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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Instinto, amizade e solidariedade

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O instinto de "mãe" de gatas

Uma das coisas que aprendi com a Sandra Pestana e a sua história com a Cleo foi que, por vezes, temos de seguir o nosso instinto e o nosso coração, e fazer aquilo que achamos ser o melhor para os nossos amigos de quatro patas.

Ontem foi dia de levar a Amora a fazer uns exames que exigiam jejum e aplicação de clisteres. Como não temos muito jeito para essas coisas, e porque nos disseram que o faziam no hospital, levámo-la mais cedo, para que pudessem ser eles a aplicar-lhe. Fomos, no entanto, avisados de que ela poderia não se sentir à vontade lá para fazer as necessidades e, nesse caso, não lhe fariam os exames.

Ligaram-nos ao final da tarde a informar que ela não tinha feito nada, que teria de passar lá a noite para lhe aplicarem novo clister, e os exames ficariam para o dia seguinte. Falaram com o meu marido, mas eu disse que queria lá ir falar com o médico.

Na verdade, não havia necessidade de ela passar lá a noite. A única questão era termos de ser nós a fazer aquilo que antes tentámos evitar - aplicar os clisteres. Segui o meu instinto e trouxemo-la de volta, ficando de levá-la no dia seguinte. Foi o melhor que fizemos. Nada como estar junto da família, na sua casa e com a sua amiga Becas.

Foi-nos dito que teria que continuar em jejum, o que não me agradou nada - já seriam quase dois dias sem comer - e que poderíamos dar água. Depois de algum tempo, mais uma vez segui o meu instinto e dei-lhe de comer! Ora se na véspera podia comer até 12 horas antes, porque não poderia ontem também? Claro que lhe dei só um bocadinho, porque ela tinha que esvaziar os intestinos todos.

Aplicámos o clister à hora combinada e esperámos.

 

Como reagiu a Becas a tudo isto? Amizade, e solidariedade!

Praticamente não comeu ao longo do dia, primeiro porque tirámos tudo às duas, depois, por solidariedade com a sua companheira.

E, por incrível que pareça, assim como a Amora não fez cocó enquanto esteve no veterinário, também a Becas se absteve de o fazer em casa.

Assim que a Amora chegou, e depois de se cumprimentarem, a Becas enfiou-se na transportadora da Amora. Só saiu, depois de a Amora ir, finalmente, à caixa, duas horas depois do clister ser aplicado. E só depois de a Amora fazer cocó é que a Becas foi também fazer!

 

Ora, se tivessemos deixado a Amora no hospital, teria passado a noite sozinha num ambiente estranho. Assim, dormiu com a Becas na nossa cama, ao pé de quem a ama.

 

Hoje, voltámos a aplicar outro clister. Já tínhamos decidido que, se não desse novamente para fazer, desistiríamos. Em casa não fez nada. Levámo-la para o hospital, com esperança de que seria desta.

Às 16, ligaram-nos a dizer que já tinham feito o exame, que tinha corrido tudo bem e que a Amora já estava acordada!

Valeu a pena tê-la trazido para casa, e ter-lhe dado aquele pedacinho de ração. Quem sabe se não ajudou até a que ela fizesse o serviço.

 

Sobre os exames, deram-nos boas e não tão boas notícias. As boas são que a Amora, aparentemente, não tem qualquer problema anatómico que lhe provoque a incontinência.

As menos boas são que continuamos às escuras quanto à causa dessa incontinência. E, para já, só temos 3 caminhos a seguir:

 

- efectuar uma TAC, mas teríamos que sujeitá-la a anestesia geral e outros procedimentos invasivos

- não fazer nada, se não nos causar incómodo

- tentar um "trial treatment" à base de medicação durante algum tempo, para ver como ela reage - algo quase a título experimental, que ainda irão estudar porque são raríssimos os casos de incontinência urinária em gatos tão jovens

 

A hipótese da causa neurológica continua a ser, na opinião do médico, remota.

Vamos optar, para já, pelo tratamento.

A esterilização continua a não ser recomendada, sob pena de tornar esta incontinência mais grave e permanente. Não esterilizando, corre outros riscos, mas talvez sejam um mal menor e a longo prazo.

 

Para já, está de volta a casa e às suas rotinas de sempre com a amiga Becas, que embora esteja volta e meia a implicar com a Amora, não pode já

 

 

viver sem ela!

Não há melhor hora para ir ao médico

 

Parece que a ameaça de segunda-feira se tornou real, e arrependi-me de não ter ido durante o dia de ontem ao hospital. Mas já era noite, já estava de pijama, e uma noite a dormir aguenta-se bem.

