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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Pelas furnas da Ericeira

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No sábado fomos até à Ericeira.

O tempo ameno em Mafra fez-nos ir até lá dar uma volta mas, claro, como já seria de esperar, na Ericeira não estava tão ameno. Estava um ventinho fresco típico de Janeiro.

E também o mar estava a combinar.

Sou daquelas pessoas que tanto adora um mar calmo no verão, para entrar nele, como agitado no inverno, para apreciar.

Ainda por cima, com maré cheia.

 

 

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Já tinha saudades de ver as ondas rebentarem nas furnas, proporcionando um bonito espectáculo natural.

Havia muita gente por ali, não só a passear, mas também a fotografar, ou filmar este show.

As ondas iam alternando: ora quatro ou cinco fortes, ora um período de calmaria.

E, claro, elas não esperam nem posam para a câmara.

Ou se tem a sorte de as captar, ou se aprecia directamente.

Com muita "sorte" até somos brindados com os salpicos resultantes da rebentação.

Aliás, devia ser por isso que a atmosfera parecia meio nublada, esbranquiçada, apesar de não haver nevoeiro explícito.

 

 

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Comprar comida estragada

Canja De Galinha Rapaz Carácter - Arte vetorial de stock e mais imagens de  Canja de Galinha - Canja de Galinha, Galinha - Ave doméstica, Galinha -  Fêmea de animal - iStock

 

No supermercado onde faço as compras ao fim de semana costumam ter, aos sábados, canja para venda.

Nas últimas semanas tenho comprado.

Confesso que nem sempre tem o melhor aspecto. 

Muitas vezes parece que puseram lá dentro pedaços enormes de frango mastigado, e não desfiado. 

Muitas vezes parece que estamos a comer, literalmente, frango com massa.

Muitas vezes, sinto que em vez de canja, estou a comer açorda.

Se, das primeiras vezes, ainda se apanhavam os ovos típicos da canja - umas tinham, outras não - agora, lembrram-se de cozer ovos, e pôr lá para dentro. Portanto, em cada caixa vêm vários pedaços de ovo cozido.

Mas tudo isto ainda se ignora, porque dá para desenrascar e variar.

 

Este sábado, comprei 3 caixas de canja, como habitualmente.

Como sempre, feita nessa manhã.

O meu marido ia comer uma ao jantar. Ia... Mas não comeu.

Queixou-se que estava estragada.

E, realmente, tinha um cheiro esquisito. Mas, como ele também é esquisito, esperei por domingo, para provar uma das outras.

Aqueci, pus uma colher na boca e... esqueçam! Que horror. Aquilo estava intragável.

 

A sorte foi que, como aqueci na caixa, foi só tapá-la. 

Ainda cheguei a pô-la no lixo mas comecei a pensar que não podia ser uma pessoa gastar dinheiro e ficar sem ele, e sem a comida.

Liguei para o supermercado, e expliquei a situação.

Disseram-me para lá ir.

Levei as 2 caixas que ainda tinha (a do marido foi logo para o lixo), e devolveram-me o dinheiro dessas duas.

 

De qualquer forma, ainda tive que esperar que viesse uma funcionária da padaria para ver as canjas.

Disse-lhe: esteja à vontade para provar!

Ah e tal, mas a canja foi fervida?

Fervida? Não, aqueci, provei, e deitei logo para fora.

Ah e tal, às vezes é do transporte.

O transporte foi cerca de 10 minutos, daqui para casa.

Ah e tal, o tempo tem estado quente.

Ah e tal, não cheira a estragado.

Só desculpas.

 

Mas lá ficou com as canjas, e eu com o dinheiro que já me tinham dado.

Acho que tão depressa não volto a comprar.

Lá terei que voltar eu a fazer sopa.

Quando duas peças parecem não encaixar

(A propósito do Dia Mundial do Puzzle)

Puzzle grande com fotografia

É fácil dizer "se tentarmos, se fizermos um esforço, se nos decidarmos a isso, se realmente for isso que queremos, conseguimos".

Não é bem assim.

Simplesmente, há peças que encaixam, e outras que não.

Tentar encaixar duas peças de um puzzle, que já percebemos que não podem ser encaixadas, é negar o evidente, e ignorar o óbvio.  

Claro que podemos insistir. Forçar. Mas de que adianta? Elas continuarão sem encaixar. Com sorte, ainda acabam por ficar danificadas.

Ou, então, podemos sempre tentar moldá-las para que se ajustem. Tirar um bocadinho daqui. Acrescentar um bocadinho dali.

Mas, para quê? Por pura teimosia?

As peças deixam de ser o que são, perdem uma parte de si, ganham outra que não faz parte de si, só para se encaixarem?

E, ainda que encaixando, será que farão sentido? 

Então, talvez se deva, em vez de insistir em encaixar duas peças que, simplesmente, por mais que se tente, não encaixam, procurar a peça certa.

Porque ela estará algures por aí. Pode é demorar mais tempo a encontrá-la.

 

1 Foto, 1 Texto #27

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Sou apenas um ser, entre milhares... Milhões...

Longe de mim pensar que sou mais importante que os demais.

Quando nascemos, já sabemos que a nossa estadia neste mundo é curta.

Cabe-nos desempenhar o nosso papel e, uma vez concluído, espera-nos a morte.

Levamos uma vida de trabalho, um dia a dia atarefado. Para depois voltarmos ao ninho.

Podemos até voar horas a fio, e por longas distâncias mas, no fim, é sempre ao solo que voltamos.

 

Há vidas melhores.

Há vidas piores.

Mas...

Todos parecem esperar tanto de nós.

Todos parecem contar connosco para tanto.

Todos nos atiram com tantas expectativas. Com tantas responsabilidades.

E nós?

O que podemos esperar de quem quer que seja?

Com quem podemos contar?

Ou estaremos condenados à só nos termos, ainda que rodeados de tantos outros seres?

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto

 

Tentar encher um copo que já está cheio

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Quando um copo está vazio, pode ir ser enchido com o que se quiser, e na quantidade que se entender.

Ainda que ele fique cheio se, volta e meia, for esvaziado, ou for perdendo algum do seu conteúdo, há sempre espaço para levar mais qualquer coisa.

O problema, é tentar encher um copo que já está cheio. Aí, não adianta porque, o que quer que se lá queira colocar, não vai ficar.

O copo não leva mais, e começa a deitar para fora.

Por menor que seja a quantidade do que se lá quer pôr, ou por melhor que seja a qualidade, comparativamente ao que lá estava antes, primeiro há que esvaziar, arranjar espaço, ou não servirá de nada.

Vai-se continuar, inutilmente, a tentar deitar lá para dentro, e vai tudo transbordar, sem que nada fique.

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