Quando vejo jovens adolescentes de 15/ 16 anos já com planos bem definidos do que querem para a vida, o que vão estudar, o que querem fazer, para onde querem ir (ainda que possam não vir a concretizar, pelos mais diversos motivos), custa-me, depois, ver outros jovens, com 19/ 20 anos, que parece que pararam no tempo.
Que não estudam. Que não trabalham. Que vivem às custas dos pais/ avós.
Que ficam à espera que (nem sei bem do quê) a sorte lhes bata à porta.
Uma coisa é tentar, e não conseguir.
É procurar, e não lhes ser dada uma oportunidade.
É esforçar-se, ainda que o resultado não seja o esperado.
Outra, é ficar a ver a vida a passar, sem tomar qualquer iniciativa.
Faz-me confusão que jovens, nestas idades, não queiram ganhar o seu dinheiro, nem que seja para gastar com eles próprios. Que não queiram essa independência financeira, sobretudo quando não há ninguém na família com grande suporte nesse sentido.
Não gostam de estudar? Paciência. Se não conseguem pela via normal, vão pela alternativa. O 12º ano é cada vez mais indispensável para se arranjar trabalho.
Querem um determinado trabalho mas neste momento não dá. Aceitem outro, temporariamente.
Mas vão à luta.
Não se fiquem pelo pensamento, sentadinhos no sofá, à espera que a comida, a roupa, o dinheiro e o emprego de sonho apareçam miraculosamente.
Agora é que é o momento.
De fazer pela vida, porque a vida não se faz por ninguém.