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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Podem por favor fazer uma pausa...

 

..e não falar durante uns tempos de trails, maratonas, caminhadas e corridas?

É que tudo o que é demais enjoa e eu, que ainda nem sequer comecei a correr, já estou cansada de tanto ouvir falar destes assuntos.

Em casa, o meu marido está sempre a falar dos trails que gostava de fazer, das corridas em que se vai inscrever, dos sites que publicitam estas provas.

Parece que agora é moda toda a gente correr, toda a gente participar em provas, toda a gente escrever e falar sobre isso.

Toda a vida houve atletas e outras pessoas que fizeram e fazem da corrida um hobby, uma forma de estarem em forma sem gastar dinheiro, uma terapia. Mas não são esses que andam sempre a falar do assunto. Para esses é algo que faz parte da rotina, algo natural. Podem recomendar a esta ou aquela pessoa, incentivar, mas só isso.

Por outro lado, são muitos os novas adeptos desta modalidade que fazem questão de mostrar o que fazem, porque fazem, como, quando e onde fazem.

Às tantas, parece-me que as pessoas estão mais interessadas em mostrar que correm, do que na corrida propriamente dita. 

E até o termo mudou para uma palavra mais fashion - em vez de corrida, agora é running! Hoje em dia, em vez de as pessoas pegarem nuns ténis, num fato de treino, e saírem para a rua, vão agora também equipadas com telemóveis e outros equipamentos para registar por onde passaram, que tempo fizeram, os km que percorreram, etc. Há, inclusivé, programas para isso!

Acho um exagero! Mas como a moda está longe de passar de moda, podiam pelo menos fazer uma pequena pausa, e dar tempo de antena a outros assuntos? 

 

 

Será que os pais se preocupam mesmo com a obesidade dos filhos?

 

Li num post do blog http://paranoias-de-mae.blogs.sapo.pt que, entre as 10 maiores preocupações dos pais em relação aos filhos, de acordo com um estudo efectuado pelo Hospital Pediátrico C.S. Mott, no Michigan, Estados Unidos, relativamente a 2015, a que ocupa o primeiro lugar, pelo segundo ano consecutivo, é a Obesidade Infantil!

 

Ora, a mim parece-me um pouco contraditório que, sendo esta a maior preocupação dos pais, exista uma taxa cada vez maior de obesidade infantil.

Parece-me contraditório que pais preocupados se deixem aliciar e vencer pela comida fast food, que ganha cada vez mais terreno.

Parece-me contraditório que, sendo essa a maior preocupação dos pais, se vejam cada vez mais crianças e jovens obesos, como aqueles que agora concorrem a programas como o Peso Pesado Teen.

Parece-me contraditório que, sendo a obesidade infantil a principal preocupação dos pais, seja preciso chegarem a um programa de televisão, para perceber que andaram anos a cometer erros; que seja preciso os filhos chegarem ao fundo do poço, para mudarem de atitude em relação aos seus hábitos alimentares.

 

Na minha opinião, pais realmente preocupados com a possibilidade de os seus filhos se tornarem crianças e jovens obesos, apostam na prevenção, apostam em bons hábitos alimentares desde cedo, apostam em actividades físicas que os façam ocupar a mente (e o estômago), gastar energias e queimar calorias, em vez de permitir que eles se sentem horas a fio, em frente a uma televisão, a comer sem parar, tentam conversar com os filhos e perceber as possíveis causas que possam estar a desencadear um apetite fora do normal. 

 

E, acima de tudo, pais preocupados com a obesidade infantil devem dar o exemplo! De nada adianta querer que os seus filhos se alimentem saudavelmente, se eles próprios não o fazem. De nada adianta querer que os seus filhos sejam activos, se eles próprios são sedentários. Os pais são sempre o melhor exemplo que os filhos podem ter, tanto para o bem como para o mal. 

 

É seguro levar crianças para grandes eventos?

 

Vem esta pergunta a propósito do incidente que ocorreu em Guimarães, com um menor a assistir à agressão ao seu pai, por parte de um agente da polícia do qual, felizmente, saiu ileso.

