil. Por vezes, escondemo-nos. Viramos costas. Abdicamos. Mas só é preciso tempo. E vontade. O resto, acontece.

 

Romance - Desde o primeiro momento que torci para que a Zoe e o Pin ficassem juntos. A série quis trocar-me as voltas, mas mantive sempre a esperança de ver estes dois juntos. Já a Mia ficaria bem com o Marcus. No entanto, também as coisas não foram facilitadas. Mas não é só entre os adolescentes que o romance impera. Também há lugar para ele com os mais velhos, porque nunca é tarde para amar.

 

 

19 ideias de Zoe e Raven❤ | rédea solta, filmes, cavalos

 

Como disse logo no início, Zoe e Raven são os grandes protagonistas.

Ela vai fazer de tudo para não se separar do "seu" cavalo, lutando para que não só não o consigam roubar, como também para que a legítima proprietária não o leve para longe.

No fundo, com todo o enredo envolvente, onde não faltam tradições medievais e realeza à mistura, o principal é proteger os cavalos da ilha, tanto os dos estábulos, como os selvagens.

E Pin, a minha personagem favorita, o cavalariço cuja vida vai sofrer uma enorme mudança, é um dos maiores protectores destes animais.

É uma série que nos diverte, que nos faz rir, que nos emociona, que nos faz chorar, que nos revolta, que nos faz sonhar, que nos leva até à ilha, e nos faz sentir que estamos lá a participar em todos os acontecimentos.

Vale a pena ver!

 

 

Quando "a folha" está demasiado riscada...

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Por vezes, a folha está riscada demais para que consigamos escrever o que quer que seja nela.

Já tantas vezes foi escrita, riscada, reescrita, aproveitando-se o que ainda ia sobrando em branco, que chega a um ponto em que já não dá para muito mais.

Já tantas vezes foi usada, dobrada, amachucada, desdobrada, alisada, que está demasiado marcada, e velha, para que a escrita ainda saia como se desejaria.

Deixa-se de perceber o que quer que nela estivesse.

Deixa-se de ter vontade de ainda aproveitar qualquer espaço, por mais pequeno que seja, porque se sabe que não dará para escrever muito.

Já serviu, um dia. Foi desenrascando. Mas, agora, não tem salvação.

 

Escrever numa folha nova?

Em branco?

Começar do início?

Seria o ideal.

Mas já não há força, nem vontade, para escrever uma nova história.

Até porque, o mais certo, seria acontecer o mesmo à nova folha.

 

Por isso, vai-se mantendo a velha.

Aquela que já conhecemos. A que já estamos habituados.

Mesmo que já só se guarde de recordação.

Que já não dê para acrescentar nada de novo.

Que já não tenha solução...

 

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