Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

"O Hospital de Alfaces", de Pedro Chagas Freitas

Capa.jpg 

 

Creio que foi o primeiro livro que li, deste autor.

Fi-lo, porque me andava constantemente a aparecer à frente a publicidade do mesmo.

E por curiosidade. Pelo título. E por alguns comentários ao mesmo.

 

Não é livro para mim.

Percebo a intenção. Compreendo (acho eu) a mensagem. 

Mas não me cativou.

 

São "chavões" a mais, impingidos para reforçar ideias.

Não me transmitiu qualquer emoção, como seria de supor.

Limita-se a debitar acontecimentos, sentimentos e frases, que mais parecem de auto-ajuda, sem conseguir envolver na história.

 

 

Citações do Livro:

 

"Não morres de coração congelado; só ficas mais difícil de derreter."
 
 
"Somos sempre mais complicados que os problemas que inventamos."
 
 
"Encobrimos o que sentimos como quem esconde o lixo debaixo do tapete. Depois tropeçamos nele, fingimos que a culpa foi do tapete."
 
 
"A única maneira de te manteres vivo é aprenderes a ridicularizar o que te mata."
 
 
"Se precisas de te perder para te encontrares, talvez devas começar a andar mais sem mapa."
 
 
 
Sinopse:
 
"A história de três gerações: avô, pai e filho entrelaçam-se em momentos tocantes que nos fazem refletir sobre o efémero da vida e como o amor nos salva em todos os momentos.
Este livro é uma história de amor. A mais bela das histórias de amor.
Aqui há hospitais, é verdade.
Há pais que choram, há mães que esperam, há filhos que resistem.
Acima de tudo, há amor.
Amor como cura, como anestesia, como diagnóstico.
Amor que não cabe nas paredes de um quarto de hospital,
nem nas palavras que tentam explicá-lo.
O Hospital de Alfaces é isso.
Uma história que dói, mas que abraça.
Uma história que sangra, mas que salva.
Uma história para quem já amou ao ponto de se perder.
E que descobriu que, mesmo perdido, ainda é possível continuar."

A erva-de-são-roberto

(1 Foto, 1 Texto #89)

1000028800.jpg

 

Há umas semanas, disseram-me: 

- Encontras facilmente, isso anda aí por todo o lado, sobretudo junto a muros velhos.

E eu:

- Está bem. Mas, mesmo que veja, não saberei identificar.

 

Erro meu, de não ter prestado atenção aos ensimanentos do meu pai.

Ele falava-me desta erva, e chegou a mostrar-me, várias vezes, em criança.

 

Recentemente, ao ver uma fotografia que tinha tirado, fui pesquisar o que era.

A resposta: erva-de-são-roberto.

Precisamente, aquela que eu queria.

 

Pena que continue sem saber onde encontrá-la.

Não me consigo lembrar do sítio onde a foto foi tirada!

 

E duvido que, a encontrá-la noutro sítio qualquer, a consiga reconhecer!

 

Texto escrito para o Desafio 1 Foto, 1 Texto

 

"A Loja de Flores", na Netflix

AAAABaMTZaicvzWDWnLfN7976VnISSuKSMKq-9dmNhJmJlW86D

 

"A Loja de Flores" ou, no seu título original, "Tuiskoms", é uma série sul-africana que estreou, em Fevereiro, na Netflix.

Andava ali, na minha lista, meio perdida até que, agora, uns meses depois, chegou a sua vez.

E só posso dizer: vejam!

É daquelas séries que não sabemos que precisávamos de ver, até a vermos.

 

É uma série leve, cómica, que nos faz rir.

É romântica, sem ser lamechas.

É real, sem ser demasiado melodramática.

É divertida, comovente, hilariante, emotiva, humorística.

 

Faz-nos pensar.

No que é realmente importante. 

No que queremos, verdadeiramente, para a nossa vida.

No que estamos a desperdiçar, a deixar passar ou fugir.

E no que temos de agarrar, e a quem (ou a quê) nos agarrar, para sermos felizes.

 

Faz-nos reflectir.

Entre os que partem, e já não estão mais entre nós.

E as pessoas que chegam à nossa vida, seja por que motivo, ou propósito, for.  

