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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"Des(a)fiando Contos", de José da Xã

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Uma boa dose de suspense, uma pitada de humor e ironia, crítica social qb.

Histórias que nos remetem a outros tempos, a outras gentes, a outras gerações.

Às aldeias, ao campo, à labuta e trabalho duro de outrora.

 

E, ao mesmo tempo, tão actuais.

Transportadas para a metrópole. Para este século em que vivemos.

Como se, de certa forma, algumas coisas se mantivessem inalteradas. Como se fossem intemporais.

Porque há coisas que nunca mudam. 

 

E uma delas é a morte.

Que está, muitas vezes, presente nestes contos.

A estagnação. A corrupção. A intrujice.

Mas também as verdadeiras amizades, o espírito de entreajuda, a camaradagem.

A aceitação sem julgamentos.

A bondade.

O relembrar de que alguns valores, apesar de estarem em perigo de extinção, ainda não caíram totalmente em desuso.

 

E, claro, não poderia faltar o amor!

Do mais atrevido, ao mais envergonhado. Do mais arrebatado, ao mais tranquilo. 

Do proibido, ao consentido.

Amor de pais. Amor de irmãos. Amor romântico.

 

É por entre tudo isto que o José vai des(a)fiando, conto a conto, deixando-nos, muitas vezes, a querer saber mais sobre aquela história, e aquelas personagens, com a sensação de que estava apenas a começar e, na verdade, era o fim!

 

Agradeço ao José pelo livro que, gentilmente, me ofereceu, e espero que continue a brindar-nos, seja aqui ou no papel, com a sua escrita!

 

Capa: Olga Cardoso Pinto

Obra: José da Xã

 

A Maravilha

(1 Foto, 1 Texto #48)

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- Vejam só esta "maravilha"! - disse o homem que por ali andava a tratar do jardim.

- É gira, mas não exagere. - afirmou a miúda.

- Já vi flores mais bonitas. - respondeu o rapaz.

- Acredito. Mas continuo a dizer que esta é uma "maravilha"! - defendeu o homem.

- Se o diz. Gostos não se discutem. - disseram os jovens que, dando por concluída a conversa, se afastaram e foram à sua vida.

- Não perceberam nada! - riu-se o homem.

- Maravilha é o nome da flor!

 

 

A título de curiosidade, as flores costumam abrir no final da tarde para o anoitecer, e assim permanecem até antes do amanhecer, ou em parte da manhã, se o dia estiver nublado. Cada planta pode apresentar flores de diversas cores, e cada flor pode, ela própria, ter manchas, raios e salpicos de cores diferentes.

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto 

Morangos com Açúcar - Temporada de Verão

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Estreou no passado dia 1 de Julho, e pode ser vista todas as segundas-feiras, na TVI, ou na totalidade, na Prime Video.

Claro que eu não consegui esperar, e fui ver todos os episódios.

 

Tal como nas temporadas anteriores, considero que a ideia era boa, a intenção estava lá, mas não me convenceu muito.

A forma como começa cada episódio faz-nos parecer que houve um corte de algumas cenas ali pelo meio, entre o final de um, e o início do outro e que, só mais tarde, ou nem isso, ficamos a saber.

São muitas as dúvidas e pontas soltas que ficam por responder ou explicar, nomeadamente, quanto à morte, à tentativa de violação, e ao roubo das joias.

Quem é, realmente, culpado do quê, e o que é que fica por desvendar, sendo que a série, quantos a estes acontecimentos, supostamente, acaba aqui?

 

Relativamente ao Miguel, é tão forçada a forma como o tentam incriminar e culpar, sabendo nós que ele nunca faria tal coisa, que não resulta. Deveriam ter optado por deixar no ar vários suspeitos, várias pistas mais ténues.

Ao mesmo tempo, dá a ideia de que trataram toda a trama com demasiada ligeireza, sem dar a devida importância aos acontecimentos, e à forma como eles impactam em cada uma das personagens. 

De resto, temos a "má" a ser boa, as "boas" a tornarem-se "mean girls", o cordeiro a vestir a pele de lobo, e os lobos a vestir a pele de cordeiros.

E, no final, tudo parece explicado, tudo está de volta ao normal, sem mais segredos. 

Mas, será mesmo assim?

 

 

 

 

 

 

 

 

Imagem: mcnews

 

Um Amor Incondicional (Redeeming Love)

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Quantas vezes serão necessárias "resgatar" alguém, até que a pessoa perceba que esse resgate não é uma nova prisão?

Até que perceba que aquele resgate significa liberdade?

Um recomeço?

Uma nova oportunidade?

Na verdade, só é necessária uma: aquela em que a própria pessoa se resgate a si mesma!

Acho que isto resume a história deste filme.

 

Angel era a prostituta mais desejada e cobiçada daquele bordel. 

E, ao contrário das colegas, ela parecia resignar-se com aquela vida, sem planos para o futuro, sem sonhos, sem qualquer tipo de sentimento.

No fundo, ela encerrou-se a si, a todas as suas memórias,  e a tudo o que de bom viveu há muitos anos, num lugar bem escondido, transformando-se apenas num corpo presente.

Vendida para a prostituição ainda criança, após a morte da mãe, abandonada, de uma forma ou de outra, por todos, à sua sorte, a menina doce e feliz que ela, um dia, foi deu lugar a uma mulher fria que, a determinado momento, convencida de que nunca voltará a ter a sua vida de volta, até prefere morrer.

 

Michael é um agricultor que quer casar e construir uma família, e pede a Deus que lhe dê um sinal, da mulher que ele escolher para si. 

É assim que chega até Angel.

E a resgata uma vez. E outra vez.

Mas ela parece não aceitar que merece aquilo que ele tem para lhe dar: o seu amor, e uma vida nova.

Por isso, ela acaba sempre por fugir. Por voltar àquilo que conhece. Ora por livre vontade, ora forçada.

E Michael acaba por perceber que não adianta ir buscá-la de novo. Ela terá que vir por si mesma. Se ela assim quiser.

 

São muitos fantasmas e demónios do passado que a impedem de ver o que pode ser o seu futuro.

Angel parece condenada, sobretudo quando a pessoa de quem ela fugiu há muitos anos, a reencontra de novo, e a ameaça.

Resta saber se Angel irá arranjar coragem para, finalmente, se salvar, a si, e a outras meninas que estão agora a passar pelo pesadelo que ela já passou, e que lhe roubou toda a confiança, inocência, e felicidade.

 

 

Disponível na Netflix, e penso que também na Prime Video.