Mas o facto é que, enquanto não dormia, comecei a pensar bem no assunto.

Eu pertenço à Unidade de Saúde Familiar, o que significa que posso marcar consulta de urgência nesse espaço, e sou atendida no dia. Mas não há garantias de que seja logo após a marcação, ou tenha que aguardar algumas horas. Isto significava, provavelmente, mais uma manhã com dores.

Ora, pertencendo a esta unidade de saúde, só posso recorrer à urgência no SAP no horário em que a unidade está encerrada, até às 8 horas da manhã, ou a partir das 20h, e aos fins-de-semana. É certo que as consultas aqui são mais caras, mas valia a pena tentar.

Assim, levantei-me às 06.20h, despachei-me, e às 7h e pouco estava lá a marcar consulta. Claro que era a única, e fui logo chamada. E, afinal, até me saiu mais barato do que eu pensava!

Às 9h, já estava a comprar o antibiótico na farmácia! Não há melhor hora para ir ao médico do que esta em que quase toda a gente ainda está a dormir.

 

O que não me agradou nada, foi o médico de serviço. Não sei se foi por confiar na minha palavra, ou se foi para não ter trabalho, mas a única coisa que viu foi se eu tinha febre, e deu-me umas pancadinhas nos rins. Nem sequer fez análise à urina, como é costume. E tive eu a beber água e chá de propósito.

Entregou-me a guia de tratamento, disse que na farmácia já lá estava a receita, e que a guia era só para mim.

Chego à farmácia e explico o que o médico me disse. Afinal, a guia não era só para mim. É nela que estão os códigos de acesso à receita, uma vez que não os recebi no telemóvel! O que vale é que eu tinha levado a guia. 

Escusado será dizer que ninguém da família gosta deste médico que não tem lá muito boa fama, e continua a confirmar que eficiência não é com ele.

 

Já a farmácia, também não é aquela a que mais gosto de ir mas era a única disponível. A que é mais barata está de férias!

Quando perguntei o preço do antibiótico, ainda por cima genérico e, supostamente, mais barato, disse-me o valor e confrontei-a com o que estava escrito na guia de tratamento "este medicamento custar-lhe-á, no máximo, € 5,10".

Ah e tal, isso é o preço do medicamento mais barato que existe mas não temos aqui. Nem sempre temos medicamentos de todos os laboratórios e o mais barata que temos na farmácia é este.

E pronto, lá paguei porque queria era tomar o antibiótico o quanto antes e atacar a infecção antes que a coisa descambasse para algo mais grave.

 

O Dr. Palhaço - Fernando Terra

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Como já aqui contei, há uns anos atrás a minha filha teve que ficar internada no hospital de Torres Vedras, devido a uma doença que, até esse momento, nunca tinha ouvido falar - Púrpura de Henoch Schonlein.

Apesar de não ser nada de grave, ficou no hospital cerca de uma semana, num quarto isolado, onde estava sozinha. Como se isso não bastasse, só se podia levantar para ir à casa de banho. O resto do tempo, tinha que estar deitada na cama. Até mesmo para comer. Isto porque o único tratamento, para além de medicação para as dores, era descanso absoluto.

E assim passámos ali as duas os dias, tendo como entretimento a televisão, livros para ler, o Magalhães dela, que só podia usar alguns minutos de cada vez, e os estudos, para não perder o ano.

Ela brincava e dizia que estava num hotel de 5 estrelas. E, de facto, a sua situação era melhor que muitos casos que vemos por esses hospitais fora. Mas, ainda assim, não deixaram de ser dias monótonos, em que teria sabido bem uma visita de uns senhores de bata branca e nariz vermelho, mais conhecidos por Drs. Palhaços!

 

Fernando Terra, autor do livro "O Dr. Palhaço" e também ele um desses doutores quis mostrar, através deste livro, como é um dia na vida de um doutor-palhaço, e como é que estes profissionais lidam com todos os pacientes que visitam, e gerem as emoções que determinadas situações lhes despertam.

Esta obra conta com uma introdução escrita por Michael Christensen, o primeiro Doutor Palhaço do mundo, e director do Big Apple Circus Clown Care Unit, em Nova York.

Após uma primeira parte do livro, a título de pequena autobiografia do autor, Fernando Terra passa então a descrever um dia de trabalho no hospital, com a sua parceira.

Neste livro ficarão a saber que, para se ser palhaço, neste caso doutor-palhaço, não basta contar umas piadas, ter umas roupas engraçadas ou fazer truques. É um trabalho mais difícil do que possam imaginar, mas não se pode negar que, na maioria das vezes, muito compensador e gratificante.