A linha que separa as memórias de uma vida que não pode mais ser vivida, e a promessa da uma nova vida que está à espera de ser vivida.

 

E se tudo isto ainda não vos convencer, há mais: livros, e um clube de leitura; e flores, e uma loja familiar que se mantém aberta por "amor". Bonitas paisagens, sobretudo as quintas onde são cultivadas as flores.

Há escrita. Há arte. 

Há amizade verdadeira. Há amor.

Há passados dolorosos, presentes desastrosos, e futuros promissores.

Há um desmistificar de vários preconceitos e ideias pré formadas.

 

Se ainda não deu para perceber, reforço, gostei mesmo da série!

E recomento a todos.

 

E não poderia deixar de destacar estes dois diálogos, e uma das frases finais, que me marcaram:

 

"As pessoas dizem para avançarmos.
Como se o desgosto e a dor fossem uma doença.
Algo que pode ser curado.
Mas instala-se no teu interior.
Torna-se parte de ti.
 
Então...
... e se a dor não passar?
 
Sobrevives.
E esperas.
Esperas não ser engolido por tudo."
 
 
 
"... o amor é uma doença com que todos nascemos. E passamos a vida à procura de uma cura.
A cura, claro, são os outros.
Por vezes, temos sorte e somos curados pela união das almas.
Outras vezes, a cura é um veneno que nos destrói lentamente sem nos apercebermos.
 
O que se faz aí?
 
Com sorte, encontras o antídoto.
 
E isso é o quê?
 
O antídoto é libertarmo-nos.
Cuspir o veneno e continuar a procurar até termos a cura verdadeira.
Doa o que doer.
Se pararmos de procurar, paramos de viver."
 
 
 
"Não podemos evitar a morte mas, com sorte, se o Universo for gentil, encontraremos luz até na escuridão."

 

 

Um "eu" perdido

1000025483.jpg 

 

Olho para o meu "eu", que deixei para trás há uns meses. 

Já não me identifico muito com ele.

Observo o meu "eu" de um passado recente, muito diferente do anterior.

No entanto, também não me revejo nele.

 

O meu "eu", do presente, está perdido. 

Entre aquele que não quer voltar a ser, e aquele que tem dúvidas de conseguir voltar a ser.

Ainda assim, está mais perto de se voltar a fechar, do que abrir.

E isso nunca é bom.

 

Se o pudesse comparar com algo, seria com um gato.

Não com todos, claro. 

Com aqueles a quem sabe bem serem acariciados, ou mimados, mas não em demasia.

Aqueles que, quando passa da fase em que sabe bem, para aquela em que já é demais, retribuem com uma arranhadela, ou uma dentada, estabelecendo um limite, e afastando.

 

O meu "eu", do presente, está perdido.

Entre as dúvidas que se vão infiltrando, os pensamentos contraditórios que se vão acomodando, os sentimentos confusos que nele vão habitando.

Entre a esperança, e a desconfiança.

Entre a realidade, e uma sabotagem mental à mesma.

 

Diria o meu "eu" imaginário, resolvido e assertivo, que devo viver a vida, e entregar-me aos momentos, sem receios. Porque, se sair magoada, isso nada tem a ver comigo, mas com quem me magoar.

No entanto, também esse "eu" me diria que, se estiver numa situação em que não me sinta confortável, então, é porque não é boa para mim.

Há que sair dela. Eliminar esse desconforto, que não levará a lado nenhum.

 

Mas o meu "eu" real, continua perdido.

Como se ainda esperasse a poeira assentar. O mar acalmar. O nevoeiro dispersar.

Para pensar, e perceber, com clareza, que rumo seguir.

 

"Um Mais Um - A Fórmula da Felicidade", de Jojo Moyes

image.jpg

 

Percebemos que é amor quando todo o ruído, bagunça, confusão e desordem, de que sempre nos afastámos, agora nos fazem falta.

Quando percebemos que aqueles momentos em que a nossa vida estava, de certa forma, virada do avesso foram, apesar disso (ou talvez por isso), momentos felizes.

 

"Um Mais Um" mostra-nos, de forma dura e crua, que nem sempre adianta ser positivo, ou pensar positivo.

