Quem diria...
Por esta é que eu não esperava!
Sempre utilizei água oxigenada para desinfectar feridas, e fico agora a saber que não o deveria ter feito. Ou, pelo menos, não é a solução mais eficaz para o efeito.
Contrariando a velha máxima "o que arde, cura", acabando com a tradição dos "ais" (provocados pelo contacto da água oxigenada com a ferida) e das "sopradelas" para aliviar o ardor, e derrubando a crença de que só quando deixar de formar espuma esbranquiçada, a ferida estará totalmente desinfectada e a caminho da rápida cicatrização, foi-me ontem explicado que o seu uso contínuo é desaconselhado.
Em vez disso, devemos limpar uma ferida lavando-a com água e sabão neutro, ou outros produtos mais tolerantes. O farmacêutico informou-me que uma primeira vez até podemos utilizar a água oxigenada para desinfectar, mas depois disso não.
De facto, ao cometermos esse erro, estamos a atrasar a cicatrização da ferida, além de não estar garantida a total limpeza e desinfecção.
A água oxigenada, embora passa ser considerada um bom desinfectante, com eficácia considerável na eliminação de microorganismos em pele intacta, não funciona tão bem como antisséptico, na eliminação de germes em feridas. Assim como também não distingue esses germes das células dos tecidos da ferida, agredindo ambos de igual forma.
É, então, preferível prosseguir o tratamento com antissépticos eficazes que não irritem nem agridam os tecidos, como por exemplo o Betadine.
E, assim sendo, já se está a ver que a minha filha, mesmo magoada no joelho, vai dar pulos de alegria quando lhe disser que já não vai ser preciso arder mais (e gritar que nem uma doida), para ela ficar boa!