A efemeridade do amor
(1 Foto, 1 Texto #78)
Não de todos, claro!
Há amores que resistem. Que sobrevivem. Que perduram.
Assentes em alicerces firmes.
Seguros por fortes raízes.
Mas, outros, são tão efémeros como esta flor.
Tão difícil de despontar.
E quando, finalmente, o consegue, apesar de todas as adversidades, logo vê o seu fim chegar.
Num dia, estava ali, solitária, a querer mostrar que era possível, mesmo que as expectactivas fossem mínimas.
E, no seguinte, já lá não estava.
Como um amor que morreu, ainda mal tinha começado.
Porque, tal como a árvore onde esta flor nasceu, que um dia já floriu e deu frutos em todo o seu esplendor, e que agora parece condenada a meros galhos e meia dúzia de folhas, também há amores que estão destinados a ser breves.
A não vingar.
A estar condenados, ainda antes de acontecerem.
Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto