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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Desta semana

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Em modo "sobrevivência às constipações"

 

Não bastava a dor de cabeça e de garganta, tinha que vir a tosse.

Uma constipação à moda antiga, portanto.

Daquelas que já não tinha desde antes do Covid.

 

Isto é chás de manhã e à noite.

É pastilhas e rebuçados.

É comprimidos para a tosse.

 

É dormir com 4 almofadas (e um torcicolo). Dormir, como quem diz, tentar. Porque as primeiras horas são a tossir. Até as gatas se assustam, e fogem da cama! Pudera.

É acordar com dores nas costas e abdominais. E em modo zombie.

É pôr qualquer coisa na garganta e senti-la a arder, de tão inflamada que está.

É tentar controlar os ataques de tosse no trabalho, sem sucesso.

É querer falar e a voz sair rouca, e aos bocados.

E melhoras? Nem vê-las.

 

Mas até evito ir ao médico.

Ainda na semana passada fui lá, por causa da garganta, e disse-me que estava normal! Um pouco inflamada e inchada, mas nada de mais. Para beber chás e continuar com as partilhas.

Receitou-me uns comprimidos que, afinal, à garganta, segundo a farmacêutica, pouco ou nada faziam: eram para dor de cabeça. Acabei por não comprar.

 

No entanto, numa coisa tinha razão: consumir mel.

Já o meu marido me diz a mesma coisa.

Só que eu não gosto de mel. Só de pensar...

Mas pronto, rendo-me às evidências: após duas doses, a tosse abrandou.

Fiquei mal disposta, e enjoada. Mas a tosse deu-me umas tréguas temporárias.

 

E é isto.

Em semana de Carnaval e Dia dos Namorados, pouca disposição houve para brincar ou para romance.

Mas um dia em casa soube bem!

 

 

 

 

"Um Dia", na Netflix

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Esta minissérie estreou no dia 8 de Fevereiro na Netflix, e já está a dar que falar.

Depois do livro, e da adaptação a filme, chega agora a série, que acompanha Emma e Dexter ao longo de quase 20 anos, através de um dia específico, de cada ano - 15 de julho.

O dia não terá sido escolhido ao acaso: 15 de julho é um dia decisivo no Reino Unido. É o Dia de São Swithin e será o momento em que o tempo para os próximos 40 dias será conhecido. Se chover, vai chover por 40 dias, se fizer sol, vai fazer sol nos próximos 40 dias. A lenda conta ainda que o dia 15 de julho estreita laços, traz novidades e tudo que acontece ao longo desse dia, acontecerá pelo resto das vidas dos seus protagonistas.

 

Portanto, Dex e Emma conhecem-se no dia 15 de julho de 1988, dia em que comemoram a licenciatura nos respectivos cursos e, o que poderia ser um romance, ou uma aventura de uma noite, acaba por se transformar numa espécie de amizade que perdura ao longo dos anos seguintes.

 

Cada episódio, à excepção dos dois últimos, corresponde ao dia 15 de julho de cada um dos anos seguintes, e mostra como estão os protagonistas, e a sua relação, nesse ano específico.

Confesso que, apesar de nos irem sendo dadas algumas dicas sobre o que aconteceu no resto de cada um dos anos, acabamos por perder muita informação da história, e tudo acaba por ser muito fugaz e superficial, sem aprofundar muito.

 

Os episódios são relativamente curtos e, por isso, embora tenha catorze episódios, vê-se bem.

Pelo menos, a partir do 4º.

Estive muito perto de desistir de a ver, porque os primeiros episódios são muito "mornos", mas li tantos comentários a dizer que era uma série extraordinária e comovente, que acabei por continuar a vê-la.

E não, não achei assim tão boa, ou tão comovente, a ponto de derramar lágrimas sem fim, e gastar uns quantos lenços de papel.

Mas é melhor do que a minha primeira impressão. E tem duas ou três cenas mais fortes, que fizeram valer a pena.

 

Voltando à história, depois da primeira noite, em que falam de planos para o futuro e expectativas relativamente ao rumo a dar às suas vidas, agora que são licenciados, Dex e Em seguem cada um a sua vida.

E, quando se voltam a encontrar, percebem que a vida nem sempre é como idealizaram, e que os sonhos acabam por ficar arrumados na gaveta.

Há uma diferença entre eles: Emma é uma pessoa simples, trabalhadora, sonhadora, mas com os pés assentes na terra; Dexter sempre teve tudo o que quis, e acaba por não ter nada do que quer, talvez porque nem sequer saia bem o que quer. Emma quer mudar o mundo para melhor. Dexter quer ser rico. Emma não se deslumbra facilmente, e encara a vida dura, quando assim tem que ser. Dexter refugia-se nas drogas e no álcool, quando as coisas complicam.

Mas também têm alguns pontos em comum: ambos têm medo de assumir o que sentem, em lutar pelo que querem e, por isso, vão-se acomodando, cada um na sua vida, com os seus altos e baixos, e relações fugazes que, nem por isso, os fazem mais felizes.

 

É bonita de ver a amizade entre os dois, sobretudo ao início, em que cada um consegue fazer vir ao de cima o melhor do outro, e estar lá para o outro.

O problema começa quando a amizade entre eles é ameaçada, sobretudo pelo comportamento de Dexter.

Até 2007, vamos acompanhando o crescimento de ambos, os sucessos e fracassos, as relações amorosas falhadas, com alguns anos de afastamento, de reencontros e de duros golpes para os dois.

E talvez seja essa a razão para gostarmos da série: mostra pessoas reais, vidas reais, problemas reais, sem floreados.

Com tudo o que possa haver de bom. E de mau...

 

 

 

 

 

 

1 Foto, 1 Texto #30

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Quantas vezes não ouvimos por aí que determinadas pessoas têm o chamado "potencial"?

E quantas vezes os outros nos fazem ver que temos que acreditar no nosso potencial?

Ou o contrário. Muitas vezes somos nós que tentamos fazer ver aos outros o seu potencial.

De certa forma, e de alguma maneira, que será diferente para cada um, pode-se dizer que todos o temos.

Mais vincado ou mais discreto.

Mais visível ou mais camuflado.

Em maior ou menor grau.

Tal como a Natureza que é, ela própria, um constante potencial.

 

Mas não basta, apenas, ter potencial, se não houver, ou não soubermos criar, as condições para ele se desenvolver, desabrochar e dar frutos.

Se não nos dedicarmos, se não nos empenharmos, se apenas deixarmos que o potencial se manifeste por si só, é provável que nunca venhamos a tirar o melhor partido dele.

Que acabe por esmorecer. Sem nunca lhe termos dado oportunidade de se manifestar no seu auge.

 

Pelo contrário, se soubermos reconhecê-lo, explorá-lo, adaptá-lo, ele pode ser um grande aliado.

Podemos ter um solo favorável, mas nem por isso germinar o que lá se plantar.

Por outro lado, podemos ter todo um conjunto de condições adversas e, ainda assim, ver a semente germinar.

Mas, se aliarmos um solo fértil e as condições favoráveis, então aí o potencial transformar-se-á em algo real, em todo o seu esplendor.

 

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1Texto