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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

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"A Imperatriz" - segunda temporada

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A nova temporada começa com todas as expectativas centradas na segunda gravidez de Isabel que, esperam, dê à luz o tão desejado herdeiro do trono.

No entanto, acaba por nascer uma segunda menina, e o parto complicado acaba por colocar a vida de Isabel em risco. 

E, ainda que que salve, não será aconselhável voltar a engravidar, pelo que haverá aqui um primeiro conflito entre vida pessoal, e deveres reais.

Por um lado, a pressão para engravidar quantas vezes forem necessárias, até conseguir o dito herdeiro. Por outro, o receio do que possa acontecer. E o querer ser mais do que uma mera parideira, com tudo o que está a acontecer no Império.

 

Isabel passará ainda por uma provação mais dura, que colocará em causa a sua vida, o seu casamento, e tudo aquilo pelo qual lutou.

Perdida, sem rumo, sem conseguir seguir em frente, Isabel refugia-se junto da sua família.

Enquanto Francisco sofre, sozinho, entre a iminência de uma guerra que não deseja, e as suas batalhas pessoais.

Mas se, na primeira temporada, Francisco parecia um mero "fantoche", aqui ele conseguirá, por fim, tomar uma atitude e fazer valer a sua própria vontade.

 

Destaque ainda para a abordagem castradora da homossexualidade na época, e para a educação rígida, com castigos e punições para "curar" e libertar do pecado, desde tenra idade.

E para o casamento do arquiduque Maximiliano com Maria Carlota da Bélgica. 

Exilado após a traição ao irmão e ao Império, Maximiliano não vê qualquer sentido na sua vida, até que o irmão o chama para uma missão.

Agora, sendo-lhe dada uma oportunidade de se redimir, e apaixonado, Maximiliano acredita que recuperará o apoio, e o amor, da sua família.

Mas, talvez, seja puro engano.

 

Nesta temporada conseguimos ver, também, um pouco de humanidade na arquiduquesa Sofia, mãe do imperador que, até então, estava camuflada.

Conseguimos ficar com uma ideia de que, por tudo o que passou ao longo da sua vida, Sofia teve que colocar uma carapaça de mulher fria, rígida e insensível, escondendo qualquer sentimento dos olhares de todos à sua volta.

É essa a imagem que tenta passar, a de uma mulher prática, calculista, ciente dos seus deveres, e do seu papel, enquanto mulher, na sociedade, colocando o Império acima de tudo. E é isso que espera das mulheres da família.

Apesar disso, por breves instantes, percebemos que pode ser uma mulher afectuosa.

Que se preocupa, à sua maneira, com a sua família.

E que também quebra.

Será essa, aliás, a imagem mais marcante da temporada.

 

Com 6 episódios, a segunda temporada deixa tudo em aberto.

Espero que não demorem outros dois anos a dar-nos a continuação da história.

 

 

 

 

Imagem: netflix