...pois só assim irá, também ele, aprender com os mesmos.
Muitas vezes damos por nós a aconselhar os outros, sobretudo aqueles que amamos, ou nos são próximos, a agir de determinada forma, ou a evitar certas coisas, comentários ou gestos, porque consideramos que serão um erro a evitar. Algumas vezes, dizemo-lo por intuição, por sexto sentido, ou sem qualquer motivo em concreto. Outras, porque nós mesmos o fizemos, e percebemos o erro que cometemos. Daí não querer que os outros caiam nesses mesmos erros. Daí querermos que eles ajam de forma diferente daquela que nós agimos como se, dessa forma, estivessemos a viver de novo a nossa vida, sem os erros que dela fazem parte, a corrigir os nosso próprios erros.
No entanto, por mais que queiramos proteger ou mudar o rumo daqueles que gostamos, não adianta tentar que eles não cometam erros. Porquê?
Porque nunca saberão que são erros, se não os fizerem. Para eles, vai ser sempre algo a experimentar, e algo de que estão certos ser o melhor, até que a vida lhes mostre o contrário. Por isso, só vão perceber que erraram, quando cometerem esses erros! Faz parte da vida.
A nós, resta-nos vê-los viver a vida, lutar da forma que acham melhor, mesmo que não seja a mais acertada, aconselhar mas sem impôr, estando presentes na hora em que tudo der certo mas, sobretudo, no momento em que eles perceberem que acabaram de cometer um erro.
Afinal, só não erra que não faz nada, e é com os erros que cometemos ao longo da vida que ganhamos ferramentas para enfrentar o futuro.
E, muitas vezes, só descobrimos o melhor, depois de experimentar o pior.