Quando a minha filha tinha 4 anos, e porque ela nessa altura era fã do Tony Carreira e tínhamos uma oportunidade única de assistir ao concerto gratuitamente, na Baía de Cascais, levámo-la. Mais tarde, percebi que corremos um grande risco, e que pus em causa a sua segurança, ao levá-la para um espectáculo desta dimensão.

É que, além do recinto estar a abarrotar, as pessoas empurravam-se umas às outras, e até os homens discutiam para conseguir o melhor lugar. Conseguimos ficar um pouco mais que a meio, e dali não saímos até terminar. Felizmente, não houve problemas para o nosso lado, mas aquilo podia ter corrido muito mal.

Este ano, por exemplo, levei-a ao concerto da Violetta, no Meo Arena. Mas estava tudo muito bem organizado, bastante segurança no local, e como tínhamos bilhetes para a plateia, nem sequer havia filas na nossa entrada.

Se há riscos? Há sempre. Mesmo aqueles que nem sequer imaginávamos. Se é seguro. Pode ser. Mas também pode não ser. 

Existem cada vez mais programas ao ar livre, como festivais, concertos, espectáculos e até idas ao estádio, dedicados a toda a família, mas será que dá para levar crianças a eventos como esses?

Talvez seja melhor pensar duas vezes antes de se aventurar, e sujeitar as crianças a perigos desnecessários. De qualquer forma, há que ter em conta, caso optem por arriscar, alguns cuidados fundamentais.

 

A nível geral:

- verificar se o local e o evento reunem condições para receber crianças com conforto e segurança;

- ter atenção à classificação etária do evento;

- certificar-se de que existem locais na zona onde possa comprar alimentação e água (para o caso da criança ficar com fraqueza ou desidratada);

- No fim do evento, aguardar a saída das pessoas, de forma a evitar acidentes no meio da multidão;

- Certificar-se de que a criança não sai do seu lado mas, ainda assim, identificá-la para a eventualidade de a mesma se perder, com o nome e contacto dos pais, por exemplo;

- Vestir uma roupa que chame a atenção e que, desse modo, a distinga das demais;

- Combinar um ponto de encontro, como polícia ou bombeiros que estejam no recinto, para o caso de se perderem;

 

No caso de estádios:

- evitar levar crianças menores de 3 anos a estádios de futebol;

- evitar levar crianças para jogos considerados de risco, já que há grandes hipóteses de discussões e violência;

- evitar ocupar lugares ao pé das claques, pelo mesmo motivo;

 

No caso dos concertos ou festivais:

- em concertos, evitar ficar próximo do palco, preferindo lugares onde haja mais espaço e o som seja menos intenso;

 

Convém não esquecer que nem sempre os programas, apropriados para os adultos, o são também para as crianças. É preciso pensar, acima de tudo, nelas. E ter em mente que, tudo o que possa vir a acontecer aos nossos filhos, é da nossa responsabilidade. Porque eles não foram para lá sozinhos, fomos nós que os levámos!

Para uma pergunta frontal, uma resposta à altura!

Perguntou o jurado Marco da Silva, no programa Achas que Sabes Dançar, ao concorrente André Garcia, a propósito da sua deficiência física (nasceu sem mão):

Marco da Silva - "Como é que lidas, na tua vida, com essa limitação?"

André Garcia - "Da mesma forma que tu lidas com dois braços!"

É assim mesmo! Mais palavras para quê? Foi tudo dito! Para uma pergunta frontal, uma resposta à altura!

 

 

Os programas de televisão também têm prazo de validade

 

Os programas de televisão são como os alimentos, também têm prazo de validade!

E, se "comermos" muitas vezes o mesmo, acabamos por enjoar!

Quando é exibido, pela primeira vez, um programa de televisão, pode ser um enorme sucesso. E pode, até, haver uma segunda edição bem sucedida.

Mas, se passam algum tempo e querem voltar a exibir o mesmo programa, parece que estamos a comer alguma que, embora não esteja estragada, já passou da validade. E o sabor já não é o mesmo.

Se aliarmos a isto o facto de, apesar de já não ser o sucesso de antes, insistirem na repetição dos formatos, temos o cenário perfeito para as pessoas, simplesmente, mudarem de canal, de tão fartas que estão.

Parece-me que, hoje em dia, é o que mais acontece com a televisão portuguesa.