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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quando começamos a desistir de procurar algo que não fazemos ideia onde possa estar

Procurar uma agulha no palheiro | Portugueasy

 

Num dia, temos tudo arrumadinho, organizado, cada coisa no seu respectivo lugar.

Depois, à medida que o tempo vai passando, vamos usando, tirando do sítio, e colocando depois, por falta de tempo, ou preguiça, para qualquer lado que seja prático, no momento.

E assim, ao longo de meses, e anos, lá se vai a organização. 

Porque nunca há tempo para arrumar quando ainda são poucas coisas, e acabamos por acumular tudo, dificultando a missão de procurar aquilo que há muito perdemos, não sabemos onde paira, nem onde possa estar.

 

Procuramos num lado, mas não está.

Procuramos noutro, mas só encontramos mais confusão.

E, às tantas, perguntamo-nos se, o que procuramos, ainda existirá. E se ainda existe, se algum dia o iremos encontrar. Ou encontrar a tempo.

Por vezes, quando não fazemos ideia de onde procurar, começamos a perder a esperança, e a achar que o melhor é dar por perdido definitivamente.

Se é certo que não devemos desistir, também é verdade que essa busca indefinida nos leva a perder muito tempo, sem saber se trará o resultado esperado.

E se até encontrarmos? Em que condições estará? Poderá voltar a ser usado? Servirá ainda o mesmo propósito? Ou foi tempo perdido para encontrar algo que, de qualquer forma, já não serve?

Quem sabe só assim, aceitando que não vale a pena procurar o que podemos nunca encontrar, ou que pode não estar no mesmo estado que um dia conhecemos, possamos dar oportunidade a algo novo.

 

Mas fica sempre a dúvida se, tendo a sorte de encontrar, não estaria tal e qual como tínhamos deixado, apenas abafado com tudo o que tínhamos, entretanto, atirado para cima...

 

Será a autodesresponsabilização uma atitude cobarde?

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Muitas vezes, quando nos fazem determinadas propostas, que obrigariam a que assumíssemos uma maior responsabilidade, declinamos, porque achamos que não nos podemos comprometer, sob pena de não conseguir cumprir.

Será essa uma atitude cobarde, de quem tem medo de assumir as rédeas, qualquer que venha a ser o resultado, de quem tem medo de não estar à altura, de quem não acredita que é capaz?

 

 

Quando delegamos nos outros, tarefas que até poderíamos facilmente cumprir, estaremos nós a agir como cobardes, que preferem assistir a alguma distância, do que pôr a mão na massa? 

De quem, simplesmente, não se quer dar a esse trabalho? 

 

 

Ou será, em muitos casos, uma atitude sensata e consciente?

Uma atitude de aceitação dos limites das nossas capacidades?

Uma atitude responsável que evitará futuros dissabores?

Uma atitude de autopreservação do nosso bem estar e saúde física e mental?

 

 

E implicará a nossa auto desresponsabilização, automaticamente, uma delegação de responsabilidades no próximo?

 

 

Poucos são aqueles que fazem algo sem receber nada em troca

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Vivemos numa época em que a preguiça afecta grande parte da humanidade.

Ainda assim, estaríamos bem se esse fosse o único problema.

Mas não. Não é só de preguiça que sofre o Homem.

É também de ambição desmedida.

E de, egoísmo, de egocentrismo, de simplesmente, não fazer nada que não lhe dê algo em troca. Que não traga recompensas, prémios, que não seja proveitoso para si.

 

Vivemos numa época em que a humanidade, ao invés de agir por vontade, desejo e prazer, ao invés de tomar a iniciativa sem saber o que dali pode vir, apenas se move quando lhes é, como diz o ditado popular, "acenada a cenourinha".

Se souberem que, no final, terão direito a ela, ainda os coelhos saem da toca e correm atrás. Mesmo que nunca a cheguem, efectivamente, a comer, vão iludidos. Mas, se não houver cenoura, nem se mexem. Não justifica o esforço, nem a perda de tempo.

 

É triste, mas é real... 

 

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Há pessoas com uma grande lata!

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Hoje de manhã, a chegar ao meu trabalho, o meu marido viu um lugar livre, e estacionou.

O condutor que vinha atrás também queria ali estacionar, e parou atrás de nós, enquanto o meu marido fazia a manobra.

O espaço, com jeito, dava para 4 veículos, mas o da frente deixou algum espaço à sua frente, logo, depois de estacionarmos, o espaço ficou escasso.

Mas o dito senhor não desistiu, e pediu ao meu marido se podia chegar o carro um pouco à frente. O meu marido chegou um pouco. Não dava.

O senhor insistiu que chegássemos o carro mais à frente. O meu marido respondeu que não podia chegar muito mais, senão corria o risco de o da frente lhe bater, ao sair, e de ele próprio não conseguir sair, ficando entalado entre os dois.

O senhor não mudou de ideias. Pelo contrário, disse que não havia problema porque não iria demorar muito, era só ir ao café.

Enquanto o meu marido chegava à frente uns milímetros eu, cá fora, disse ao homem que tinha mais à frente um espaço para estacionar que é para os utentes da farmácia. Se era assim tão rápido, podia lá parar.

Respondeu-me que não podia andar muito!

 

Para não dizer alguma coisa de que me arrependesse, perante este comentário e a insistência em colocar o carro entre o nosso e o de trás, sem espaço para isso, mesmo que lixasse toda a gente, fui embora, e o meu marido seguiu para o café.

 

Uns minutos depois, o meu marido viu outro carro lá estacionado, e o homem a vir de outro lado!

Afinal sempre pode andar mais uns metros!