Se têm curiosidade em conhecer melhor este mundo, e saber, por exemplo, porque é que:

 

- os doutores-palhaços têm que fazer uma espécie de aquecimento antes de iniciarem a sua missão

- é de extrema importância a relação entre estes profissionais e médicos e enfermeiros, e a informação que lhes é transmitida sobre cada um dos doentes 

- o primeiro quarto a ser visitado é sempre o último da lista

- algumas frases são proibidas ao lidar com os pacientes

- o improviso é uma valiosa ferramenta

- os doutores-palhaços trabalham em duplas

 

não deixem de ler este livro, que desvenda estes e outros segredos e curiosidades sobre um trabalho que nos é cada vez mais familiar. 

 

 

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A segunda edição vem em formato bilingue, podendo os leitores optar pela metade escrita em português, ou pela metade escrita em inglês.

 

Ao Hospital Veterinário do Atlântico...

 

...só posso estar grata por tudo o que fizeram pela nossa Becas!

Sim, podemos ter escolhido, sem saber, o sítio mais caro para a levar. E sim, poderia ter tido um acompanhamento e tratamento semelhante noutro hospital ou clínica. 

Mas foi ao Hospital Veterinário do Atlântico que fomos, e não nos arrependemos!

É certo que é um hospital privado e, como tal, se pagamos bem, temos o direito de ser bem servidos. Mas todo o pessoal que trabalha neste hospital, faz bem mais que isso!

Tanto os médicos veterinários, como as enfermeiras, são impecáveis, pessoas preocupadas e atentas, sempre disponíveis e prestativas, e com uma enorme simpatia para com os clientes e os seus animais.

Enquanto a Becas esteve internada, todos os dias me ligava um dos médicos para me informar como ela tinha passado a noite. Chegaram, inclusive, a ligar-me numa noite, após a visita, só para nos informar o resultado do exame que ela tinha feito depois de sairmos.

Enquanto a Becas esteve no hospital, e apesar de haver um horário próprio para visitas, sempre nos facilitaram as mesmas fora desses horários, já que aquela hora, estávamos a trabalhar. Obviamente que não podíamos ficar o tempo que seria de esperar, mas deixavam-nos estar com ela um bocadinho.

Sempre que ligamos para lá, para esclarecer alguma dúvida ou aconselharmo-nos sobre o melhor procedimento relativamente a um determinado assunto, atendem-nos com simpatia e de forma prestável.

Ontem, por exemplo, foi uma enfermeira que ligou de propósito, para saber como estava a Becas, depois de termos ligado na véspera a propósito de ela andar com diarreia.

Podem continuar a dizer-me que é assim porque pagamos para isso, mas há muitos sítios em que pagamos e ficamos mal servidos. E, neste caso, para além do dinheiro, é o amor genuíno pelos animais que move estas pessoas que fazem parte do hospital!

Um agradecimento muito especial à Dr.ª Diana, ao Dr. Rui Ferreira, à Dr.ª Ana Raposo, e às enfermeiras Joana, Sara, Vanessa, Letícia, bem como a todo o restante pessoal técnico que esteve, de alguma forma, envolvido no tratamento da nossa Becas!  

 

Visitem o facebook e site oficial do Hospital, e fiquem a saber mais sobre este hospital, aberto 24 horas por dia!

 

 

https://www.facebook.com/hvatlantico/

http://www.hvatlantico.pt/

Ora marcas tu, ora marco eu!

 

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Tinha uma consulta de Pediatria da minha filha, marcada para Dezembro de 2014.

Essa consulta foi adiada, pelo hospital, para este mês. Talvez por a médica ter ido embora e ser agora um novo médico a substituir.

Uma vez que não é uma consulta urgente, liguei para o hospital para ver se me podiam adiar para outra altura. Mesmo sem eu pedir, marcaram-me para 17 de Fevereiro. Achei óptimo, calhava nas férias de Carnaval e ela não teria que faltar à escola.

Agora, recebo uma carta a dar sem efeito a consulta, por motivos imprevistos. Palpita-me que os motivos imprevistos são o terem percebido que dia 17 é mesmo a terça-feira de Carnaval e o médico, provavelmente, vai brincar para outro lado! Marcaram-me para o início de Março.

Voltei a ligar, porque não me apetece que a minha filha falte às aulas, para adiar para mais tarde. Marcaram-me então, depois de eu pedir, para um dia nas férias da Páscoa. 

Estou para ver se me voltam a trocar as voltas de novo. Se assim for, desisto. De qualquer forma, ela já está mais que recuperada!