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Uma boa dose de suspense, uma pitada de humor e ironia, crítica social qb.
Histórias que nos remetem a outros tempos, a outras gentes, a outras gerações.
Às aldeias, ao campo, à labuta e trabalho duro de outrora.
E, ao mesmo tempo, tão actuais.
Transportadas para a metrópole. Para este século em que vivemos.
Como se, de certa forma, algumas coisas se mantivessem inalteradas. Como se fossem intemporais.
Porque há coisas que nunca mudam.
E uma delas é a morte.
Que está, muitas vezes, presente nestes contos.
A estagnação. A corrupção. A intrujice.
Mas também as verdadeiras amizades, o espírito de entreajuda, a camaradagem.
A aceitação sem julgamentos.
A bondade.
O relembrar de que alguns valores, apesar de estarem em perigo de extinção, ainda não caíram totalmente em desuso.
E, claro, não poderia faltar o amor!
Do mais atrevido, ao mais envergonhado. Do mais arrebatado, ao mais tranquilo.
Do proibido, ao consentido.
Amor de pais. Amor de irmãos. Amor romântico.
É por entre tudo isto que o José vai des(a)fiando, conto a conto, deixando-nos, muitas vezes, a querer saber mais sobre aquela história, e aquelas personagens, com a sensação de que estava apenas a começar e, na verdade, era o fim!
Agradeço ao José pelo livro que, gentilmente, me ofereceu, e espero que continue a brindar-nos, seja aqui ou no papel, com a sua escrita!
Capa: Olga Cardoso Pinto
Obra: José da Xã
- Vejam só esta "maravilha"! - disse o homem que por ali andava a tratar do jardim.
- É gira, mas não exagere. - afirmou a miúda.
- Já vi flores mais bonitas. - respondeu o rapaz.
- Acredito. Mas continuo a dizer que esta é uma "maravilha"! - defendeu o homem.
- Se o diz. Gostos não se discutem. - disseram os jovens que, dando por concluída a conversa, se afastaram e foram à sua vida.
- Não perceberam nada! - riu-se o homem.
- Maravilha é o nome da flor!
A título de curiosidade, as flores costumam abrir no final da tarde para o anoitecer, e assim permanecem até antes do amanhecer, ou em parte da manhã, se o dia estiver nublado. Cada planta pode apresentar flores de diversas cores, e cada flor pode, ela própria, ter manchas, raios e salpicos de cores diferentes.
Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto
Estreou no passado dia 1 de Julho, e pode ser vista todas as segundas-feiras, na TVI, ou na totalidade, na Prime Video.
Claro que eu não consegui esperar, e fui ver todos os episódios.
Tal como nas temporadas anteriores, considero que a ideia era boa, a intenção estava lá, mas não me convenceu muito.
A forma como começa cada episódio faz-nos parecer que houve um corte de algumas cenas ali pelo meio, entre o final de um, e o início do outro e que, só mais tarde, ou nem isso, ficamos a saber.
São muitas as dúvidas e pontas soltas que ficam por responder ou explicar, nomeadamente, quanto à morte, à tentativa de violação, e ao roubo das joias.
Quem é, realmente, culpado do quê, e o que é que fica por desvendar, sendo que a série, quantos a estes acontecimentos, supostamente, acaba aqui?
Relativamente ao Miguel, é tão forçada a forma como o tentam incriminar e culpar, sabendo nós que ele nunca faria tal coisa, que não resulta. Deveriam ter optado por deixar no ar vários suspeitos, várias pistas mais ténues.
Ao mesmo tempo, dá a ideia de que trataram toda a trama com demasiada ligeireza, sem dar a devida importância aos acontecimentos, e à forma como eles impactam em cada uma das personagens.
De resto, temos a "má" a ser boa, as "boas" a tornarem-se "mean girls", o cordeiro a vestir a pele de lobo, e os lobos a vestir a pele de cordeiros.
E, no final, tudo parece explicado, tudo está de volta ao normal, sem mais segredos.
Mas, será mesmo assim?
Imagem: mcnews
Quantas vezes serão necessárias "resgatar" alguém, até que a pessoa perceba que esse resgate não é uma nova prisão?
Até que perceba que aquele resgate significa liberdade?
Um recomeço?
Uma nova oportunidade?
Na verdade, só é necessária uma: aquela em que a própria pessoa se resgate a si mesma!
Acho que isto resume a história deste filme.
Angel era a prostituta mais desejada e cobiçada daquele bordel.
E, ao contrário das colegas, ela parecia resignar-se com aquela vida, sem planos para o futuro, sem sonhos, sem qualquer tipo de sentimento.
No fundo, ela encerrou-se a si, a todas as suas memórias, e a tudo o que de bom viveu há muitos anos, num lugar bem escondido, transformando-se apenas num corpo presente.
Vendida para a prostituição ainda criança, após a morte da mãe, abandonada, de uma forma ou de outra, por todos, à sua sorte, a menina doce e feliz que ela, um dia, foi deu lugar a uma mulher fria que, a determinado momento, convencida de que nunca voltará a ter a sua vida de volta, até prefere morrer.
Michael é um agricultor que quer casar e construir uma família, e pede a Deus que lhe dê um sinal, da mulher que ele escolher para si.
É assim que chega até Angel.
E a resgata uma vez. E outra vez.
Mas ela parece não aceitar que merece aquilo que ele tem para lhe dar: o seu amor, e uma vida nova.
Por isso, ela acaba sempre por fugir. Por voltar àquilo que conhece. Ora por livre vontade, ora forçada.
E Michael acaba por perceber que não adianta ir buscá-la de novo. Ela terá que vir por si mesma. Se ela assim quiser.
São muitos fantasmas e demónios do passado que a impedem de ver o que pode ser o seu futuro.
Angel parece condenada, sobretudo quando a pessoa de quem ela fugiu há muitos anos, a reencontra de novo, e a ameaça.
Resta saber se Angel irá arranjar coragem para, finalmente, se salvar, a si, e a outras meninas que estão agora a passar pelo pesadelo que ela já passou, e que lhe roubou toda a confiança, inocência, e felicidade.
Disponível na Netflix, e penso que também na Prime Video.