Que nem sempre os problemas se resolvem por si só. Nem, muitas vezes, com esforço. 

Há momentos em que, quando parece que as coisas não podiam ser piores, o universo arranja forma de provar que sim, ainda podem piorar mais.

Que a vida não é fácil. E, tão pouco, justa. 

 

Mas também nos mostra que tudo fica menos difícil, quando não estamos sós.

Quando partilhamos a nossa história. Quando aceitamos ajuda. 

Quando dividimos o peso do fardo que carregamos.

Quando temos alguém, verdadeiramente, ao nosso lado.

Alguém que seja, por uma vez, positivo quando, do outro lado, a esperança foge por entre os dedos. Só para equilibrar a balança.

Alguém que nos dê paz. Que faça os nossos filhos sentirem-se seguros e tranquilos.

Alguém que nos faça rir.

Alguém que dê um novo sentido à nossa vida. E faça sentido, na nossa vida.

 

Jess trabalha duplamente, para poder cuidar dos seus filhos, Tanzie e Nicky.

Embora Nicky não seja seu filho biológico, ela assumiu essa responsabilidade já que o pai do rapaz, seu ex-marido, não quis saber dele.

Nicky é vítima de bullying e agressões físicas, por se atrever a ser diferente. Os agressores, saem sempre impunes, porque não há como provar nada.

Tanzie tem a oportunidade de participar numa Olimpíada de Matemática, algo que ela adora, e ganhar uma bolsa para uma boa escola, que a impediria de vir a ser uma vítima, tal como o irmão, na escola onde este estuda.

Para isso, Jess tem de a levar até à Escócia, ainda que não tenha qualquer dinheiro para essa viagem.

 

Ed é um nerd que, juntamente com um amigo, criaram uma empresa de sucesso, prestes a fazer um novo lançamento.

No entanto, Ed deita tudo a perder quando se envolve com uma mulher do seu passado, que o engana para obter lucro, à custa de informações privilegiadas que ele, sem pensar, lhe dá. 

Agora, Ed perdeu tudo aquilo pelo qual sempre trabalhou, e arrisca-se a ir para a prisão.

Mas não é isso que o incomoda. É o facto de ter "traído" o amigo, e de desiludir o seu pai, que está a morrer de cancro.

 

Quiseram, as circunstâncias, que as vidas de Ed e Jess se cruzassem, nos piores momentos de ambos.

E quis, o destino, ou o que quer que seja, que esses piores momentos fossem, para todos, os seus melhores momentos.

Claro que, como tudo na vida, não duram para sempre.

E o pior, ainda está por vir.

 

O que esperar quando já não se espera nada?

Em quem, ou no quê, confiar ou acreditar, quando toda a confiança, em todos os sentidos, foi quebrada?

Como dar a volta sem escorregar, ainda mais, na lama, da qual ainda não se conseguiram levantar?

 

"Um Mais Um" é uma bonita história, que nos faz ter alguma fé na humanidade, acreditar que ainda existe bondade e justiça no mundo.

Que não podemos julgar todos da mesma forma, pelos erros que cometem. 

E que nunca é tarde para se ser feliz.

 

SINOPSE:

"Uma mãe por conta própria

Jess Thomas faz o seu melhor, dia após dia. É difícil lutar sozinha.

E, por vezes, assume riscos que não devia. Apenas porque tem de ser…
Uma família caótica
Tanzie, a filha de Jess, é uma criança dotada e brilhante a lidar com números, mas sem apoio nunca terá oportunidade de se revelar.
Nicky, enteado de Jess, é um adolescente reservado, que não consegue sozinho fazer frente às perseguições de que é alvo na escola.
Por vezes, Jess sente que os filhos se estão a afundar…
Um desconhecido atraente
Ed Nicholls entra nas suas vidas. Ele é um homem com um passado complicado que foge desesperado de um futuro incerto. Ed sabe o que é a solidão. E quer ajudá-los…
Uma história de amor inesperada
Um mais um - A fórmula da felicidade é um romance cativante e original sobre duas pessoas que se encontram em circunstâncias difíceis."

Pág. 1/5