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Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Marta O meu canto

Guardamos tanta coisa só para nós - opiniões, sentimentos, ideias, estados de espírito, reflexões, que ficam arrumados numa gaveta fechada... Abri essas gavetas, e o resultado é este blog!

Quem disse que no Natal...

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...temos que jantar bacalhau cozido com batatas e couves?

Em casa do meu irmão, o Bacalhau foi à Mil Diabos! Já nós, em casa dos avós do meu marido, jantámos um delicioso Bacalhau com Natas!

 

...não ia chover?

Aqui em Mafra, desde a hora do almoço até ao meio da tarde, choveu e com força! Depois, voltámos a ter céu azul!

 

...tem que ser o Pai Natal a distribuir os presentes?

Aqui por casa, foi a Menina Natal que se encarregou disso!

 

...gostamos de ouvir música natalícia a toda a hora?

Gosto de algumas músicas, mas tudo o que é demais enjoa. E as rádios, nesta época, exageram!

 

...que só podemos abrir as prendas à meia noite, ou no dia seguinte, de manhã?

Aqui, abrimos as prendas ao final da tarde do dia 24, antes de irmos jantar ao Alentejo. E hoje, vai a minha filha abrir mais prendas em casa do pai.

 

...os milagres acontecem?

Não foi exactamente um milagre, mas mais uma boa surpresa. O meu marido ficou apenas de prevenção, mas passou a noite de Natal connosco. Por isso, o que seria uma noite em casa a três (eu, a Inês e a Tica), tornou-se num jantar de família fora de casa, com um bom jantar, lareira acesa, e animação.

E foi assim o nosso Natal de 2014, com muitas fugas à tradição, mas mantendo o mesmo espírito!

 

Mutiladas

 

“Nunca deixarei que façam o mesmo à minha filha”

“Não nos tiram só um bocado de pele, arrancam-nos a alma”

 

Maria, Ana, Inês, Alice (nomes fictícios)…mulheres iguais a tantas outras, mas a quem um dia lhes foi arrancado um pedaço dos seus corpos, das suas almas, dos seus sonhos, da sua alegria de viver. No seu lugar existe, desde então, uma vida de revolta, vergonha, dor, tristeza e pesadelo, que dificilmente irão ultrapassar…

A justiça? Essa é complicada! Os três casos de mutilação genital que, até hoje, chegaram aos tribunais portugueses, foram arquivados por prescrição, por falta de provas ou, simplesmente, porque a mutilação não foi considerada ofensa grave, nem qualificada como crime de natureza pública!

É duro e inaceitável que crianças, arrastadas por familiares (normalmente as mães ou avós) contra a sua vontade, imobilizadas por não sei quantas outras mulheres, mutiladas a sangue frio com tesouras, lâminas ou facas, sem quaisquer condições ou apoio médico, não se possam sentir, de alguma forma, justiçadas com a condenação destes monstros para quem, a cultura, a religião, a tradição e a “honra”, servem de justificação válida para este tipo de crime.

Grande parte das mutilações ocorre no país de origem, para onde levam as crianças, normalmente no período das férias.

Essas crianças, mutiladas em idades cada vez menores, para não chamar atenção das autoridades, tornaram-se mulheres mas, tanto física como psicologicamente, sentem-se menos mulheres. Menos mulheres porque sentem dores, porque têm vergonha do seu corpo, porque muitos homens se afastam e as rejeitam ao saberem o que lhes foi feito, porque não conseguem ter prazer durante as relações…

Mulheres que sofrem até hoje, e que recusam fazer as suas filhas passar pelo mesmo terror…E, só por isso, já são grandes mulheres!  

Pão por Deus versus Halloween

Será que a tradição ainda é o que era? Ou estaremos perante mais uma "americanização"?

Segundo o Bispo Auxiliar de Lisboa, grande parte da responsabilidade pela celebração "errada" desta festa é dos professores, tanto nas escolas, como nos jardins-de-infância, ao incentivarem a celebração do famoso Halloween que, diz ele, nada tem a ver com a nossa tradição e cultura.

 

  

 

Em Portugal, no dia 1 de Novembro, Dia de Todos-os-Santos, as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos grupos para pedir o Pão-por-Deus. Antigamente, as crianças recitavam versos e recebiam como oferenda: pão, broas, bolos, romãs, nozes, tremoços, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano, de retalhos ou de borlas.

Neste dia, as manhãs eram para as crianças e, à tarde, as pessoas abriam as suas casas para receber familiares e vizinhos, e confraternizar. Normalmente, eram as crianças mais pobres que participavam neste "peditório".

 

Hoje, os meninos batem de porta em porta, e recebem rebuçados, pastilhas, chupa-chupas, chocolates, broas, frutos secos e, por vezes, uma moedinha. Fazem-no, porque é tradição, mas não sabem explicar o que realmente se comemora.


De uma forma geral, é uma festa em honra de todos os santos e mártires, também conhecido pelo dia em que se repartia o pão pelos mais pobres.

 

 

Já o Halloween, celebra-se à noite, véspera do dia de todos os santos, por considerarem que era a noite sagrada.

 

As origens de um e de outro são, basicamente, semelhantes.

O que acontece é que, com o tempo, foram sendo adicionados elementos estranhos a esta comemoração, como os disfarces, e a alusão a bruxas, vampiros, fantasmas e outros.

 

E, de facto, este ano, vimos muitas crianças mascaradas a pedir o Pão-por-deus!

 

Se estamos a adoptar uma tradição e cultura americanizada? Talvez... Mas não será apenas nesta celebração!

 

 

 

 

Nestum

 

No que respeita a flocos de cereais da Nestum, a tradição já não é o que era!

Conseguiram retirar do mercado aqueles sabores diferentes que eu tanto gostava, como o Nestum de alperce, o de figos e até o mais recente sabor a maçã e canela.

O que resta? O tradicional, e duas ou três variantes que não convencem. Nem sempre novidade é sinónimo de sucesso.