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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

De quem é a culpa?

 

Quando tudo corre bem, é maravilhoso! Quando corre mal, alguém é responsável!

Li no outro dia, a propósito da morte daquele estudante em Lloret del Mar, um artigo em que, de certa forma, se responsabilizavam os pais dos estudantes, que os autorizam a participar nessas viagens de finalistas.

Achei completamente injusta essa constatação.

Ora, por exemplo, naquele caso do acidente de autocarro na Suíça, quem poderia ser responsabilizado pela morte de todas aquelas crianças que seguiam no autocarro? Eram crianças, não podemos imputar-lhes a responsabilidade. Será o condutor? É o responsável mais óbvio. Mas, não seriam os pais também responsáveis, uma vez que foram eles que permitiram que as crianças viajassem?
De qualquer forma, de nada adianta agora andarmos a acusar uns e outros pelas mortes. Simplesmente, nada disso lhes trará de novo a vida. Nem a daquelas crianças, nem a deste rapaz.

Terão uma quota parte de responsabilidade os pais, porque na sua boa fé o deixaram ir, terá uma quota parte de responsabilidade o filho, que não deveria ter estado na varanda, terão uma quota parte os amigos que poderiam, quem sabe, ter evitado, terá uma quota parte o hotel, que deveria ter maiores medidas de segurança? Talvez...ou talvez não...
Aconteceu. Foi, provavelmente, um acidente como poderia ter sido outro qualquer, perto ou longe de casa. Quantos acidentes não ocorrem, por vezes, até à nossa frente.

Não digo que não se devam apurar responsabilidades, se as houver, porque de facto deve ser feito. Mas deixemos isso para quem o poderá fazer melhor e com base em factos concretos.
Para este caso como o de Lloret del Mar, e outros, nada tem a ver o conhecer-se bem os filhos até porque, muitas vezes, eles agem de uma maneira à nossa frente, e quando não estamos por perto de outra. Até nós, na nossa adolescência, fomos um pouco assim!

E se as probabilidades de este tipo de acidentes ocorrer com estudantes irresponsáveis, que não sabem tomar conta de si próprios e se metem em sarilhos, são grandes, não significa que não possam acontecer até com aqueles mais sossegados, certinhos e responsáveis.