Criança por perto? Não fume!
Eu estou de acordo com a teoria desta proibição, mas não vejo na prática um resultado positivo.
Nunca fumei, sempre detestei o fumo de tabaco. Lembro-me que, quando ia a uma discoteca, só me deitava depois de pôr a roupa toda na máquina e tomar um banho, para tirar aquele cheiro horrível. O meu primeiro namorado fumava, não muito. O meu ex-marido fumava muito mais, mas em casa desde o primeiro dia foi proibido! E mais não podia fazer. Sempre tentei proteger ao máximo a minha filha, mas quando as pessoas não têm essa consciência, é escusado. E, quando nos separámos, foi impossível controlar os sítios para onde ele a levava. Só me restava recebê-la, dar-lhe um banho e agradecer por ser só de vez em quando.
Agora que ela é crescidinha, ela própria diz ao pai que ele não devia fumar, porque faz mal. Ele não quer saber. Esquece-se é que, se a ele faz 100% mal, a quem leva com o fumo faz bem pior. Já para não falar que ele fuma porque quer, os outros são obrigados a levar com o fumo.
Acho bem que não se fume na presença de crianças mas, acima de tudo, que seja uma decisão dos fumadores. Porque, por muito que proibam aqui ou ali, em locais públicos é uma coisa. Privacidade é outra. Então um fumador, no seu próprio carro, não pode fumar? E já agora, daqui a pouco também não pode na sua própria casa! Afinal, se é para proibir o acto na presença de crianças, os filhos também lá estão em casa.
Mas não estarão, de certa forma, a invadir um território que não lhes pertence? Não estarão a interferir com a liberdade de cada um?