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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Na corda bamba

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A sensação que tenho, nestes últimos tempos, é de que estou a andar sobre uma corda bamba.

Não faço, sequer, a mínima ideia se, ou por quanto tempo, vou conseguir percorrê-la em equilíbrio.

Porque, quando comecei, devagarinho, pé ante pé, até estava confiante de que, talvez, quem sabe, fosse uma missão possível de levar a cabo, e com sucesso.

 

Mas bastou meia dúzia de passos para perceber que não. 

Para me relembrar que, aceitar este desafio, implicava passar o tempo todo em sobressalto.

Sabendo que, a qualquer instante, poderia cair para um lado, ou para o outro.

Sem qualquer segurança.

Que, se, ou quando, isso acontecesse, me iria magoar.

E que, com sorte, o empurrão fatal poderia vir daqueles que tinham prometido nunca me deixar cair.

 

Não foi por inocência.

Não foi por ignorância.

Não foi para provar o que quer que fosse, a quem quer que fosse.

Não foi, sequer, por mera competição. Para levar a melhor. 

Estava bem ciente daquilo a que ia, e do que poderia aí vir.

 

Mas, claro, quando estamos no meio da cena, a perspectiva muda, relativamente àquela que imaginávamos, antes de entrarmos nela.

Porque, aí, sentimos de perto a ameaça.

Vemos a dimensão da queda que nos espera.

E as mazelas que ela acarretará.

 

A única forma que tenho, de continuar o percurso, é alhear-me do que me rodeia.

Não permitir que as distrações me desestabilizem. E me desequilibrem.

Ignorar o ruído de fundo. Ignorar o óbvio. Abstair-me do perigo que corro.

O que, neste momento, está a ser difícil.

 

Ou, então, dar-me por vencida.

Afinal, gosto de saber com o que conto.

Ter os pés bem assentes em terra firme.

Prefiro a segurança, à instabilidade.

 

Posso até tropeçar, e cair na mesma.

Mas o tombo não será tão grande.